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quarta-feira, novembro 30, 2011

1934-2011

Faleceu João Oliveira Martins.
Esposendense de berço e coração, engenheiro de formação, sportinguista de devoção.
Um esposendense que foi Ministro no período áureo do governo de Cavaco Silva, Bastonário da Ordem da sua profissão, e integrou a direcção do Sporting.
Ainda que estivesse pessoal e profissionalmente estabelecido em Lisboa, nunca se esqueceu da terra que o viu nascer e onde se fez homem.
Nunca deixou de lá voltar, e fazia sempre questão de participar nas cerimónias da Semana Santa.
Foi um exemplo de dedicação, serviço e amor a Esposende, que deve servir de inspiração para as gerações mais novas.

Estranha forma de consulta

A consulta aos irmãos da Santa Casa da Misericórdia de Esposende, no passado domingo, foi uma experiência inolvidável.
Referendava-se se alguns irmãos, que já atingiram o limite de mandatos, se poderiam recandidatar a nova eleição com o pretexto (previsto no Estatutos) de ser inconveniente  a saída dos cargos que actualmente ocupam, independentemente de outras listas se poderem apresentar a sufrágio.
Ainda antes de se iniciarem os trabalhos colocava-se um problema. O presidente em exercício da Assembleia Geral não estava presente por motivo de doença. Não havendo a figura de vice-presidente, cabia saber a quem competia presidir à Assembleia. De um lado, o Compromisso da Santa Casa que prevê que na falta do Presidente da Assembleia-Geral compete aos irmãos decidirem entre si quem deverá presidir à Assembleia. Do outro lado, o Decreto-Lei que regula as IPSS (incluindo as Misericóridas) e que estabelece que nessas situações deverão os secretários da Mesa escolher entre si quem deverá presidir à reunião.
A opção tomada foi a da solução prevista pelo Decreto-Lei. Como justificação foi citado um parecer, pedido para o efeito, embora, estranhamente, não se tenha mencionado a origem e autor do referido parecer, nem sequer se tenha dado oportunidade de ler o seu conteúdo integral. Adiante.
A consulta em causa não foi precedida de qualquer exposição de motivos, se quisermos entender por exposição de motivos a individualização das pessoas que pretendem concorrer a novo mandato, e o detalhe das razões porque devem merecer essa confiança por parte dos demais irmãos. Muito menos houve qualquer contraditório na consulta.
Apenas foi lido um panegírico apologista da obra feita, e seguiu-se de imediato para a votação.
Votação essa que decorreu em 3 urnas, sem qualquer fiscalização (antes do voto ninguém confirmava se quem estava a votar era ou não irmão registado nos cadernos da Santa Casa), onde as pessoas foram munidas do seu boletim (alguns levavam vários boletins, na sequência da solução misericordiosamente inédita proposta pela presidente da mesa de que aos irmãos com dificuldades de locomoção seria levado o boletim e depois alguém o depositaria na urna. Espero que faça escola para as eleições legislativas e autárquicas pois é confrangedor ver as pessoas de idade com dificuldades de movimentos terem que se deslocar às escolas para exercer o seu direito de voto. Mais valia antes que alguém o depositasse em seu lugar) e depois o depositaram na urna.
O palco do Salão Paroquial foi literalmente invadido de irmãos, apesar dos esforços, sem sucesso, da Provedora em colocar alguma ordem.
Os factos acima descritos não aconteceram na Nicarágua ou no Kosovo, países que, pelos seus baixos índices de democracia participativa, costumam contar com observadores internacionais para fiscalizarem as votações.
Não, estes factos aconteceram neste fim-de-semana que passou, em Esposende, numa instiuição com mais de 4 séculos de existência, história e dedicação ao bem comum.
Os acontecimentos verificados não prestigiam a Santa Casa da Misericórdia de Esposende e, muito menos, honram os elementos que protagonizaram a condução dos trabalhos.
No dia em que o Fado foi eleito património imaterial da humanidade, e a voz de Amália Rodrigues se voltou a fazer ouvir bem alto, houve em Esposende uma estranha forma de consulta...

sábado, novembro 26, 2011

Grande Sporting!

Perdemos mas não devemos nada a ninguém.
Gostei da atitude da equipa, um 11 coeso, que nunca baixou a cabeça. Domingos é um treinador com muito futuro.
Como disse e bem o nosso mister, este jogo não decide nada no campeonato.
Próxima jornada é para retomar o ciclo de vitórias.

quinta-feira, novembro 24, 2011

Domar o leão

O Benfica prepara-se para estrear uma rede à volta do sector onde ficarão os adeptos do Sporting, por forma a impedir que sejam arremesados objectos para o campo ou para o anel imediatamente abaixo daquele onde ficarão os sportinguistas.
A medida causou perplexidade às hostes leoninas, dado até o bom relacionamento entre os clubes.
Porquê agora e logo contra nós?
O Benfica argumentou que a medida já fora aplicada inclusivamente aos próprios adeptos, num jogo em Paris contra o PSG, e que outros clubes, como o Real ou o Inter também têm essa rede.
Mas do jogo do PSG até agora, o Benfica já recebeu outros rivais.
Nada tenho contra a medida, mas lamento que não tenha havido antes uma palavra de cortesia a explicar o que pretendiam fazer, que não era nada pessoal. Mas infelizmente assim não aconteceu.
Em todo o caso, não será por isso que o "Viva o Sporting" não se fará ouvir.
Se a águia quiser domar o leão é no relvado que o terá que fazer e aí não há nenhuma rede que parará Capel, Elias & Ca.

segunda-feira, novembro 21, 2011

A hora de Espanha

Esperava há muito por um grande descalabro do PSOE numa eleição legislativa.
Um partido que chegou ao poder da forma que chegou (aproveitando a oferta deixada no colo pela gaffe monumental cometida por Aznar, que acusou a ETA do atentado terrorista em Atocha quando na verdade tinha sido a Al Quaeda), quando nessas eleições distava nas sondagens a larga distância do partido rival, e os próprios concorrentes não acreditavam num volte-face, teve o descaramento de tomar por sufragadas pela população espanhola todas as medidas que constavam no seu programa, com destaque para o aborto e casamento gay, quando, em abono da honestidade intelectual, a transferência dos milhares de votos no acto eleitoral se ficou a dever a um voto de protesto contra o PP, pela forma como tentou adulterar a verdade dos factos de Atocha, do que propriamente por uma identificação com os valores de sociedade "moderna" sufragadas pelo PSOE.
Foi com essa sobranceria e arrogância, que Zapatero virou de alto a baixo a sociedade espanhola, sendo do mais liberal que se poderia imaginar. Uma alteração de 180º na ordem de valores da sociedade espanhola, que seguramente, fosse levada a referendo, e não mereceria a adesão da maioria dos espanhóis.
Espero, muito honestamente, que Rajoy reescreva a história onde esta nunca deveria ter sido mudada, e que Zapatero aproveitou habilidosamente para o fazer, devendo ao tiro no pé de Aznar essa oportunidade.
Tal como em Portugal proclamou-se uma sociedade à luz dos valores e humanidade, com a equiparação dos casamentos entre pessoas do mesmo sexo, o aborto livre, etc. E, decorridos esses anos, o que é que Espanha e Portugal apresentam além disso?
Enorme desemprego, anemia no crescimento económico, sociedade desmotivada, e perspectivas pouco animadoras para o ano que aí vem.
Não há coincidências. Uma sociedade que muda (para pior) os seus valores, mais cedo ou mais tarde, estes acabam por virar-se contra ela.
A crise económica de Espanha e Portugal são apenas um reflexo da empreitada que os seus políticos levaram a cabo, de mudar onde não deviam mudar, e de não agirem nos assuntos da Nação, que realmente importavam, quando o deviam.
José Sócrates e José Rodriguez Zapatero não ficarão na história. Mas deixam grandes danos nas sociedades de que foram, até muito recentemente, responsáveis.

quinta-feira, novembro 17, 2011

Asco

A campanha da Benneton.
Fazer fotomontagens do Papa e um Imã, de Obama e Hugo Chavez, aos beijos, é de um péssimo gosto inenarrável.
Nem tudo vale na liberdade de expressão.
Não vejo qual é a relação entre beijos homossexuais e a apologia do fim do ódio.
Esta campanha foi uma premeditação, uma provocação, que em nada honra a marca.
Asquerosa.

segunda-feira, novembro 14, 2011

Herança maldita

Vi atentamente o especial que a RTP dedicou esta noite à morte de Rosalina Ribeiro e à herança de Tomé Feteira, outrora o 7º homem mais rico do mundo, e cuja fortuna é, actualmente, disputada por...24 herdeiros!!!

Olímpia Feteira, a filha, é quem gere o dinheiro. Diz que até agora não moveu um único tostão enquanto não ficar apurado o montante total da herança e as partes que cabem a cada um.

Tomé Feteira, natural de Vieira de Leiria, foi um homem muito apegado à sua terra natal. Contemplou-a na sua herança, e em vida apoiava a localidade, de que os 500€ mensais que doava à biblioteca é bom exemplo. Até ao dia em que morreu...

Morreu e em consequência a filha Olímpia decide suspender os donativos. Razão? Invocou a polémica da herança e herdeiros mal resolvida, que enquanto se mantiver, não pode haver lugar a movimentações de dinheiro.

E quando a jornalista pergunta a Olímpia se sente que está a cumprir a vontade deixada em testamento pelo seu Pai, responde esta, com ar resignado "estou a tentar".

Desculpe-me Sra. Olímpia, mas suspender um mecenato cultural, na insignificante quantia de 500 € mensais, em prol da cultura de Vieira de Leiria, berço de seu Pai, que tanto apegado era à terra, não é "tentar" cumprir a sua vontade. É colocar o interesse pessoal acima de qualquer outro valor que não tem culpa nenhuma deste assunto e leva por tabela.

Enquanto duraram estes anos de suspensão do mecenato, e durarem outros tantos, pois a novela promete não ficar por aqui, quantos jovens e menos jovens, de Vieira de Leiria e arredores, não ficaram e ficarão a perder?

Que se lixe a cultura!

Álvaro começa a preparar a mala...

O ministro mais massacrado deste Governo, que a esta hora certamentes estará bem arrependido de ter trocado a boa vida que levava no Canadá pela muito portuguezinha casa em que não há pão, todos ralham, e ninguém tem razão, deve ter chegado aos seus limites, e começado hoje mesmo a tratar de se pôr a jeito para ir embora.

Anunciar o fim da crise para o próximo ano é de uma tamanha falta de senso e razão, que custa a acreditar que o ministro Álvaro estivesse mesmo convicto do que hoje disse no Parlamento.

Não deve estar.

Seguramente fartou-se disto, não está para perder mais tempo e dinheiro, e vai fazer aquilo que um colega seu de Governo sugestivamente recomendou há pouco tempo atrás aos jovens portugueses: emigrar e procurar melhor sorte lá fora..

sábado, novembro 12, 2011

Il cavaliere

A bunga-bunga segue dentro de momentos....

quinta-feira, novembro 10, 2011

Millenium challenge


Acções do BCP a 0,10 €....

sexta-feira, novembro 04, 2011

Não agora!

Quando perguntaram a Peter Schmeichel quem tinha sido, para ele, o jogador decisivo para a conquista do campeonato de futebol, após longos 18 anos de jejum, o grande dinamarquês não hesitou na resposta: "Vidigal".


Vidigal, jogador possante, todo-o-terreno, que enchia o meio campo, indo a todas as bolas, e não deixando ninguém passar por ele.


11 anos depois o Sporting voltou a ter um jogador assim, "Fito" Rinaudo.


Quando há 11 jogos atrás o Sporting recuperou dum 2-0 para um impensável 2-3 em Paços de Ferreira, esse "momento" marcou a viragem da equipa rumo a uma época, até agora, irrepreensível.


Oxalá me engane, mas esta lesão do Rinaudo, com risco de ser até final da época, pode muito bem ser o segundo "momento" da temporada leonina. Aquele que anula a "viragem" gerada em Paços.


Adenda I: Ainda bem que paragem é só de 3 meses. Rinaudo pode muito bem voltar a tempo de dar grande ajuda. A equipa tem é que se aguentar até lá.

Adenda II: Universo leonino sofre.

quarta-feira, novembro 02, 2011

Parabéns!!!

O álbum da carreira dos U2.
O álbum em que todas as músicas, sem excepção, são boas.
O álbum que teve na origem da digressão que marcou o paradigma de concertos ao vivo.
Um álbum que hoje em dia se houve com frescura e intensidade, sem soar a datado.
O álbum que tornou os U2 ainda maiores do que Joshua Tree fizera.
O álbum da minha vida...

20 anos depois, Achtung Baby, vive e vive-se!




P.S: Num inquérito levado a cabo pelo AtU2 sobre qual a melhor música do Achtung Baby votei "Ultraviolet". Para surpresa minha, é a canção que lidera a votação :)

Brincar com o fogo

A Grécia prepara-se para levar a cabo um referendo sobre o programa de austeridade.

O povo grego, que tem visto uma drástica redução dos seus direitos adquiridos, bem visível nas agressivas manifestações dos últimos meses, vai, afinal, ter a oportunidade de dizer se concorda ou não com mais austeridade.

E, pensava eu, que os governantes eram eleitos para tomar as decisões que melhor servissem os interesses dos seus populares.

Não está em causa se esta é ou não uma medida que deva ser levada a referendo. Mas, quando a Grécia se encontra num estado de letargia, beneficiando da maior tolerância e paciência dos parceiros europeus, esta decisão, numa altura em que se perdoa 50% da sua dívida, só pode soar a provocação.

Papandreou poderá querer escudar mais austeridade reforçada no sufrágio popular. Mas é um risco imenso. Para não falar da demagogia da medida, cujas reacções só incendiarão ainda mais os ânimos daqueles que querem ver a Grécia fora do Euro e da UE.

Poderemos estar perante um caso em que o tiro sairá pela culatra....