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quarta-feira, julho 31, 2013

Nem mais!


«Por razões diferentes, Maria Luís Albuquerque será o novo Miguel Relvas de Passos. Uma bomba relógio ambulante, paralisada pela percepção pública das suas falhas de carácter. Se Passos a demite, um mês depois de a nomear e de com isso ter causado a maior crise política deste governo, morre de doença súbita. Se a mantem, morre de doença prolongada. É o destino de políticos impreparados que escolhem ministros em função das suas proximidades pessoais.», Daniel Oliveira @ Expresso hoje.

terça-feira, julho 30, 2013

Foi você que pediu um estágio profissional?

Hoje ao almoço, um amigo contava-me sobre a mais recente abordagem de grandes empresas aqui do Norte, de estarem a recrutar em regime de estágio profissional.
Estamos a falar de empresas sólidas, com bons resultados económicos e financeiros, e que andam a promover emprego em regime low cost. Remuneração baixa e sem garantias de integração na Empresa. 
Até se pode pensar, à primeira vista, que estas vagas estão direcionadas para desempregados ou recém-licenciados. Puro engano. Jovens já inseridos no mercado de trabalho, com alguns anos de experiência, têm também concorrido a essas vagas.
Num caso concreto, surgiu o absurdo de terem proposto ao candidato, caso aceitasse a vaga proposta, de se despedir da entidade patronal onde estava, inscrever no centro de emprego, e então ser recrutado pela nova empresa para estágio profissional.
Tudo isto só dá para uma pessoa se indignar. É revoltante que a ganância pelos €€€ fale mais alto do que tudo o resto.
Ainda há pouco tempo, impressionou-me a reflexão do Papa Francisco, quando dizia que se um trabalhador cai duma obra e morre, pouco alvoroço levanta. Mas se é a Bolsa a cair nesse dia, é o ai Jesus!
Não nos podemos conformar com esta mediocridade. Não de todo!

terça-feira, julho 23, 2013

Década dos meus 20...

O dia de amanhã será um dia de viragem, um dia de deixar para traz uma década e entrar numa nova, deixar os 20 anos e entrar nos 30.
O tempo é um comboio que faz do futuro o passado, é bem verdade, parece que esta década passou bastante rápido. Mas costumamos dizer que só passa rápido aquilo que é verdadeiramente bom, e em súmula estes anos 20 foram realmente bons.

A década dos 20 anos é sem dúvida aquela que mais "impacto" tem na nossa vida futura, não a nível de desenvolvimento cognitivo mas a nível de desenvolvimento social e pessoal. É uma década de mudanças radicais.

Para mim esta década trouxe muita coisa, umas boas, outras menos boas. Como em tudo na vida, não há rosas sem espinhos.

A década dos meus 20, trouxe-me a licenciatura em Engenharia, trouxe-me desafios profissionais, trouxe-me uma pós-graduação, trouxe-me uma aprendizagem constante de um conhecimento que vai muito para além das cadeiras da faculdade e muito para além da secretária do escritório.
A década dos meus 20 trouxe-me novos amigos, novos amigos que ficam certamente para a vida e que farei de tudo para manter. Alicerçou os amigos antigos, aqueles sem os quais eu não seria eu, aqueles que desde de que me conheço estão lá para me apoiar e sei que continuaram até ao meu último suspiro.
A década dos meus 20 trouxe-me amores e desamores, como a todos que por ela passam, mas trouxe-me a mulher da minha vida e com a qual decidi lançar os pilares do meu futuro como família, a década dos meus 20 anos presenteou-me com a Ana que é sem dúvida a minha companheira para a vida.
A década dos meus 20 anos trouxe-me viagens, trouxe-me festivais e concertos, trouxe-me noitadas com os amigos (não foram muitas, mas foram muito boas), trouxe-me muitos risos e trouxe-me paz, trouxe-me ponderação, trouxe-me ainda mais vontade de viver...

Acima de tudo, a década dos meus 20 anos trouxe-me mais riso que pranto, trouxe-me mais momentos de alegria que tristeza, trouxe-me mais prazer do que amargura.
Hoje posso dizer que me despeço da década dos meus 20 anos com o sentido de dever cumprido, com o sentido que a aproveitei a minha maneira.
Podia ter feito algumas coisas diferentes? Podia, mas o futuro não se faz olhando para o passado.

Que a década dos meus 30 tragam agora os novos desafios que tenho traçado, que seja uma década em que tudo o que foi construído fique cada vez mais sólido e que traga tanta ou mais felicidade que a década dos meus 20.

Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes,
Mas não esqueço de que minha vida
É a maior empresa do mundo…
E que posso evitar que ela vá à falência.
Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver
Apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise.
Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e
Se tornar um autor da própria história…
É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar
Um oásis no recôndito da sua alma…
É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida.
Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos.
É saber falar de si mesmo.
É ter coragem para ouvir um “Não”!!!
É ter segurança para receber uma crítica,
Mesmo que injusta…
 
Pedras no caminho?
Guardo todas, um dia vou construir um castelo…
 
(Fernando Pessoa)
 
 
A todos os que tornaram a década dos meus 20 anos especial apenas posso agradecer e esperar retribuir na mesma medida.
A todos: "Obrigado"

João Felgueiras

Os garotos

Garotadas por garotadas, prefiro as dos leõezinhos da Academia de Alcochete, que continuam a testemunhar que o Sporting, tenha boa auto-gestão e sorte, tem o futuro assegurado, podendo retomar o seu lugar como Clube forte do nosso futebol.
Vem isto a propósito da "crise" política que perturbou Portugal nas últimas semanas.
Esta crise, se algum mérito teve, foi a de nos reforçar a certeza, formada nos últimos anos, de que a qualidade dos nossos políticos ao mais alto nível é (muito) fraquinha. Malta formada e formatada nas “Jotas”, sem qualquer carreira conhecida fora disso, no que de mau isso significa. 
Estamos em tempos em que, mais do que nunca, se requer contacto prático com a realidade social e empresarial do País. Infelizmente, porém, assistimos a decisões e medidas inspiradas por teóricos de gabinete, sem qualquer adesão com o país real.
A falta de compromisso entre os políticos é exemplar de como a «partidarite» move mais alto os valores por que se guiam muitos dos nossos políticos.
Não nos podemos conformar com esta falta de qualidade. Estes são tempos em que o comodismo deve ser colocado de lado, e a boa moeda deve expulsar a má moeda.
PSD, PS e CDS têm pessoas insuspeitas, com qualidade acima da média, e que não se movem por jogos palacianos. Seria bom que a sociedade civil se pudesse rebelar contra o actual “status” medíocre.

No Sporting, há garotos que se vão, outros que fazem birra, mas a Academia está sempre a produzir novas fornadas e com qualidade. Já na política, temo que como as coisas estão, seja cada vez mais uma preciosidade encontrar alguém a quem se possam reconhecer as virtudes e qualidades para nos governar.

sábado, julho 20, 2013

Desacordo

Com a naturalidade esperada das últimas semanas de convulsão politica, chegamos ao ponto de ruptura entre aqueles, que muita gente intitula "arco do poder".
Não seria de esperar outro desfecho, não seria espectável que PSD, CDS e PS chegassem a um acordo que permitisse o "tal" Governo de Salvação Nacional. Quando muito poderia existir um acordo de cavalheiros, um pacto de não agressão até às eleições definidas para o ano de 2014.

O Presidente da República, que se encontrava em estado de total letargia, acordou e provocou "terramoto politico" que muitos não esperavam. O PR disse claramente "entendam-se", mas não disse o que faria em caso de não entendimento. O PR deu aos partidos uma faca de dois gumes, cujo mais afiado era o do não entendimento. Cavaco sabia que estava a lançar uma bomba politica para as mãos dos partidos, com um contador bem definido; nunca pensou é que a bomba retornaria para lhe estoirar nas mãos com imensa violência.

E agora?

E agora não me parece que Cavaco agite ainda mais as águas e promova eleições já em Setembro, juntamente com as autárquicas. Cavaco está a tentar de tudo para sair bem na fotografia, mas não entendeu que os figurantes já não estão interessados...
Parece-me que teremos remodelações Governamentais, vamos assistir a nova dança das cadeiras, vamos assistir a mais escândalos, vamos assistir a mais degradação económica, politica e social (a que mais me preocupa) do nosso Portugal.

Mas, efectivamente, para termos um Governo de Salvação Nacional de faz de conta, prefiro assim.

Muita coisa tem de mudar.
A dívida pública continua numa subida galopante, 127% do PIB, as receitas fiscais não estão de acordo com as previsões, a economia está em espiral recessiva e o desemprego afecta quase 1 milhão dos nossos compatriotas.

Como diria o nosso grande Fernando Pessoa: "Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades".
Que assim aconteça para o bem comum.