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sábado, setembro 15, 2007

Bravos Lobos!




Esta manhã, pelas 12h, estava batido num café aqui perto de casa, para acompanhar a sorte portuguesa na partida de râguebi frente à Toda-Poderosa Nova Zelândia. Dei por mim a vibrar, emocionar, e festejar um encontro de uma modalidade que até minutos antes pouco ou quase nada percebia, e que durante muitos anos não liguei grande coisa por não lhe ver grande interesse.
Mas não é todos os dias que se joga contra a Nova Zelândia, e sabendo à partida que para este Mundial qualquer adversário é melhor do que nós, antes perder com os melhores de todos. Por outro lado, ver os jogadores da Nova Zelândia jogarem é um regalo. Fortes, poderosos, e rápidos que nem foguetes, construiram jogadas pra "ensaios" com um à vontade impressionante, próprio de quem é bom e sabe que é bom.
Portugal bateu-se com dignidade, e foi fantástico quando fizémos os 3 primeiros pontos. Já não íamos a 0. Depois, na 2ª parte, com muito sangue, suor e lágrimas, conseguimos converter um ensaio, e aí foi bonito ver a enorme festa que ia no estádio.
A Nova Zelândia não humilhou, mas também não deu borlas. Tivémos uma ou outra situação perto de converter novo ensaio, mas os All-Blacks não facilitaram.
Infelizmente perdemos por 3 dígitos, mas isso foi o menos, porque o facto de termos pontuado várias vezes foi algo que poucos vaticinavam, e muitos não acreditavam.
No final da partida, jogadores a trocarem cumprimentos, sorrisos, e algo que não conhecia no râguebi, e que o faz uma modalidade à parte. Os jogadores portugueses fazem um corredor, e os jogadores da Nova Zelândia passam por ele, sob fortes aplausos. De seguida, é a vez dos All-Blacks fazerem um corredor, e aplaudirem não com menos veemência os Lobos, à medida que estes iam passando.
De facto, o futebol tem muito que aprender. Aqui não há simulações, todos têm que suar, fair-play não é letra morta, e o espírito de camaradagem é uma constante.
A selecção portuguesa é indiscutivelmente a coqueluche do campeonato. Estão a tirar grande prazer nos jogos, não viram cara à luta, e lá vão conseguindo pontuar. Depois, não menos importante, não têm tiques de vedetismo e cantam o hino que arrepia: Orgulho ser Portugês, é o que nos gritam. Por isso é que conquistaram toda a gente, e vão ter certa e merecidamente calorosa recepção no regresso do Mundial (até aposto que do tipo que a Selecção de Futebol teve depois do Mundial). E merecem-no.
Oh, quanto não dava para estar hoje a assisitr a este encontro.

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