eXTReMe Tracker

domingo, novembro 30, 2008

Filmes que com a distância do tempo se tornam obras-primas


Num destes dias estava a passear a vista na secção de dvds da FNAC, quando me deparo com uma edição especial do Resgate do Soldado Ryan. Especial porque lançada na ocasião da comemoração dos 60 anos da 2ª Guerra Mundial, e especial também porque trazia um conjunto de extras bem interessantes. Como o preço era de amigo, comprei então o dvd.

O Resgate do Soldado Ryan é um filme de 1998, com um dos meus actores predilectos de sempre (Tom Hanks; o outro é o Jack Nicholson), e realizado por um director especialista de excelência em filmes do período da 2ª Guerra Mundial (Steven Spielberg). Melhor ponto de partida, portanto, não poderia haver e foi então com elevada expectativa que fui ao cinema ver a película.

A entrada foi a matar. O desembarque na Praia de Omaha procurou ser tão realista quanto possível, e foram 15 minutos de uma brutalidade impressionante. Poucos foram aqueles que conseguiram tirar os olhos a este testemunho fictício mas natural de um dos mais importantes e decisivos momentos da história da humanidade nos últimos 100 anos. As coisas passaram-se assim, ou aproximadamente, e era importante mostrá-las a toda uma geração que não faz a mais pequena ideia de como foram realmente esses tempos.

Findo o desembarque, seguiu-se a estória propriamente dita. Tratava-se basicamente de um pequeno corpo expedicionário ir procurar um soldado, que também fora destacado para França, mas cujos irmãos tinham falecido tragicamente noutras frentes de guerra e, como tal, era imperioso resgatá-lo e devolvê-lo à família, para que esta não tivesse um trauma ainda maior, e um drama irreparável de todo que era o de perder todos os seus filhos na Guerra.

Confesso que na altura achei a estória um pouco forçada, e nada consentânea com as expectativas que eu próprio tinha gerado quanto ao sumo da narrativa. Por outro lado, a ideia de Spielberg em abordar o drama pessoal de um soldado que se debatia internamente entre o dever de fazer a guerra e a sua consciência, foi algo que não encaixei muito bem, sobretudo na cena em que esse soldado, podendo ajudar um colega que lutava contra um alemão, não o fez, acabando esse seu colega por morrer. Não consegui conceber tamanha situação, e foi para mim o ponto decisivo para não ter morrido de amores pelo filme. Curiosamente, esse soldado e a sua “estória pessoal” foram o facto mais referido por Spielberg nas entrevistas, referindo que se revia e muito nesse soldado.

Como disse, não fiquei particularmente fã do filme, apesar de este ter ganho 5 Óscares.

Julgo que ainda voltei a ver uma 2ª vez no cinema, e porventura uma 3ª vez. Tanto quanto me lembre, não mais do que isso. E assim, sem exagero, passaram uns 6, 7 anos sem ter posto a vista em cima no Resgate do Soldado Ryan.

Até que surgiu esta situação do dvd. E porque me decidi a comprá-lo? Bom, para além do preço de amigo, foi o apetite despertado pelos seus vários extras, com particular destaque para o desembarque do Dia D. Por outro lado, o facto de já não ver o filme há muitos anos e quem sabe se ao vê-lo agora, passado tanto tempo, não sucederia que o contemplasse de outra forma, de outra perspectiva acabando por gostar. De facto, quantos filmes, quantos discos que à primeira visualização, escuta não gostamos, e depois, com a serenidade e a sageza que o tempo se encarrega de nos dar, ficamos colados a eles?...

Pois bem, vi então o Resgate do Soldado Ryan passados estes anos todos, e não será difícil adivinhar que fiquei extraordinariamente impressionado com ele.

O desembarque da Praia de Omaha continua assombroso ao fim destes anos todos.

Quanto à narrativa, atentei-me particularmente nas personalidades dos soldados que compunham o corpo expedicionário, e de facto, pareceu-me francamente verosímil a ideia de que naquela altura fosse necessário resgatar um soldado, cujos irmãos tivessem morrido na frente de combate. E refiro personalidades, porque existem ali grandes interpretações. Os diálogos, os silêncios, materializam-se ali interpretações próprias de grandes actores e que são dirigidos por uma grande equipa.

Quanto ao soldado Unpham, o tal que vivia o seu drama pessoal, percebi o personagem, entendi as suas razões, e conclui por uma fantástica interpretação, mas ainda assim continuo a achar forçada a sua moleza para ir salvar o colega que acabou depois por morrer. Agora que escrevo esta linha, tenho a certeza que vi o filme uma 2ª vez em Esposende. Isto porque há uma cena em que Unpham dispara finalmente, e logo a matar, o que gerou na plateia uma estrondosa ovação (aqui já se começava a denotar que muita gente vai pró cinema como se fosse para um jogo de futebol…).

Tudo visto, tenho a concluir que o Resgate do Soldado Ryan é um filme obrigatório, e uma referência quando se trata de filmes de Guerra. Muito bem filmado, grandes interpretações, um momentum que o vai perseguir para a vida toda (o desembarque) e que só os grandes filmes conseguem ter esses momentos, em que passados 50 anos ainda são referidos (como acontece com o filme Casablanca e o “Play it again Sam”). É uma obra-prima, não haja dúvidas.

Fico feliz por passados estes anos todos ter compreendido o filme e passado a gostar dele convictamente. Não sei agora quando é que voltarei a pegar nele (talvez novo compasso de espera de 5, 8 anos), mas não duvido de que quando o arrumar na prateleira, ainda sobrarão segredos e magias por desvendar e, assim, aberta a possibilidade de poder ainda ficar mais fascinado por ele...

O momento da comédia

Não percebo porquê tanto celeuma com o momento da verdade, na Sic. Afinal de contas, a SIC é que inaugurou o estilo tele-lixo, e programa em que entre a Teresa Guilherme, é certinho e direitinho que vai ser uma grande trampa.

Dito isto, nestas últimas 2 semanas assisti com curiosidade ao programa e, avanço desde já, que este programa é tão sério como os combates de wrestling. Ou seja, nada.

O primeiro concorrente era um ex-Rei da noite. Tinha um bar muito bem sucedido, aventurou-se em mais 3 ou 4, só que, azar, meteu-se com os sócios errados, e perdeu dinheiro. Muito dinheiro. Vai daí, ficou na fossa. Actualmente é colaborador dum amigo seu, trabalhando no bar de alterne deste como….motorista das alternadeiras. Realmente, só pode ser um cargo muito bem pago. A um amigo nosso, casado, na fossa, e que nos pede ajuda, entre arranjar tarefa a servir copos ou ser chauffer das alternadeiras, toca a impingir-lhe a segunda. Extraordinário!

Bom, as perguntas do momento da verdade, em 90% são relacionadas com o tema do sexo. Este caso, como o seguinte (já lá vou) não fugiu à regra.

Perguntava-se ao ex-Rei da noite se já tinha pago para ter sexo. Disse que não, que nunca precisou disso. Verdade.
Perguntava-se depois se já tinha tido facilidade em ter sexo. Disse que sim, que na noite as pessoas são mais desinibidas, e tal proporcionava-se com facilidade. Verdade.
Depois perguntou-se se já lhe tinham pago algum favor com sexo. Disse que não. Nesta altura eu pensei que outra que seria verdade. Afinal, se o homem nunca pagou para ter sexo, e tinha-o com facilidade, não teria problema em dizer sim, se fosse o caso. Mais complicada foi, por exemplo, responder que conheceu a mulher num bar de alterne, e aí disse sem problemas que sim. Portanto, pareceu-me francamente que não era por esta pergunta que ele se iria enterrar. Mas acabou por se enterrar. Uma comédia. Para mim, a honestidade intelectual do programa despia-se claramente à minha frente. Rasa.

De seguida, surgiu uma concorrente, mãe de família, bem casa, a jurar que era pela verdade e contra a mentira. Só teve um homem na vida, com quem casou virgem, seu marido de há 30 anos. Obviamente, que perguntas sobre traição, cobiçar outros homens, etc, não surtiram nenhum efeito. Vai daí a táctica foi espancar o marido: sente que tem um casamento feliz; o seu marido é um bom amante; já teve um orgasmo nos últimos 6 meses; acha que o seu marido a merece; e a tudo isso a parola ia dizendo que não tinha casamento feliz, o marido era fraco amante, já chorou depois do sexo, etc, etc. Impressionante!

Polémicas? Nem uma. O marido ria, aplaudia, a mulher mandava-lhe beijinhos. Estava bem claro que aquilo era um jogo, e podia o polígrafo denunciá-la numa traição, etc, que aquilo valeria o mesmo que nada.

E assim ela foi avançando quase até à vitória final. Isto porque à pergunta o seu marido é o homem da sua vida ela disse que não, mas afinal era mentira. Uau! Que comoção! Mais comoventes as palavras finais de Teresa Guilherme em jeito de consolação “o casamento continua!”. Obrigado Teresa! Por acaso era bonito que terminasse logo ali. Isso é que era acabar em grande!

E bom, assim acabou o momento da verdade. Pelo menos por agora. Um momento da comédia é o que é senhoras e senhores, que figurará na galeria das grandes trampas da Tv Portuguesa, versão trash.

Indecisão 2009


Como temia João Cepa aceitou o repto de se recandidatar às eleições autárquicas de 2009, propondo-se a um novo mandato de 4 anos, a adicionar aos 10 que já leva de Presidente.
É o candidato mais forte que o PSD poderia apresentar e, como diz o povo na sua sabedoria, em equipa que ganha não se mexe.
A pouco menos de um ano para a ida às urnas, a João Cepa bastará gerir o trabalho feito até agora e depois, na altura certa, colher os frutos.

sábado, novembro 29, 2008

(...)

Os jogadores do Estrela receberam hoje 2 meses de salários em atraso. E não, não foi o clube que pagou, mas sim o fundo de apoio do sindicato dos jogadores. Que depois disto já ficou a zeros.
Nem de propósito, cabe recordar aqui um belo sketch dos Gato Fedorento. O programa do domingo passado não valeu nada. Pelo que me contam o "Zé Carlos" não tem sido um valor acrescentado à carreira dos humoristas. Mas o que é verdade é que quando eles fazem um grande sketch, é grande sketch mesmo e não há nada a dizer. Senão vejam:

sexta-feira, novembro 28, 2008

14 em 4

Competições Europeias, Porto, sporting, Benfica e Braga. Confiança, existia muita confiança. O Porto podia garantir apuramento, o que aconteceu. Sporting sem nada a perder podia mostrar a fibra de que é feito e levar de vencida a super equipa do Barça. Benfica a precisar de pontuar para manter a corrida. Braga com vontade de carimbar o apuramento apôs brilharete da 1ª jornada.
O que se seguiu? Pesadelo...
14 golos encaixados em 4 jogos. Média redonda de 3 golos por jogo. Muito mau para quem anda na alta roda do futebol.
O futebol português tem de ser repensado e depressa. Estou a ficar com medo do que poderá acontecer no Dragão com o Arsenal...

quarta-feira, novembro 19, 2008

Ler depressa e bem.

Three witches watch three Swatch watches.Which witch watch which Swatch watch?

Brinquedo? Naaaaaa.....

Pois caros leitores, esta semana estava a acompanhar o programa dos Gatos Fedorentos, o novo "Zé Carlos", e sinceramente, acho que os programas estão cada vez mais fraquinhos, o humor não tem tido tanto efeito como era desejado, ou então a imagem deles está a ficar muito mas muito gasta.
Contudo houve um momento de grande piada. O momento "Tumba", mas aqui eles não têm de fazer grandes coisas. Esta semana o visado foi o Toy. "A Casa do Toy", um programa que passou na SIC há uns anos atrás.

Nota: Menores de 16 anos não podem ver este video, assim como pessoas mais sensíveis.
Fiquem com esse momento:




"Chupaaaaaaaa....". Que mais há a dizer? um romântico. :)

O que os Gatos se esqueceram é que Toy é muito mais famoso que eles.
O Toy inventou aos "Toyletes", sim meus amigos aquelas que ficam com um cheiro fedorento quando lá se vão fazer as necessidades.
O Toy têm o seu próprio filme, o Toy Storie.
O Toy têm uma cadeia de lojas internacional, o Toys 'r' Us.

E vocês gozam com a cara de um homem com este gabarito? Isto não se faz, até porque aquele pequeno carreiro de pelo no queixo é digno de ser observado com respeito.

Sem mais me despeço.
Até outro dia.

domingo, novembro 16, 2008

A ver

A Turma, vencedor da Palma de Ouro em Cannes.

Infelizmente somos de uma geração cuja cultura cinematográfica é 90% made in USA, e não há muito o hábito de ver outras películas que não aquelas vindas de Hollywood. Daí ser uma aventura sempre que vamos ao cinema ver um filme não falado em inglês, sobretudo se for europeu, onde associamos câmaras super-paradas a filmar durante 10 minutos um tipo a barbear-se e sem mudar muito de plano. Mas há que reconhecer que há muito boas coisas vindas do cinema europeu. A Vida é Bela, o Tigre e a Neve, o Quarto do Filho, La vie en rose, são disso bom exemplo.

Bom, mas voltando à Turma, o facto de ser um filme passado, praticamente, dentro duma sala de aulas, em que um professor se confronta com uma turma formada por alunos de diversas etnias, uns com vontade de aprender, outros nem por isso, e outros ainda problemáticos, e procura puxar o melhor de cada um deles, reunia os ingredientes suficientes para chamar a atenção e despertar a curiosidade dir vê-lo. E assim foi.

Aproveitei que a única sala perto de casa com o filme em exibição era o Mar Shopping e fui até lá, para ver o filme, e já agora conhecer o mais recém-shopping nortenho. Um breve parêntesis para dizer que o Shopping me parece bastante parecido com o Vasco da Gama, portanto agradável. Mas sobre as salas de cinema há que dizer que foi desolador. Muito mau mesmo. Pelo menos, aquela onde tava a ser exibido o filme, em que só havia disponível lugar na ponta. Mas pra ver o filme, tinha de estar com o pescoço todo virado. Nem me deixei lá ficar 1 minuto. Fui para o meio, onde havia algumas cadeiras vazias.

Sobre o filme, muito bom. Nem nos apercebemos que professor e alunos não são actores, mas sim um professor na vida real (nada mais que o autor do livro que serve de inspiraçã e base ao filme) e alunos (que tiveram aulas de representação), que emprestam a sua experiência na vida real ao documentário-ficção. O que o torna mais autêntico e sincero. É um filme que prende a atenção, diverte, faz pensar, comove, em suma, vale bem a pena o dinheiro investido. A ver!

segunda-feira, novembro 10, 2008

A "História" que fica por fazer

Os ecrãs anunciavam vezes sem conta: nunca nenhuma equipa venceu 3 vezes seguidas a taça de Portugal. E o Sporting poderia fazer história.
Depois de um primeiro embate mal sucedido, as presenças de Liedson, Izmailov e Caneira no 11 anunciavam que as coisas iriam ser diferentes. E de facto quem viu aquela 1ª parte (das melhores da época) só poderia estar confiante numa vingança da derrota de há semanas atrás.
No entanto, nestas coisas da bola, quem não marca arrisca-se a sofrer. E o Sporting teve muitas oportunidades de terminar a 1ª parte com 2-0, senão mesmo 3-0. Não o tendo feito, fez uma segunda parte muito fraquinha, de que o golo de Hulk é exemplar de como a equipa se foi abaixo, e então deixámo-nos empatar.
Prolongamento, que era o pior que poderia acontecer (noite fria, horário já a pedir o sono), mas nem mesmo aí as equipas resolveram. Seguiram-se os penaltis, onde não primamos pela excelência na marcação, nem pela sorte destes momentos (sobretudo quando se trata de jogar contra o Porto). Mais uns minutos de tensão, sofrimento, para acabar em grande desilusão. Estamos fora da taça. Não vamos fazer história.
Em conclusão, direi que foi uma bela oportunidade perdida, porque tivemos todas as condições para derrotar o Porto. A arbitragem foi muito má, mas não foi por aí que fomos eliminados.
De qualquer modo, e conforme disse a alguns amigos portistas, vemo-nos na Supertaça. Não conto com outra coisa...

sexta-feira, novembro 07, 2008

Coisas que um adepto de futebol gosta de ouvir


Certamente que poderá haver alguma dose de exagero, ou um piscar de olhos aos adeptos para consumo interno, mas no caso particular de Postiga, acho que há muito de verdade nesta frase.
O rapaz é um jogador com muito potencial, mas a sua carreira não primou até agora propriamente pela regularidade ou por altos momentos. Daí este ingresso no Sporting ter visado o relançamento da sua carreira.
E a verdade é que Postiga já conquistou os adeptos, que muito o apreciam (vide os enormes assobios a PBento na substituição que procedeu contra o Porto, ou nos muitos aplausos com que foi brindado agora contra o Shaktar), seja pelos importantes golos que já marcou, seja pela raça e entrega em campo que gostamos muito de ver. Atrevo-me a dizer que Postiga neste momento tem mais capital de simpatia entre a população leonina do que, por exemplo, Miguel Veloso.
Da minha parte, é um jogador que aprecio bastante em campo, e é daqueles que quero sempre a titular.

Cavaco

Cavaco Silva decidiu fazer da cooperação estratégica o modelo da sua Presidência, o que lhe valeu grande crédito e reconhecimento por parte daqueles para quem Portugal está primeiro, inclusivé muito boa gente do Partido Socialista.
Mas Cavaco tem também a singularidade de fazer uma espécie de promulgação com reservas. Discorda do teor de certas leis, mas acaba por promulgá-las. Como se as reservas que coloca não fossem actuais e suficientes para não deixar certas leis irem para a frente nos moldes com que foram redigidas. Primeiro foi com a lei do aborto, agora é com a lei do divórcio.
Recentemente, tivemos os casos das ameaças veladas do General Loureiro dos Santos, e agora a palhaçada pela Assembleia Legislativa Regional da Madeira. Sobre isto, e perante tais gravidades, ainda não ouvimos uma única palavra do Presidente. Que, aliás, quando foi fazer a visita oficial à Madeira nada comentou à proibição do Governo Regional em não ir lá discursar.
Devo dizer, com tudo isto, que a Presidência de Cavaco me tem desiludido. Se é certo que lhe aplaudo pela cooperação estratégica, acho indesculpável que se atravesse com certas leis do Partido Socialista que são graves para a sociedade, e que ele próprio reconhece e critica mas não tem coragem para não deixar passar. E depois estes casos que abalam o regular funcionamento das instituições e sobre os quais nada diz, prolongando um silêncio que em nada se justifica.
Espero que o Presidente arrepie caminho..

quinta-feira, novembro 06, 2008

Champions

Esta semana está a figurar-se como daquelas em que tudo corre bem.
E não me refiro apenas à eleição de Obama. Futebolisticamente falando, o Porto deu ontem um sinal claro de que ainda está para estas contas da Champions, e vai bater-se até ao fim pelo apuramento (e por que não o 1º lugar, visto estar a apenas 2 pontos do Arsenal que ainda vai ter de jogar no Dragão). Um novo fôlego para Jesualdo e os jogadores que, no entanto, não livram a má imagem que têm deixado nas últimas semanas , não alterando em nada a conclusão de que este é o pior FC Porto dos últimos anos.
Brilhante também esteve o Sporting, por ter logrado pela primeira vez apurar-se para os oitavos-de-final da Champions. Tal como o Porto, o Sporting também só depende de si para acabar a fase de grupos em 1º lugar, e o próximo jogo em casa com o Barcelona, apesar de difícil, também será altamente motivador para os jogadores. Afinal, se já se fez história por que não fazer um bocadinho mais?
Paulo Bento também ganha um fôlego adicional e reduz para já as críticas que lhe foram sendo lançadas. Digam o que disserem, o homem já marcou o seu lugar na história do Sporting.
Uma última palavra para Derlei. O Ninja com os seus 33 anos já devia ter um pouco mais de juízo na cabeça, mas não deixa de ser um regalo vê-lo jogar em campo, e correr e lutar como se tivesse vindo dos júniores e quisesse mostrar ao treinador que tem lugar no plantel. O Ninja é um parceiro de ataque fantástico do Liedson, e para este tipo de jogos é um valor acrescentado na equipa. Valeu a pena ter renovado!

Pais de Retalhos???

Hoje na minha vinda para o trabalho e com a TSF sintonizada na rádio, ouvi uma notícia que me deixou a pensar se vivo num pais onde todos temos os mesmos direitos e os mesmos deveres. Ao que parece isso é verdade, perante a Segurança Social, perante as Finanças, no fundo perante a Administração Pública ou serviços governamentais. O mesmo não se passa quando passamos para os serviços detidos por privados.
A notícia referia-se à Galp, que decidiu durante mês e meio baixar o preço dos combustiveis durante o fim de semana em 6 cêntimos por litro. Ora, quando ouvi isto pensei: "Aqui está finalmente algum bom senso por parte da Galp"; não é que a notícia continua, dando conta que isto só se passaria em 100 postos de abastecimento, localizados na grande Lisboa, grande Porto, Viseu, Aveiro e Algarve (se não me engano)... Será que a Galp olha para Portugal como uma manta de retalhos, em que existem distinções entre os seus habitantes? Será que uns têm mais direitos que outros e os mesmos deveres?
Haja bom senso por parte da Galp, somos todos iguais!!!

quarta-feira, novembro 05, 2008

Nota Americana...

O meu anti-americanismo prende-se apenas com o facto de estes se mostrarem superiores na maior parte das questões políticas, sociais, económicas, culturais e tecnológicas. Não sou um anti-americano puro, nem sou um pró-americano. Apenas olho a américa de uma forma não fanática. Normalmente ou se gosta muito, ou se desgosta. Não sou desse tipo. Acho que a América têm muita coisa boa, como tem muita coisa má. Mal seria se assim não fosse, não podemos viver de utopias. É assim em todo o lado.
A América foi construida por Europeus, sem nós eles não seriam nada do que são hoje. Eles foram e são a terra das oportunidades e nós soubemos aproveitar as mesmas. Sem mentes brilhantes que floresceram na Europa nada do desenvolvimento cultural americano seria o que é hoje.
Em termos políticos eles dão uma lição ao mundo e aprimoraram o método democrático. Há que lhes dar os parabéns pela forma como a política decorre naquele país. Nas questões tecnológicas, os Estados Unidos são apenas a sede das maiores multi-nacionais, mas na liderança, das mesmas, estão russos, israelitas, europeus, indianos, entre outros. Exemplo mais premente que o "Google" é impossível. Quem os lídera são um russo e um israelita. Mas quanto a tecnológia apesar dos pregões americanos acho que o Japão lidera com alguma margem, certos aspectos tecnológicos. Em termos culturais e sociais, os Estado Unidos não dão lições a ninguêm, tem extremos de gente pobre e gente muito rica, assim como uma taxa de analfabetização alta.
Quanto ao que apregoam de serem os melhores do mundo em termos militares, etc, etc. Isso é nos filmes. O vietnam já lá vai e os soldados americanos foram dissimados sem dó nem piedade. Porquê continuar a falar no vietnam? Mais importância tiveram os EUA na II grande guerra, mas nisso não lhes denoto grande orgulho...
Portanto, a minha visão não é de anti ou pró americanismo. Apenas tento aproveitar o que eles dão de melhor ao mundo.

"Yes, He Can"

O mundo respira após a eleição de Barack Obama. Obama conseguiu uma eleição sem mácula, com um percurso fantástico. A américa mostrou hoje que pode dar lições ao mundo sem impor o seu poderio bélico. A américa, país que lidera revoluções tecnológicas, políticas, sociais e económicas, mostrou que é capaz do pior e do melhor. Ontem mostrou-nos o melhor. Volvidas cerca de 4 decádas dos tumultos que colocaram um ponto final a diferença entre pretos e brancos, Obama entra para a história como o primeiro Afro-Americano na Casa Branca. Hoje, D.ª Rose, a primeira afro-americana a sentar-se nos lugares da frente de um autocarro e que deu início a uma revolução cultural, assim como Martin Luther King, o expoente máximo dessa revolução, deveriam rejubilar com estrondosa vitória. Sempre fui céptico em relação ao americanos e terei sempre uma costela anti-americana, mas hoje, aplaudo todos aqueles que contribuiram para a mudança, uma mudança que se espera mude o Mundo... Obama diz: "Yes, we can". Nós podemos, ele pode. Nós conseguimos colocá-lo lá, ele pode, agora, com o nosso apoio tentar mudar a face da América e a face do Mundo.


Parabéns Obama, Parabéns América!!!

terça-feira, novembro 04, 2008

Gato(s) em grande

Chamaram-me a atenção para estes 2 sketches verdadeiramente deliciosos. Os Gato são os maiores!

Paulo Bento



Carlos Queiroz/Scolari

Suspenso II

Também eu aqui formulo votos para que Obama seja o novo Presidente dos Estados Unidos da América, essa grande nação, baluarte da democracia, liberdade e prosperidade. Yes, he can!

Suspenso

O mundo está em suspenso. Hoje, ficaremos a conhecer quem será o homem mais poderoso do mundo; o próximo Presidente dos Estados Unidos. Uma coisa é esperada, que este mude as políticas seguidas durante estes últimos oito anos que deixaram o mundo como hoje o conhecemos, perto da ruptura. Esperemos que o próximo Presidente tenha uma postura mais social e uma política externa baseada no dialógo e não na força bruta. Que chame a si os grandes problemas americanos e que os resolva sem demora, porque a america quer queiramos quer não é o coração do mundo. Neste momento está a ter um "enfarte" e todos sentimos...
Que venha um novo presidente, se possível que seja Obama!!!

domingo, novembro 02, 2008

Engraçado

Achei engraçado pegar numa das melhores músicas de sempre e toca-la ao "old fashion style" dos Beatles.

Porque Mccain não pode ganhar

Porque a América não se pode dar ao luxo de ter uma vice-presidente menos dotada e preparada que Bush, por muito que eu aprecie Mccain (apesar de ser por Obama).
Senão vejam esta prank call que uns humoristas canadianos fizeram à candidata republicana à vice-presidência. Fizeram-se passar por Nicolas Sarkozy, Presidente francês, e o resultado não poderia ser mais hilariante.

Escola

Contava-me a minha mãe ontem ao almoço que há uma série de pessoas conhecidas que andam a pôr os seus filhos em escolas/colégios nos arredores de Esposende (Porto, Póvoa, Braga) em prol de um ensino de grande qualidade para os seus geniozinhos.
Um caso paradigmático sucedeu na António Correia de Oliveira. A Direcção lembrou-se de instituir prémios para os melhores alunos (e bem!). Então houve uma aluna X que por força das notas venceu o prémio. A mãe da aluna Y não tendo gostado, reclamou, protestou, fez barulho, e o Ciclo acabou por reconhecer a validade dos seus argumentos. Vai daí, também atribuiu o prémio à aluna Y. A aluna X, tendo sabido do sucedido (e note-se que nunca lhe retiraram o prémio nem puseram em causa o mérito do mesmo) entrou em estado de choque e disse não querer mais voltar a estudar em Esposende, nem na António Correia de Oliveira. Os seus papás, muito consternados com a situação, trataram de a transferir para Braga.
Se há coisas de que tenho muito orgulho na vida, foi de ter estudado em Esposende, e nas suas escolas públicas. Tive grandes professores, pessoas que me marcaram, e nunca senti estupidificar-me ou embrutecer-me com o nível de ensino lá ministrado.
Casos como o da aluna X, ou de outros que vão para Póvoas e Bragas julgando lá ter um ensino bem superior ao dos coitaditos que ficam desterrados em Esposende, só me dão vontade de rir.
Se é desta maneira que os papás pensam formar e preparar os seus filhos para a vida, lamento desiludi-los mas não. A aluna X com o mimo e birra revelados, há de ter mais casos como este pela vida fora, e aí como vai ser? Toca a transferi-la de novo? Quanto aos que vão para escolas/colégios de fora, tal não é sinónimo de se tornarem génios. Um aluno bom será sempre bom em escola pública ou privada, e o inverso também. Quanto muito, poderá ser ainda melhor por força do ensino no privado, mas a minha experiência em Esposende diz-me que o ensino lá ministrado não fica nada a dever às melhores práticas do privado.

Liedson

Estreou-se ontem à noite a marcar na edição 2008/2009 da Liga Sagres.
É o terceiro golo que marca esta época, no total das competições, e pela 3ª vez, é graças ao seu golo que o Sporting garante mais uma vitória. Não há palavras. Levezinho é, indiscutivelmente, o melhor avançado a jogar em Portugal, e um dos melhores de sempre da história do Sporting.
Sobre o seu ingresso na Selecção nacional, parece-me que será inevitável. Portugal não tem nenhum avançado que consiga marcar a diferença, e Liedson é esse avançado. Não o reconhecer, será o conformismo com a situação actual da Selecção.
Já escrevi aqui que por princípio, Portugal não deveria admitir jogadores naturalizados. Mas aberto o precedente, não há que criar naturalizados de primeira e naturalizados de segunda.
Gilberto Madaíl em entrevista a um diário desportivo de ontem, dizia que a entrada de Liedson, apesar de nunca colocada pelo Seleccionador nacional, viria descaracterizar a Selecção. Questionado com as diferenças para os casos "Deco" e "Pepe" respondeu Madaíl que eram casos bem diferentes, dado que nunca nenhum desses jogadores disse querer jogar na Selecção do Brasil. Já Liedson sim.
Ora, se a memória não me falha, Deco afirmou por várias vezes querer jogar na Canarinha e só veio para a equipa das Quinas porque definitivamente nunca iria chegar à Selecção Brasileira. Por isso, acho que a justificação de Madaíl, para além de precipitada, foi infeliz.
E não custa muito adivinhar a pirueta que Madaíl dará daqui a uns meses, quando Liedson já for cidadão português. Não acreditam?