Foi hoje publicada a primeira exortação apostólica do Papa Francisco com o título "A Alegria do Evangelho".
Para mais informação sobre o seu conteúdo remeto para aqui sendo que para quem estiver interessado em ler a exortação na íntegra (para já em espanhol) poderá clicar aqui.
Na peça jornalística feita sobre o tema, chamou-me a atenção o facto de o Papa Francisco aludir a queixas que vem recebendo sobre a falta de qualidade das homilias.
Por circunstâncias várias, conheço várias Igrejas, no Porto e em Lisboa, e posso testemunhar que a qualidade da pregação faz, efectivamente, toda a diferença.
Há Padres que recorrem a pequenas histórias para concretizarem a mensagem do Evangelho, no que ajuda a interiorizar melhor a Palavra. Há Padres que usam do humor refinado e tornam mais agradável a meditação. Há Padres que sabem gerir o tempo da homilia com enorme eficácia. Há Padres que combatem a monocórdia, sob pena de terem metade da assistência a distrair-se com o espirro do lado, a criança que brinca, ou simplestemente contemplar alguma imagem religiosoa.
E há Padres que não fazem nenhuma dessas coisas.
Ora, a pregação da Palavra de Deus não deve ser feita de ânimo leve, e cada sacerdote, com as suas armas, deve procurar fazê-lo da melhor forma. Agora, o modo piloto automático simplesmente não funciona.
Por isso, faz muito bem o Papa Francisco em chamar a atenção para esse facto.
Outro aspecto que também tem que ser revisitado nas Eucaristias é o que se relaciona com os cantores ou grupos corais.
A música religiosa também é oração. E, nisto de cantar na missa, convenhamos, não é para quem quer mas para quem sabe.
Quantas vezes um Salmo belíssimo, que poderia dar um bom momento de oração interior, fica prejudicado pela voz, ou pelas vozes desafinadas, de senhoras velhinhas, crianças, ou mesmo pessoas adultas que são um atentado ao rouxinol?
Bem sei que não é fácil formar e manter um bom grupo coral, mas também passa por aí a responsabilidade do sacerdote. Porque também é um caso onde se pode fazer, de facto, toda a diferença.
Agora, deixar as músicas litúrgicas para senhoras velhinhas ou jovens imberbes, acompanhadas por sintetizadores, e sempre a mesma porra de género musical todo o fim-de-semana, é mortificação e dificulta o propósito de elevar bem o nosso coração até Deus.
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