Percebo o desconforto de Sócrates. Isto de notícias sobre tráfico de influências e corrupção, que envolvam a sua pessoa, virem sempre que estamos em ano de eleições cheira a esturro. De facto, não se percebe como é que o caso "Freeport" esteve em silêncio tanto tempo para ressurgir agora de novo em força.
Hoje no Expresso alguém escrevia sobre esta coincidência temporal e lembrava vários escândalos políticos que nunca tiveram consequência. A título de exemplo, os casos relacionados com Paulo Portas. Eles foram os casos dos sobreiros, dos submarinos, o tempo passou, nada aconteceu, e não admira que mais dia menos dia, quando o homem voltar a estar em alta, os casos ressurjam novamente.
Neste caso de Sócrates, assim como o do curso da Independente, impõe-se que tudo se esclareça o mais rapidamente possível, a bem da verdade. Mas em Portugal reza a história que os grandes escândalos nunca resolvem nada, e tudo fica como dantes, quartel-general em Abrantes.
Noutra latitude, e ainda quanto a Sócrates, parece que o nosso PM e secretário-geral do PS vai propor na sua moção ao Congresso a institucionalização do casamento entre pessoas do mesmo sexo. Enfim, o País e o Mundo numa grave crise, e aqui a política que marca a agenda são estes temas. Mas Portugal sempre foi aquele circo. Valha ao menos a sabedoria de Mário Soares que chamou a atenção dos seus correligionários para não gozarem com a cara do povo, que há coisas mais importantes do que essa.
Mas Sócrates, no que toca a desviar as atenções, sempre foi um guru...
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