Bem, lá vamos nós (re)começar com o uma espécie...Agora é que vai ser! Mas uma espécie de quê? Nem eu sei, mas parece que é uma espécie de porra nenhuma...Um blog onde nada fica por dizer!
quinta-feira, julho 28, 2011
Vox populi
Sónia Brazão foi constituída arguida.
Os noticiários, como não poderia deixar de ser, deram disso conta.
Adicionalmente, continuam a relatar-nos que os estragos avultados causados pela explosão no apartamento da actriz continuam por pagar, sendo que alguns particulares estão já a pagar do seu próprio bolso as reparações.
Indignados por a situação ainda não ter sido reparada na integralidade, o mesmo é dizer, que Sónia Brazão seja responsabilizada pelos estragos causados, alguns populares falaram ao microfone e disseram de sua justiça.
"Em vez de andar aí a acenar e mandar beijinhos, que viesse aqui pagar os prejuízos que cometeu. Isso sim, seria uma grande Senhora!", gritava indignada uma popular.
Percebo o descontentamento de quem tem um carro estragado ou janelas partidas e queira ser ressarcido. E certamente que a polícia e as seguradoras irão apurar o responsável.
Mas a indignação não justifica os modos menos elegantes como se atiraram a Sónia Brazão. A mulher esteve à beira das portas da morte, e acredito que a força e apoio que tem recebido de muitos cidadãos a tenham enchido de fortaleza para ultrapassar este duro momento da sua vida. Daí as manifestações de carinho por quem a estima.
Isto para concluir, portanto, que há indignações que não justificam todas as palavras.
segunda-feira, julho 25, 2011
OS ‘CATÓLICOS’ ADVERSATIVOS
In memoriam de Maria José Nogueira Pinto,
uma católica não adversativa.
A barca de Pedro é como a arca de Noé. Se esta providencial embarcação incluía toda a espécie de criaturas que havia à face da terra, também a Igreja congrega uma imensa variedade de almas. Todas as gentes, qualquer que seja a sua raça, a sua cultura, a sua língua ou os seus costumes, desde que legítimos, cabe na barca de Pedro. Por isso, graças a Deus, há católicos conservadores e progressistas, de direita e de esquerda, republicanos e monárquicos, regionalistas e centralistas, etc.
Se, em política, tudo o que parece é, o mesmo já não se pode dizer na Igreja. Tal é o caso dos ‘católicos’ adversativos. Muito embora a designação seja original, a realidade é, infelizmente, do mais prosaico e corrente:
- Eu sou católico, mas...
E, claro, a seguir a esta proposição adversativa, seguem não poucos reparos à doutrina cristã. A saber: eu sou católico, mas creio na reencarnação; eu sou católico, mas defendo o aborto; eu sou católico mas, não acredito no inferno; eu sou católico, mas sou a favor da eutanásia; eu sou católico, mas concordo com o casamento entre pessoas do mesmo sexo; etc., etc., etc.
É verdade que a Igreja acolhe também aqueles que, por desconhecimento ou por debilidade, não conseguem ainda viver de acordo com todos os seus preceitos. Ao contrário do que pretendiam os cátaros, a Igreja não é só dos puros ou dos santos, os únicos que são, de facto, cem por cento católicos. Com efeito, a Igreja não exclui os néscios, nem os fracos que, na realidade, somos quase todos nós. Mas não aceita os nossos erros, nem os nossos pecados, antes impõe que, da parte do crente, haja uma firme decisão de conversão.
Esta é, afinal, a diferença entre o pecador e o fariseu: ambos pecam, mas enquanto aquele reconhece-o humildemente e procura emendar-se, este justifica-se e, em vez de mudar de conduta, desautoriza a doutrina em que, afinal, não crê. O pecador que é sincero no seu propósito de santificação, tem lugar na comunidade dos crentes, mas não quem intencionalmente nega os princípios da fé cristã.
Na Igreja há certamente margem para a diversidade de pontos de vista, também em matérias doutrinais opináveis, mas não cabe divergência no que respeita aos princípios fundamentais. Um cristão que, consciente e voluntariamente, dissente de uma proposição de fé definida pela competente autoridade eclesial, não é simplesmente um católico diferente ou divergente, mas um fiel infiel, ou seja, um não fiel.
Conta-se que o pai de uma rapariga algo leviana, sabendo do seu estado interessante, tentou desesperadamente conseguir-lhe um marido que estivesse pelos ajustes. Para este efeito, assim tentou aliciar um possível candidato:
- É verdade que a minha filha está grávida, mas é só um bocadinho...
Ser ou não ser, eis a questão. Pode-se ser católico sendo ignorante e até muito pecador, mas não se pode ser ‘católico’ adversativo, ou seja, negando convictamente a doutrina da Igreja.
A fé não se afere por uma auto-declaração abstracta, mas pela opção existencial de seguir Cristo, crendo e agindo de acordo com os princípios do Evangelho. Não é católico quem afirma que o é, mas quem pensa e quer viver como tal. «Tu crês que há um só Deus? Fazes bem, no entanto também os demónios crêem e tremem. O homem é justificado pelas obras e não apenas pela fé. Assim como o corpo sem alma está morto, assim também a fé sem obras está morta» (Tg 2, 19.24.26).
P. Gonçalo Portocarrero de Almada, artigo publicado no Jornal "Voz da Verdade".
uma católica não adversativa.
A barca de Pedro é como a arca de Noé. Se esta providencial embarcação incluía toda a espécie de criaturas que havia à face da terra, também a Igreja congrega uma imensa variedade de almas. Todas as gentes, qualquer que seja a sua raça, a sua cultura, a sua língua ou os seus costumes, desde que legítimos, cabe na barca de Pedro. Por isso, graças a Deus, há católicos conservadores e progressistas, de direita e de esquerda, republicanos e monárquicos, regionalistas e centralistas, etc.
Se, em política, tudo o que parece é, o mesmo já não se pode dizer na Igreja. Tal é o caso dos ‘católicos’ adversativos. Muito embora a designação seja original, a realidade é, infelizmente, do mais prosaico e corrente:
- Eu sou católico, mas...
E, claro, a seguir a esta proposição adversativa, seguem não poucos reparos à doutrina cristã. A saber: eu sou católico, mas creio na reencarnação; eu sou católico, mas defendo o aborto; eu sou católico mas, não acredito no inferno; eu sou católico, mas sou a favor da eutanásia; eu sou católico, mas concordo com o casamento entre pessoas do mesmo sexo; etc., etc., etc.
É verdade que a Igreja acolhe também aqueles que, por desconhecimento ou por debilidade, não conseguem ainda viver de acordo com todos os seus preceitos. Ao contrário do que pretendiam os cátaros, a Igreja não é só dos puros ou dos santos, os únicos que são, de facto, cem por cento católicos. Com efeito, a Igreja não exclui os néscios, nem os fracos que, na realidade, somos quase todos nós. Mas não aceita os nossos erros, nem os nossos pecados, antes impõe que, da parte do crente, haja uma firme decisão de conversão.
Esta é, afinal, a diferença entre o pecador e o fariseu: ambos pecam, mas enquanto aquele reconhece-o humildemente e procura emendar-se, este justifica-se e, em vez de mudar de conduta, desautoriza a doutrina em que, afinal, não crê. O pecador que é sincero no seu propósito de santificação, tem lugar na comunidade dos crentes, mas não quem intencionalmente nega os princípios da fé cristã.
Na Igreja há certamente margem para a diversidade de pontos de vista, também em matérias doutrinais opináveis, mas não cabe divergência no que respeita aos princípios fundamentais. Um cristão que, consciente e voluntariamente, dissente de uma proposição de fé definida pela competente autoridade eclesial, não é simplesmente um católico diferente ou divergente, mas um fiel infiel, ou seja, um não fiel.
Conta-se que o pai de uma rapariga algo leviana, sabendo do seu estado interessante, tentou desesperadamente conseguir-lhe um marido que estivesse pelos ajustes. Para este efeito, assim tentou aliciar um possível candidato:
- É verdade que a minha filha está grávida, mas é só um bocadinho...
Ser ou não ser, eis a questão. Pode-se ser católico sendo ignorante e até muito pecador, mas não se pode ser ‘católico’ adversativo, ou seja, negando convictamente a doutrina da Igreja.
A fé não se afere por uma auto-declaração abstracta, mas pela opção existencial de seguir Cristo, crendo e agindo de acordo com os princípios do Evangelho. Não é católico quem afirma que o é, mas quem pensa e quer viver como tal. «Tu crês que há um só Deus? Fazes bem, no entanto também os demónios crêem e tremem. O homem é justificado pelas obras e não apenas pela fé. Assim como o corpo sem alma está morto, assim também a fé sem obras está morta» (Tg 2, 19.24.26).
P. Gonçalo Portocarrero de Almada, artigo publicado no Jornal "Voz da Verdade".
Verão II
Alguns dias depois de a agência de notação cá do sítio ter cortado o rating deste Verão para lixo, vem a desoladora confirmação de o presente mês de Julho ser o mais frio dos últimos 27 anos. De facto, este mundo anda muito ao contrário. Será que Agosto vai compensar?
Entretanto, tenho reparado que as bibliotecas de praia, em Ofir e Esposende, continuam fechadas, ao contrário de anos anteriores, em que por esta altura já estavam abertas.
Ficarei muito decepcionado se este ano não tivermos biblioteca de praia. É daquelas iniciativas obrigatórias no programa de Verão de qualquer Concelho litoral, como o de Esposende que por estes meses conhece a maior afluência de pessoas e iniciativas, com consequente retorno na sua economia interna.
Adenda: Tomei há instantes o feliz conhecimento do anúncio feito pela Câmara Municipal do regresso das Bibliotecas de Praia, a partir do dia de hoje até 4 de Setembro. E assim se mantém um bom hábito a contar desde 1996.
sábado, julho 23, 2011
Matraquilhos
Em virtude das várias transferências neste "defeso", a ASAE está a confiscar todos os matraquilhos antigos, tanto em cafés ou estabelecimentos de diversão.
Os donos destes estabelecimentos terão de adquirir nova mesa de "matrecos", devido as grandes alterações no plantel do SLB.
Desta forma, a nova mesa a ser adquirida terá de ser a seguinte:
Os donos destes estabelecimentos terão de adquirir nova mesa de "matrecos", devido as grandes alterações no plantel do SLB.
Desta forma, a nova mesa a ser adquirida terá de ser a seguinte:
sexta-feira, julho 22, 2011
quarta-feira, julho 20, 2011
terça-feira, julho 19, 2011
U2, os maiores!!!
Se não são a melhor banda do mundo, não sei qual será. Para lá das músicas, para lá dos espectáculo, os gestos...
No último concerto da tour 360º, no público estava um fã com um cartaz: "Queria tocar uma música para a minha esposa". Bono pede para levarem o fã ao palco. O fã era cego, deram-lhe a guitarra do Bono e saiu isto
Coisas simples que fazem as pessoas felizes.
No último concerto da tour 360º, no público estava um fã com um cartaz: "Queria tocar uma música para a minha esposa". Bono pede para levarem o fã ao palco. O fã era cego, deram-lhe a guitarra do Bono e saiu isto
Coisas simples que fazem as pessoas felizes.
Uniforme!!!
Surge hoje a público que a Universidade Católica criou um código de vestuário próprio para o corpo docente e discente. Não vi o código propriamente dito, mas ao que parece agora é proibido entrar no "campus" de havaianas e calções, para além de camisolas de clubes desportivos.
Eu aplaudo, de pé, esta decisão da universidade católica. As instituições devem ensinar em toda a vertente social e quando a coisa não funciona há que impôr regras.
Afinal estamos a formar futuros advogados, gestores, etc, que não irão de chinelas e calções para o trabalho!!!
Isto é que podia virar moda em muitas instituições...
Eu aplaudo, de pé, esta decisão da universidade católica. As instituições devem ensinar em toda a vertente social e quando a coisa não funciona há que impôr regras.
Afinal estamos a formar futuros advogados, gestores, etc, que não irão de chinelas e calções para o trabalho!!!
Isto é que podia virar moda em muitas instituições...
segunda-feira, julho 18, 2011
Cranberries - melhor foi impossível!
Sábado fui até à Irlanda. Bem, se não fui quase parecia.
Gaia, Festival Marés Vivas. Nevoeiro, chuva miudinha quase sempre presente, e uma banda irlandesa para ver.
Cranberries, banda que ouvimos nos anos 90, com hits que fazem parte da banda sonora da nossa vida: Linger, Dreams, Zombie, Salvation, etc, etc.
Por tudo isso, e pela Senhora Dolores O`Riordan, dona de uma das vozes femininas mais únicas e deslumbrantes, tinha que os ir ver. E assim aconteceu.
O concerto foi melhor do melhor que poderia esperar.
Sem serem a banda que ia fechar o concerto, logo fazendo pressupor que apenas tocariam perto 1h (13/14 canções), os Cranberries não só tocaram bem mais do que isso (cerca de 1h30), como desfiaram todos os hits que lhes são conhecidos: 19 canções, um número que só vemos em concertos a solo ou quando é banda a fechar um Festival.
Foi fantástico! Valeu a pena aguentar aquela chuva e o desconforto. A partir dos acordes da Analyse foi sempre a abrir! Que bela noite!
Analyse
Animal Instinct
Linger
Dreaming My Dreams
Ode to My Family
Wanted
Tomorrow
Just My Imagination
Schizophrenic Playboy
When You're Gone
I Can't Be With You
Waltzing Back
Free to Decide
Salvation
Ridiculous Thoughts
Zombie
Empty
Promises
Dreams
sábado, julho 16, 2011
Mais logo à noite...
A minha outra banda irlandesa preferida, depois dos U2. Finalmente vou vê-los ao vivo carago!
sexta-feira, julho 15, 2011
Poeta Castrado, Não!!!
Não há palavras quando as palavras são mais do que elas próprias...
Serei tudo o que disserem
por inveja ou negação:
cabeçudo, dromedário
fogueira de exibição
teorema, corolário
poema de mão em mão
lãzudo, publicitário
malabarista, cabrão.
Serei tudo o que disserem:
Poeta castrado, não!
Os que entendem como eu
as linhas com que me escrevo
reconhecem o que é meu
em tudo quanto lhes devo:
ternura como já disse
sempre que faço um poema;
saudade que se partisse
me alagaria de pena;
e também uma alegria
uma coragem serena
em renegar a poesia
quando ela nos envenena.
Os que entendem como eu
a força que tem um verso
reconhecem o que é seu
quando lhes mostro o reverso:
Da fome já não se fala
é tão vulgar que nos cansa
mas que dizer de uma bala
num esqueleto de criança?
Do frio não reza a história
a morte é branda e letal
mas que dizer da memória
de uma bomba de napalm?
E o resto que pode ser
o poema dia a dia?
Um bisturi a crescer
nas coxas de uma judia;
um filho que vai nascer
parido por asfixia?!
Ah não me venham dizer
que é fonética a poesia!
Serei tudo o que disserem
por temor ou negação:
Demagogo,mau profeta
falso médico,ladrão
prostituta,proxeneta
espoleta,televisão.
Serei tudo o que disserem:
Poeta castrado,não!
José Carlos Ary dos Santos
Serei tudo o que disserem
por inveja ou negação:
cabeçudo, dromedário
fogueira de exibição
teorema, corolário
poema de mão em mão
lãzudo, publicitário
malabarista, cabrão.
Serei tudo o que disserem:
Poeta castrado, não!
Os que entendem como eu
as linhas com que me escrevo
reconhecem o que é meu
em tudo quanto lhes devo:
ternura como já disse
sempre que faço um poema;
saudade que se partisse
me alagaria de pena;
e também uma alegria
uma coragem serena
em renegar a poesia
quando ela nos envenena.
Os que entendem como eu
a força que tem um verso
reconhecem o que é seu
quando lhes mostro o reverso:
Da fome já não se fala
é tão vulgar que nos cansa
mas que dizer de uma bala
num esqueleto de criança?
Do frio não reza a história
a morte é branda e letal
mas que dizer da memória
de uma bomba de napalm?
E o resto que pode ser
o poema dia a dia?
Um bisturi a crescer
nas coxas de uma judia;
um filho que vai nascer
parido por asfixia?!
Ah não me venham dizer
que é fonética a poesia!
Serei tudo o que disserem
por temor ou negação:
Demagogo,mau profeta
falso médico,ladrão
prostituta,proxeneta
espoleta,televisão.
Serei tudo o que disserem:
Poeta castrado,não!
José Carlos Ary dos Santos
Interessante...
O Correio da Manhã noticiou esta semana o lançamento de mais uma petição à Assembleia da República para a realização de um referendo sobre a inviolabilidade da vida humana. Tenho sérias dúvidas de que este seja o momento certo para lançar essa discussão, mas não tenho dúvidas nenhumas de que a actual lei deve ser repensada, quatro anos após ter entrado em vigor.
Faz sentido, como indica o relatório da Direcção--Geral da Saúde de 2010, que 251 mulheres já tenham efectuado quatro ou mais abortos pagos pelo Estado desde 2007?
Faz sentido que o Estado permita que quatro delas possam ter realizado dez ou mais abortos? Faz sentido que uma mulher quando está de baixa médica receba 65% do ordenado e quando está de baixa médica por ter realizado um aborto receba 100%?
Estas são deficiências imperdoáveis na lei, que estão muito para lá do ‘sim’ ou do ‘não’.
Estas são deficiências imperdoáveis na lei, que estão muito para lá do ‘sim’ ou do ‘não’.
À boa portuguesa, passou-se do oito ao oitenta. Antigamente admitia-se prender mulheres. Agora, estende-se uma passadeira vermelha até ao bloco operatório. Trocou-se um absurdo por outro.
por João Miguel Tavares aqui.
terça-feira, julho 12, 2011
Verão
Vou cortar no rating do verão, passar para o nível de "lixo"... Afinal de contas com este tempo!!!
segunda-feira, julho 11, 2011
Esposende em Festa
Os tempos remontam a 1993/1994, quando frequentava o 5.º ano.
Religião&Moral era a disciplina, ministrada pelo então pároco de Vila Cova. Era aquela disciplina em que toda a gente passava ou com 4 ou 5. Para alguém católico praticante, de família praticante, a meta só poderia ser uma daquelas notas.
Mas quis a ingenuidade (e alguma soberba) própria daquela idade que tomasse como certa a nota ainda antes mesmo de me esforçar por a merecer. A par disso, estando a sala disposta em formato de U, tratei de me rodear de 2 amigos inseparáveis, o Tiago e o João, companheiros de conversas de recreio, e que prolongávamos para as aulas de Religião&Moral adentro. Apesar das várias advertências que levámos de que aquilo era uma aula e não uma sala de café, fizemos ouvidos moucos.
O resultado só poderia ser desastroso: de toda a turma corrida a 4 e 5 no 1.º período, apenas três estudantes não lograram atingir esses mínimos olímpicos, ficando-se pelo humilhante 3. Eu, o Tiago e o João, claro está.
Recordo, filho de boas famílias, e católico devoto, aquele 3 soou para a família a blasfémia. Levei nas orelhas como nunca pensei ser possível. Afinal, era Religião&Moral que se tratava, e não Matemática ou Português onde por sinal os resultados até tinham sido bons.
Mas a lição ficou, para aquele dia e, diria, para a vida toda.
O comportamento nos períodos e anos seguintes na disciplina seriam diametralmente opostos.
O Pe. Delfim manteve-se nosso professor ainda no 6.º ano.
Depois, viríamos a reencontrá-lo uns anos depois, em 1999, onde empossara como novo pároco de Esposende.
Na semana que passou, 5 de Julho, comemorou os 25 anos da sua ordenação sacerdotal, que tiveram ontem como pontos altos uma missa campal à porta da Igreja ,e um almoço-convívio na Estalagem Zende.
Das comemorações nota para o discurso breve, mas de reflexão, proferido pelo arcebispo D. Jorge Ortiga: este ano 3 jovens serão ordenados sacerdotes, 5 párocos celebram as suas bodas de prata, e 18 párocos comemoram as suas bodas de ouro. A crise sacerdotal está à vista, e muitas orações requerem-se para mais vocações.
Ontem foi dia de festa em Esposende. A freguesia, a par da freguesia de Vila Chã, juntaram-se à efeméride das bodas de prata do seu pastor. Que o Senhor lhe continue a dar força para pastorear o seu rebanho com firmeza na fé, generosidade na caridade e alegria na esperança.
quinta-feira, julho 07, 2011
Nada me faltará
Acho que descobri a política - como amor da cidade e do seu bem - em casa. Nasci numa família com convicções políticas, com sentido do amor e do serviço de Deus e da Pátria. O meu Avô, Eduardo Pinto da Cunha, adolescente, foi combatente monárquico e depois emigrado, com a família, por causa disso. O meu Pai, Luís, era um patriota que adorava a África portuguesa e aí passava as férias a visitar os filiados do LAG. A minha Mãe, Maria José, lia-nos a mim e às minhas irmãs a Mensagem de Pessoa, quando eu tinha sete anos. A minha Tia e madrinha, a Tia Mimi, quando a guerra de África começou, ofereceu-se para acompanhar pelos sítios mais recônditos de Angola, em teco-tecos, os jornalistas estrangeiros. Aprendi, desde cedo, o dever de não ignorar o que via, ouvia e lia.
Aos dezassete anos, no primeiro ano da Faculdade, furei uma greve associativa. Fi-lo mais por rebeldia contra uma ordem imposta arbitrariamente (mesmo que alternativa) que por qualquer outra coisa. Foi por isso que conheci o Jaime e mudámos as nossas vidas, ficando sempre juntos. Fizemos desde então uma família, com os nossos filhos - o Eduardo, a Catarina, a Teresinha - e com os filhos deles. Há quase quarenta anos.
Procurei, procurámos, sempre viver de acordo com os princípios que tinham a ver com valores ditos tradicionais - Deus e a Pátria -, mas também com a justiça e com a solidariedade em que sempre acreditei e acredito. Tenho tentado deles dar testemunho na vida política e no serviço público. Sem transigências, sem abdicações, sem meter no bolso ideias e convicções.
Convicções que partem de uma fé profunda no amor de Cristo, que sempre nos diz - como repetiu João Paulo II - "não tenhais medo". Graças a Deus nunca tive medo. Nem das fugas, nem dos exílios, nem da perseguição, nem da incerteza. Nem da vida, nem na morte. Suportei as rodas baixas da fortuna, partilhei a humilhação da diáspora dos portugueses de África, conheci o exílio no Brasil e em Espanha. Aprendi a levar a pátria na sola dos sapatos.
Como no salmo, o Senhor foi sempre o meu pastor e por isso nada me faltou -mesmo quando faltava tudo.
Regressada a Portugal, concluí o meu curso e iniciei uma actividade profissional em que procurei sempre servir o Estado e a comunidade com lealdade e com coerência.
Gostei de trabalhar no serviço público, quer em funções de aconselhamento ou assessoria quer como responsável de grandes organizações. Procurei fazer o melhor pelas instituições e pelos que nelas trabalhavam, cuidando dos que por elas eram assistidos. Nunca critérios do sectarismo político moveram ou influenciaram os meus juízos na escolha de colaboradores ou na sua avaliação.
Combatendo ideias e políticas que considerei erradas ou nocivas para o bem comum, sempre respeitei, como pessoas, os seus defensores por convicção, os meus adversários.
A política activa, partidária, também foi importante para mim. Vivi--a com racionalidade, mas também com emoção e até com paixão. Tentei subordiná-la a valores e crenças superiores. E seguir regras éticas também nos meios. Fui deputada, líder parlamentar e vereadora por Lisboa pelo CDS-PP, e depois eleita por duas vezes deputada independente nas listas do PSD.
Também aqui servi o melhor que soube e pude. Bati- -me por causas cívicas, umas vitoriosas, outras derrotadas, desde a defesa da unidade do país contra regionalismos centrífugos, até à defesa da vida e dos mais fracos entre os fracos. Foi em nome deles e das causas em que acredito que, além do combate político directo na representação popular, intervim com regularidade na televisão, rádio, jornais, como aqui no DN.
Nas fraquezas e limites da condição humana, tentei travar esse bom combate de que fala o apóstolo Paulo. E guardei a Fé.
Tem sido bom viver estes tempos felizes e difíceis, porque uma vida boa não é uma boa vida. Estou agora num combate mais pessoal, contra um inimigo subtil, silencioso, traiçoeiro. Neste combate conto com a ciência dos homens e com a graça de Deus, Pai de nós todos, para não ter medo. E também com a família e com os amigos. Esperando o pior, mas confiando no melhor.
Seja qual for o desfecho, como o Senhor é meu pastor, nada me faltará.
Aos dezassete anos, no primeiro ano da Faculdade, furei uma greve associativa. Fi-lo mais por rebeldia contra uma ordem imposta arbitrariamente (mesmo que alternativa) que por qualquer outra coisa. Foi por isso que conheci o Jaime e mudámos as nossas vidas, ficando sempre juntos. Fizemos desde então uma família, com os nossos filhos - o Eduardo, a Catarina, a Teresinha - e com os filhos deles. Há quase quarenta anos.
Procurei, procurámos, sempre viver de acordo com os princípios que tinham a ver com valores ditos tradicionais - Deus e a Pátria -, mas também com a justiça e com a solidariedade em que sempre acreditei e acredito. Tenho tentado deles dar testemunho na vida política e no serviço público. Sem transigências, sem abdicações, sem meter no bolso ideias e convicções.
Convicções que partem de uma fé profunda no amor de Cristo, que sempre nos diz - como repetiu João Paulo II - "não tenhais medo". Graças a Deus nunca tive medo. Nem das fugas, nem dos exílios, nem da perseguição, nem da incerteza. Nem da vida, nem na morte. Suportei as rodas baixas da fortuna, partilhei a humilhação da diáspora dos portugueses de África, conheci o exílio no Brasil e em Espanha. Aprendi a levar a pátria na sola dos sapatos.
Como no salmo, o Senhor foi sempre o meu pastor e por isso nada me faltou -mesmo quando faltava tudo.
Regressada a Portugal, concluí o meu curso e iniciei uma actividade profissional em que procurei sempre servir o Estado e a comunidade com lealdade e com coerência.
Gostei de trabalhar no serviço público, quer em funções de aconselhamento ou assessoria quer como responsável de grandes organizações. Procurei fazer o melhor pelas instituições e pelos que nelas trabalhavam, cuidando dos que por elas eram assistidos. Nunca critérios do sectarismo político moveram ou influenciaram os meus juízos na escolha de colaboradores ou na sua avaliação.
Combatendo ideias e políticas que considerei erradas ou nocivas para o bem comum, sempre respeitei, como pessoas, os seus defensores por convicção, os meus adversários.
A política activa, partidária, também foi importante para mim. Vivi--a com racionalidade, mas também com emoção e até com paixão. Tentei subordiná-la a valores e crenças superiores. E seguir regras éticas também nos meios. Fui deputada, líder parlamentar e vereadora por Lisboa pelo CDS-PP, e depois eleita por duas vezes deputada independente nas listas do PSD.
Também aqui servi o melhor que soube e pude. Bati- -me por causas cívicas, umas vitoriosas, outras derrotadas, desde a defesa da unidade do país contra regionalismos centrífugos, até à defesa da vida e dos mais fracos entre os fracos. Foi em nome deles e das causas em que acredito que, além do combate político directo na representação popular, intervim com regularidade na televisão, rádio, jornais, como aqui no DN.
Nas fraquezas e limites da condição humana, tentei travar esse bom combate de que fala o apóstolo Paulo. E guardei a Fé.
Tem sido bom viver estes tempos felizes e difíceis, porque uma vida boa não é uma boa vida. Estou agora num combate mais pessoal, contra um inimigo subtil, silencioso, traiçoeiro. Neste combate conto com a ciência dos homens e com a graça de Deus, Pai de nós todos, para não ter medo. E também com a família e com os amigos. Esperando o pior, mas confiando no melhor.
Seja qual for o desfecho, como o Senhor é meu pastor, nada me faltará.
Maria José Nogueira Pinto (1952-2011)
quarta-feira, julho 06, 2011
Maria José Nogueira Pinto (1952-2011)
Acabo de saber do falecimento de Maria José Nogueira Pinto.
Uma triste notícia.
A sociedade portuguesa, nas suas dimensões política e social, fica mais pobre.
terça-feira, julho 05, 2011
Rescaldo da saída do Nobre
Conversa com amigo candidato pelo PSD nas listas de Lisboa:
- Agr que o nobre bazou qts lugares te faltam pra chegar a deputado?
- Só faltam 9. Lol
- Eh pá isso é mais que o bloco de esquerda lol
- Lol. Durante o mandato saem no máximo mais dois.
- Bem com europeias e autárquicas mais a remodelação governamental a meio pode ser que ainda sentes lá o rabo pelo menos 1 semana lol
- Já viste a lista? Vês alguém que consiga ganhar uma câmara ou possa ir numas europeias?
- Não conheço os deputados mas não será difícil que algum vá fazer número pra lista de deputados ou concorrer a vice duma boa câmara.
- Por isso é q só a Teixeira da Cruz foi para o governo. Os outros estão-se a guardar. Lol
- Agr que o nobre bazou qts lugares te faltam pra chegar a deputado?
- Só faltam 9. Lol
- Eh pá isso é mais que o bloco de esquerda lol
- Lol. Durante o mandato saem no máximo mais dois.
- Bem com europeias e autárquicas mais a remodelação governamental a meio pode ser que ainda sentes lá o rabo pelo menos 1 semana lol
- Já viste a lista? Vês alguém que consiga ganhar uma câmara ou possa ir numas europeias?
- Não conheço os deputados mas não será difícil que algum vá fazer número pra lista de deputados ou concorrer a vice duma boa câmara.
- Por isso é q só a Teixeira da Cruz foi para o governo. Os outros estão-se a guardar. Lol
segunda-feira, julho 04, 2011
A melhor notícia do fds!
A Ilda Daniela está de regresso a casa!
Depois de um período complicado de internamento no hospital, eis que o combate pela vida logrou ser superado com sucesso, e a nossa amiga voltou finalmente ao conforto do lar e dos seus mais queridos.
A melhor notícia do fim-de-semana! :)
domingo, julho 03, 2011
A noiva-cadáver
Lembrei-me deste título dum filme de Tim Burton ao assistir ontem à tarde às cerimónias religiosas do casamento do Príncipe Alberto II do Mónaco com a sul-africana Charlene Wittstock.
Não me lembro de ter visto uma noiva com enorme ar de infelicidade enquanto as cerimónias decorriam, como aquele demonstrando por Charlene.
Dizem que as razões se devem à recente descoberta de mais um pulo na cerca do mulherengo Alberto. E, que até por isso, o casamento esteve quase para não se realizar.
Seja verdade ou não, pelas imagens ontem divulgadas, já começam as apostas sobre se este casamento durará muito tempo ou não.
Nota final: o dinheiro pode quase tudo e quem o tem permite-se a certos luxos. O encerramento da missa de casamento com o Ave Maria cantada pelo Andrea Bocelli foi qualquer coisa de fantástico.
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