Lance Armstrong é um dos meus ídolos desportivos, e como amante do ciclismo vibrei intensamente com as etapas de que foi protagonista.
A minha admiração por Lance não decorre apenas das vitórias que alcançou em cima da bicicleta. Deve-se, sobretudo, à sua atitude e liderança nas equipas por onde correu.
Tudo começou numa etapa do Tour, poucos dias depois da morte do seu companheiro Fabio Casartelli, em que Lance, sabendo que o seu colega queria arriscar a vitória naquela etapa, tudo fez para a conquistar, o que acabou por acontecer. E nos derradeiros metros antes de cortar a meta, dirigiu os braços para o céu dedicando a vitória ao seu amigo.
Depois, houve ainda aquele contrarelógio por equipas, em que um colega caiu, a equipa partiu-se em 2, Lance ficou para trás, e quando recolaram, Lance salta para a frente e de braço estendido, indicador apontado para a frente, como que a dizer "pra frente é que é o caminho!". Venceram essa etapa.
Mais momentos houve protagonizados por Lance e bem indicadores da sua atitude de campeão.
Para mim, Lance é muito mais do que o doping. Como referi, a sua dedicação, não vacilar nos momentos menos bons, companheirismo, etc, foram exemplos que me marcaram e que procuro pôr em prática na minha vida profissional, em que também trabalhamos em equipa.
Espero que Lance se safe destas acusações de que tem sido alvo. Mas mesmo na hipótese, que não quero nem desejo, de isso não acontecer, não cometerei a injustiça de arrancar o poster que tenho no meu quarto dele, ou apagar os posts laudatórios que escrevi sobre ele. A memória pode ser curta, mas a gratidão deve andar sempre connosco.
Sem comentários:
Enviar um comentário