Como simpatizante social-democrata, fico aliviado por Marques Mendes não ir a eleições. Estava na cara que nas próximas eleições legislativas Sócrates derrotaria Mendes por larga margem, e foi perante esse espectro que, numa derradeira oportunidade de se pronunciar, o partido achou por bem, enquanto é tempo, mudar de protagonista. Pode ser que assim tenha melhor sorte. É complicado, mas sempre será possível obter um resultado mais lisongeiro.
Do consulado de Marques Mendes fica a atitude meritória de dignificar o combate político, não aceitando candidaturas de candidatos com problemas judiciais (se bem que mal ao não distinguir entre arguidos de crimes ocorridos em mandatos e arguidos por outros motivos quaisquer), por contraponto à falta de estofo na liderança da oposição. Por outro lado, o modo como se desembaraçou de Santana Lopes, se por um lado granjeou apoio dos notáveis, por outro suscitou o forte repúdio de certa falange que, como se viu, acabou por virar-se para Luís Filipe Menezes, estando hoje a festejar com um sorriso ainda mais largo na cara.
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