João Miguel Tavares, articulista do Díário de Notícias, já por diversas vezes aqui citado, escreveu em tempos um artigo sobre as polémicas em torno de Sócrates - o curso, o Freeport, as pérolas de engenharia por si concebidas - e ccomeçando a intervenção por dizer que "Ver José Sócrates apelar à moral na política é tão convincente quanto a defesa da monogamia por parte de Cicciolina".
O nosso PM não gostou e vai daí apresentou queixa-crime contra o autor. Não custa muito adivinhar como é que o diferendo irá terminar. Isto é, com a não pronúncia de JMT por falta de fundamento.
No entanto, as bases já foram lançadas e com isto Sócrates procura condicionar futuros artigos que sejam escritos a seu respeito. Não têm sido tempos fáceis os vividos pelo PM no presente.
No entanto não deixam de ser muito graves os factos que vêm à baila a seu respeito: acusação de corrupção do Freeport, e pressões sobre os magistrados. Sobre isto Sócrates poderia tomar 1 de duas atitudes: abrir e jogo e mostrar que quem não deve não teme, ou optar pela via da cabala e processar toda a gente. Sócrates preferiu a 2ª, que não o ajuda muito. As acusações continuam por desmontar, e o facto de se recusar abrir o jogo faz com que elas permaneçam na baila muito mais tempo.
Noutro País a sério, estes acontecimentos já teriam sido motivo para a demissão do PM ou então uma intervenção séria do Presidente da República no sentido de pôr as coisas em sentido. Nesta época de grave crise ,Portugal precisava de tudo menos de um caso político desta gravidade.
Mas o que é um facto é que para já os protagonistas continuam a assobiar para o ar. A oposição, calculista, também não tem levantado ondas. Querem guardar o trunfo para mais tarde. E Cavaco ainda não disse uma única palavra.
Aguardam-se as cenas dos próximos capítulos...
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