Já são conhecidos os 3 principais candidatos à Câmara Municipal de Esposende: João Cepa (PSD e presidente em funções), João Nunes (P.S.) e Hercília Brás Marques (CDS).
No PSD é a aposta na continuidade. Em candidato vencedor não se mexe, e Cepa recandidata-se a um 3º e último mandato. A curiosidade desta vez está em saber quem o acompanha na equipa de vereação. Haverá muitas mexidas? Quem será o n.º 2 e putativo sucessor daqui por 4 anos? Não será fácil para um partido que nos últimos 10 anos se foi moldando à imagem e semelhança de João Cepa preparar a sucessão a esta distância sem as intrigas normais que vão queimando um partido por dentro. Certamente haverá personalidades interessadas no segundo lugar, e as tendências poderão confrontar-se.
No P.S., depois das 3 tentativas infrutíferas de Tito Evangelista, a aposta agora vai para João Nunes. Não é um candidato mobilizador, pelo que um bom resultado neste caso será manter o n.º de vereadores eleitos e subir um pouco a votação. Não é uma candidatura com dinâmica vencedora, e o P.S. disso tem consciência.
O grande problema do Partido Socialista reside no facto de não ter uma 2.ª figura mobilizadora a nível concelhio. E não tem desde o dia em que Tito Evangelista passou a pertencer ao Partido. Não cito aqui José Felgueiras ou Losa Esteves, porque as suas guerras são outras.
Mas para ganhar o Concelho, o P.S. precisa duma figura notória, carismática e que mobilize. Tito Evangelista tinha esse perfil, mas a sua ligação ao PSD e o modo como saiu desse partido para depois entrar no PS, acabou por criar anticorpos desde o princípio junto de algum eleitorado, pelo que nunca conseguiu aproximar-se da vitória.
Para tal era preciso o P.S. fazer um trabalho bem mais fundo, de base. Preparar figuras, dar a conhecer para depois as lançar. Isso era o que o CDS estava a fazer bem com Areia de Carvalho até este sair do partido. Está bom de ver que o P.S. ainda não fez esse trabalho de casa.
João Nunes é uma figura para concorrer a estas eleições, e a mais nenhuma. Se o P.S. tem vocação a governativa tem de preparar um candidato com perfil a tal. E isso, por agora, não se vislumbra.
Por fim, o CDS. Areia de Carvalho fez um bom resultado há 4 anos, recuperando o vereador perdido. Disse que era para ficar e apostar forte para daqui a 4 anos. Entretanto meteu-se na Assembleia da República o que lhe deu maior notoriedade ainda. Só que a determinada altura Areia de Carvalho por divergências com o próprio partido (e também a nível concelhio) começou a aparecer pouco, acabando uns anos depois por sair. O CDS estava a preparar bem uma candidatura, mas os planos acabaram por sair gorados.
Toma agora a dianteira a líder concelhia, Hercília Brás Marques. Não é uma candidata forte suficientemente para conquistar um segundo vereador (se fosse Areia de Carvalho era possível), e resta saber se consegue manter a votação de há 4 anos. Penso, no entanto, que deverá conseguir manter o vereador eleito. O contrário seria uma tragédia e o toque de finados do CDS (porque a nível nacional, as legislativas vão ser um forte rombo).
Para já conhecem-se os candidatos. Aguardemos pelas respectivas equipas, e programas. Será uma indecisão interessante de acompanhar.
Bem, lá vamos nós (re)começar com o uma espécie...Agora é que vai ser! Mas uma espécie de quê? Nem eu sei, mas parece que é uma espécie de porra nenhuma...Um blog onde nada fica por dizer!
sábado, maio 23, 2009
Indecisão 2009
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