O povo grego, que tem visto uma drástica redução dos seus direitos adquiridos, bem visível nas agressivas manifestações dos últimos meses, vai, afinal, ter a oportunidade de dizer se concorda ou não com mais austeridade.
E, pensava eu, que os governantes eram eleitos para tomar as decisões que melhor servissem os interesses dos seus populares.
Não está em causa se esta é ou não uma medida que deva ser levada a referendo. Mas, quando a Grécia se encontra num estado de letargia, beneficiando da maior tolerância e paciência dos parceiros europeus, esta decisão, numa altura em que se perdoa 50% da sua dívida, só pode soar a provocação.
Papandreou poderá querer escudar mais austeridade reforçada no sufrágio popular. Mas é um risco imenso. Para não falar da demagogia da medida, cujas reacções só incendiarão ainda mais os ânimos daqueles que querem ver a Grécia fora do Euro e da UE.
Poderemos estar perante um caso em que o tiro sairá pela culatra....
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