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terça-feira, dezembro 27, 2011

Capa JN 27.12.11 (a resposta)

Caro leitor,  Francisco Melo

Agradeço o seu email: pelo trato, pela clareza e pela argumentação. São leitores como o senhor que fizeram do JN mais do que um jornal.
Permita-me, então, que refira em jeito de alegoria algumas das circunstâncias e chaves com as quais um jornal diário é produzido:
1.       Fazer a capa é como aterrar um avião: de algum modo é preciso pousá-lo sobre a pista à hora exacta para o servir ser exemplar
2.       Nas aterragens não há dois pilotos iguais: o mesmo se passa com quem pilota fechos de jornal
3.       Em dias de turbulência, pouco importa como se aterra… desde que aterre mesmo. E acredite que nos jornais são mais os dias de turbulência que os outros.
4.       Por último e para memória futura: o papel é um meio em desvantagem com o digital  [exemplo entre já muitos outros: a Operação Tempestade, ou seja, a guerra em directo nos canais TV de todo o mundo sob a forma de notíciário] por ser frio, mesmo que o frio esteja associado à racionalidade inteligente. Porém, os sinais que por aí andam apontam à convergência e fusão de meios e plataformas que transportam as notícias e opiniões. Por isso, é natural que o jornalismo esteja sujeito a uma certa turbulência da busca. Ou sejam, a questão a que temos de dar resposta [por vezes em aterragens de emergência] é:  como dar função vital ao papel de modo a não ficar limitado a ser uma réplica distante e fria da tórrida “telerrealidade”?
Espero não o ter decepcionado. E espero ainda mais que nos faça chegar, sempre, as suas reflexões, as quais serão sempre incorporadas nas reflexões da minha equipa de Direcção.

Queira aceitar os meus respeitosos cumprimentos

Manuel Tavares

Capa JN 27.12.11


Exmo. Sr. Director do Jornal de Notícias,

Esta manhã quando me preparava para folhear o Jornal de Notícias (JN), publicação dirigida por V. Exa. e cuja leitura faz parte do meu quotidiano matinal há vários anos, foi com desagrado que avistei na primeira página, com amplo destaque, o seguinte título “Sexo Oral na Casa dos Segredos”.

Inicialmente, ainda pensei ter visto mal o título, mas a segunda leitura confirmou a primeira impressão.

Perguntei-me então o que terá levado uma publicação centenária, cujo jornalismo assente no rigor, objectividade e dar notícias foi sempre sua prática corrente, trocar esses mesmos princípios de excelência pelo sensacionalismo e, logo, do mais rasca?

Para grande pena minha, não bastava o programa “Casa dos Segredos” ser um expoente máximo do telelixo nacional, como o JN ainda se associa ao mesmo com o destaque de primeira página que deu a um evento cujo interesse noticioso é (abaixo de) zero.

Que o JN faça alusões nas suas páginas interiores a este tipo de programas ainda se concede, agora que estes programas mereçam destaque de primeira página, como foi o caso que aconteceu, é algo que, francamente, não consigo entender.

E não percebo porque, conforme referi, julgo que existe uma fronteira clara que separa os jornais que se norteiam pelo bom jornalismo, daqueles que se dedicam ao sensacionalismo e em explorar cenas íntimas de interesse público zero.

Para não falar, também, do facto de o JN ser lido por jovens, e com esta capa passar a mensagem errada de que “Sexo Oral” em programa televisivo merece ser notícia de primeira página!

Lamento, por isso, que o JN tenha cedido nos princípios que sempre pautaram a sua actuação jornalística, e expresso o sincero desejo de que haja mais rigor e noção de serviço público na escolha das capas de futuras edições.

Aceite os meus cordiais cumprimentos,

Atenciosamente

Francisco Melo



(email enviado hoje para secdir@jn.pt)

sábado, dezembro 17, 2011

Cesária Évora

Morreu a diva dos pés descalços.
Morre a artista, mas não a sua música, que lhe irá sobreviver, tornando Cesária imortal.
Como diz hoje Tito Paris, as mornas de Cesária continuarão a ser ouvidas até ao fim das nossas vidas.
Hoje o nosso coração e espírito está em Cabo Verde.
Recordo, com emoção, as tardes passadas em casa de meu avô, onde ouvia as mornas de Cesária, no que era uma forma de ele voltar a "casa". Também nós viajávamos até Cabo Verde.
Fica a sôdade. Muita!

Obrigado e adeus Madaíl

Terminou hoje, finalmente e felizmente, um longo ciclo.
Gilberto Madaíl está associado ao melhor período da selecção portuguesa de futebol, com apuramentos consecutivos a Europeus de Mundiais de Futebol.
Porém, nem sempre soube gerir os acontecimentos da melhor forma, nomeadamente Mundial 2002 e Mundial 2010. 
Teve no Euro 2004 a oportunidade de sair em grande da Federação. Mas quis continuar agarrado ao lugar. 
Hoje com a tomada de posse de Fernando Gomes chega uma lufada de ar fresco ao futebol português.

quinta-feira, dezembro 15, 2011

In memoriam

Associação Desportiva de Esposende, anos 90/01.
Os jogadores: Vasco, Cachina, Lemos, Ricardo Silva, Rui Peneda, Petróleo, Douglas, Lourenço, Meia-Noite, Guimarães, Paulo Teixeira, Vital, Nuno Sousa, Petit, ....
Os Misters: Sá Pereira, Dito, Amândio Barreiras, José Luís, .....
Os jogos: Moreirense, Rio Ave, Trofense, Ermesinde, Lousada, Neves, Vila Real, ....
Encontrei esta preciosidade publicada pelo amigo Manuel Pereira e não resisti a publicá-la.
Saudades das grandes tardes vividas no Pe. Sá Pereira na companhia dos amigos Felgueiras e Tiago Freitas.

terça-feira, dezembro 13, 2011

Parabéns!


Os Metallica comemoraram na semana passada com quatro concertos especiais no teatro Fillmore, em São Francisco, os seus 30 anos de carreira.

Ao longo das quatro noites, foram recordados os momentos principais de três décadas de canções com vários convidados muito especiais, em particular, o ex-baixista Jason Newsted, o guitarrista Dave Mustaine que fez parte da primeira formação dos Metallica, assim como o baixista Ron McGovney que esteve igualmente presente.

Foi ocasião única de todos se reunirem em palco e tocar músicas que continuam tão presentes no espírito e coração de um fã dos Metallica.

O inesquecível e malogrado baixista Cliff Burton também não foi esquecido, tendo o seu pai Ray Burton subido ao palco para partilhar algumas histórias engraçadas do seu filho enquanto fez parte dos Metallica.

Também os U2 presentearam a banda californiana pelos 30 anos de carreiro com um engraçado vídeo  em que encontramos Bono, Edge, Larry e Adam deitados no divã do psiquiatra, a dissertarem sobre os seus demónios interiores (ou seja, cada elemento dos Metallica: o James porque tem uma voz poderosa, o Kirk porque toca muito rápido). Em grande!

Como fã dos Metallica, recordo com saudade o ano de 2004 em que os vi pela primeira, e até à data única vez, na estreia do Rock in Rio. Foi um concerto memorável, como foram todos os que se seguiram (Optimus Alive, Rock in Rio e Super Bock).

Por aqui manifestei várias vezes a vontade de rever os Metallica. Consta que para o ano estarão de volta ao Rock in Rio.

Por ora não faço promessas. Quero é aqui deixar um hell yeah de parabéns aos Metallica por 30 anos de grandes canções e concertos! São, merecidamente, os reis do metal!

segunda-feira, dezembro 12, 2011

Misericórdia de Esposende - um novo começo

Segundo me foi dado ontem a conhecer, desde 1970 que os órgãos da Santa Casa da Misericórdia de Esposende não eram disputados por duas listas concorrentes.
Ou seja, desde essa data até ontem que as eleições para a Santa Casa apenas tiveram uma única lista que se apresentou a sufrágio.
O muito concorrido acto eleitoral, levado ontem a cabo, acabou por constituir uma prova de salutar vivacidade da Instituição, assente na grande participação e afluência de Irmãos, facto que tornou a Santa Casa a primeira vencedora do dia de ontem.
Naturalmente que dezenas de anos sem haver listas concorrentes, a par de uns Estatutos que praticamente não sofreram qualquer actualização em igual período (à excepção feita de uma alteração num artigo apenas), encerram um conjunto de inefeciências e obstáculos que foram visíveis durante as últimas semanas, incluindo no acto eleitoral de ontem.
Nesse sentido, a partir do mesmo deverão gerar-se o momento e a oportunidade para actualizar o Compromisso da Santa Casa, face aos tempos actuais, por forma a dotar a Instituição de maior modernidade, e as assembleias gerais de mais praticabilidade.
Costuma-se dizer que quando os destinos de uma instituição são disputados por várias candidaturas tal significa uma boa prova de vida dessa instituição, o que foi o caso da Santa Casa.
No entanto, nem sempre essa vivacidade, assente no grande interesse de associados (neste caso, de Irmãos), é acompanhada por um debate sereno e esclarecedor, que confronte as ideias e objectivos que são propostos.
E quando a falta desse debate é substituída pelo ruído das ruas, no "diz-que-disse", ou na etiquetagem da candidatura X, Y ou Z, pior ainda, uma vez que a Instituição passa para segundo plano, e a espuma ocupa o lugar que deveria pertencer à substância.
Tal óbice não é um exclusivo da Santa Casa. Também as últimas eleições autárquicas para o Concelho de Esposende ficaram marcadas pela ausência de debate entre os candidatos. Espera-se e deseja-se que futuramente as instituições esposendenses não fujam ao debate, porque quem não deve não teme, e todos só têm a ganhar na publicitação e esclarecimento das suas propostas. As instituições em primeiro lugar!
Terminada a eleição há que saudar os vencedores, e regressando à condição de irmão, desejo aos órgãos eleitos, na pessoa da Provedora reeleita Dra. Mª. Emília Vilarinho, os maiores sucessos.
2012 será um ano de particular exigência no domínio social, e a Santa Casa de Esposende será chamada a uma maior intervenção assistencial, pelo que será importante que a capacidade de resposta seja a melhor possível.

domingo, dezembro 04, 2011

Bar da Praia - Esposende

O Bar da Praia, expoente máximo de local de lazer veraneante, que foi sobrevivendo às intempéries do Inverno, sendo sempre local de acolhimento para uma boa conversa à tarde ou à noite, sobretudo quando faltava oferta em Esposende, será o novo elefante branco de Esposende?
Causa tristeza ver aquele local votado ao abandono e sem que se faça a menor ideia do que lhe irá acontecer...
Quando está em marcha nova obra de requalificação da nossa marginal, era bom que alguém desse pelo Bar da Praia, e não o deixasse degradar-se, como se não fosse algo que se integra e identifica com a própria marginal!

sexta-feira, dezembro 02, 2011

Prioridades

Há alguns anos que quem passeia por Esposende (Concelho) não deixará de dar conta de algumas ruas cujos pavimentos estão bastante desgastados, impróprios mesmo para a circulação automóvel.
Nalguns casos chega-se até a vislumbrar uma placa a anunciar a requalificação dessa zona para breve.
Esta semana a zona pedonal a partir do Pé no Rio em direcção ao Suave-Mar está interdita para circulação. Já removeram parte da calçada. Segundo consta, o objectivo é requalificar essa parte para ficar como aquela que lhe precede, ou seja, dotada de um pavimento mais propício a caminhadas e passeios de bicicletas.
Não digo que esta obra não seja uma mais-valia, tornando a zona ribeirinha ainda mais atraente do que já é.
A questão que coloco, porém, é outra. Em tempos de contenção, e que se avizinham nos próximos meses de maior austeridade, sabendo que há locais do Concelho que requerem urgentemente uma intervenção, porque é que se vai gastar dinheiro numa zona que, actualmente, não oferece qualquer risco ou perigo a quem circula por lá?
Por que é que as ruas da Sozende, por exemplo, deverão continuar a constituir um desafio para os automobilistas que por lá passam, e que só por sorte é que não saem de lá sem um pneu furado?
Gostava de perceber por que é que em tempos de crise, as prioridades parecem estar invertidas....