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segunda-feira, dezembro 12, 2011

Misericórdia de Esposende - um novo começo

Segundo me foi dado ontem a conhecer, desde 1970 que os órgãos da Santa Casa da Misericórdia de Esposende não eram disputados por duas listas concorrentes.
Ou seja, desde essa data até ontem que as eleições para a Santa Casa apenas tiveram uma única lista que se apresentou a sufrágio.
O muito concorrido acto eleitoral, levado ontem a cabo, acabou por constituir uma prova de salutar vivacidade da Instituição, assente na grande participação e afluência de Irmãos, facto que tornou a Santa Casa a primeira vencedora do dia de ontem.
Naturalmente que dezenas de anos sem haver listas concorrentes, a par de uns Estatutos que praticamente não sofreram qualquer actualização em igual período (à excepção feita de uma alteração num artigo apenas), encerram um conjunto de inefeciências e obstáculos que foram visíveis durante as últimas semanas, incluindo no acto eleitoral de ontem.
Nesse sentido, a partir do mesmo deverão gerar-se o momento e a oportunidade para actualizar o Compromisso da Santa Casa, face aos tempos actuais, por forma a dotar a Instituição de maior modernidade, e as assembleias gerais de mais praticabilidade.
Costuma-se dizer que quando os destinos de uma instituição são disputados por várias candidaturas tal significa uma boa prova de vida dessa instituição, o que foi o caso da Santa Casa.
No entanto, nem sempre essa vivacidade, assente no grande interesse de associados (neste caso, de Irmãos), é acompanhada por um debate sereno e esclarecedor, que confronte as ideias e objectivos que são propostos.
E quando a falta desse debate é substituída pelo ruído das ruas, no "diz-que-disse", ou na etiquetagem da candidatura X, Y ou Z, pior ainda, uma vez que a Instituição passa para segundo plano, e a espuma ocupa o lugar que deveria pertencer à substância.
Tal óbice não é um exclusivo da Santa Casa. Também as últimas eleições autárquicas para o Concelho de Esposende ficaram marcadas pela ausência de debate entre os candidatos. Espera-se e deseja-se que futuramente as instituições esposendenses não fujam ao debate, porque quem não deve não teme, e todos só têm a ganhar na publicitação e esclarecimento das suas propostas. As instituições em primeiro lugar!
Terminada a eleição há que saudar os vencedores, e regressando à condição de irmão, desejo aos órgãos eleitos, na pessoa da Provedora reeleita Dra. Mª. Emília Vilarinho, os maiores sucessos.
2012 será um ano de particular exigência no domínio social, e a Santa Casa de Esposende será chamada a uma maior intervenção assistencial, pelo que será importante que a capacidade de resposta seja a melhor possível.

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