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quinta-feira, maio 29, 2008

Compreender a sabedoria do povo


Vários colegas interrogam-se por que é que tenho comigo um livro de verbos e provérbios. Porque dá jeito respondo. E em jeito de brincadeira, nessas alturas, costumo abrir ao calhas o livro, e citar-lhes alguns provérbios do mais fino requinte.
Hoje, a cena repetiu-se. E eis que me deparo com este singelo provérbio
Olhos azuis em cara portuguesa, ou é filho da puta, ou aborto da natureza.
É costume dizer-se que os provérbios encerram muita da sabedoria do nosso povo. Quem tudo quer, tudo perde ou Quem não arrisca, não petisca são disso bom exemplo.
Mas o acima citado, não lembra ao diabo. Será que este provérbio vem do período dos Descobrimentos, em que vinham pra cá os alemães, suecos ou dinamarqueses, e as nossas mulheres começaram a dar umas por fora? Talvez. Caso contrário, fica mesmo difícil perceber.

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