Ao longo dos últimos anos tive a felicidade de ver todas as bandas de que gosto: U2, Muse, Pearl Jam, Coldplay e Metallica.
Este domingo tive a oportunidade de cumprir mais uma banda da minha preferência, da minha juventude, que faltava ver: os Oasis!
Os Oasis são altivos, arrogantes q.b., um pouco ao estilo "eu sou o melhor do mundo" José Mourinho, mas o que é verdade é que são uma banda incontornável do panorama musical, com músicas que entraram directamente na galeria das músicas imortais como sejam a "wonderwalll" e "live forever". Os Oasis têm a fama de bad boys, e são míticas as estórias dos manos Gallagher acabarem concertos à pancada entre eles, ou saírem do palco amuados com alguma coisa. Um desses episódios deu-se no Sudoeste, em que eles foram corridos pelo público dos Guano Apes.
Infelizmente, tal deu-se na fase de menor brilho dos Oasis. Depois do trio "Definitely Maybe", "(What's the story) Morning Glory" e "Be Here Now", seguiu-se a partir de 2000 um período de menor fulgor, com discos poucos conseguidos apesar de alguns hits extraordinários como "Lyla", "The importance of Being Idle" ou "Songbird".
O público desinteressou-se dos Oasis, e os Oasis deixaram de estar na moda. Até que no ano passado surgiu "Dig it your soul", novo trabalho da banda de Manchester, e um disco em que o todo é muito bom, com grandes canções. Os Oasis mostraram que ainda sabem da poda. O disco foi muito bem recebido pela crítica e fãs, e então seguiu-se uma Tour. Que no passado domingo teve paragem em Lisboa. E que dizer?
Basicamente, que foi fantástico! Rock n' roll da primeira canção até à última! Um desfiar de hits atrás de hits, todos eles bons, que os Oasis têm uma carteira cheia de músicas que caem no goto, com destaque para o início avassalador sempre electrizante, para depois ter entrado numa fase calma, alternada com grandes malhas mais rockeiras. O único senão o som do Pavilhão Atlântico que nas melodias mais pujantes deixava a desejar. O Pavilhão este bem composto, não lotado. Aí umas 10,000 pessoas. Os Oasis foram uma banda autenticamente rock n' roll, em que a música era o que mais interessava. Apenas Noel Gallagher trocou umas palavras com o público, donde se destaca o pedido para que José Mourinho volte a Inglaterra. Liam Gallagher cantou muito bem, sem que os problemas na voz se fizessem notar. Esteve simpático, aplaudindo o público e puxando por este. A sua imagem de marca, cantar com as mãos atrás das costas, teve grande pinta. Foi uma hora e 40 minutos de concerto muito bem passada, notando-se o facto pouco comum em Portugal que foi o concerto ter começado às 21h.
Pontos altos: Wonderwall, don't look back in anger, supersonic, slide away, songbird, i am the walrus, lyla, the importance of being idle.
No final ficou o desejo de voltar a ver os Oasis. Deram um concerto muito competente, o melhor dos 5 que deram até hoje em Portugal de acordo com a imprensa especializada, e têm canções que extraordinárias que ainda sabem mais magnificadoras quando estamos a vê-los ao vivo, junto ao palco. Nota final de 17v para o concerto.
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