Entrevista imaginária

– Caro Passos Coelho, mas que ideia foi aquela de aparecer com a sua mulher em revistas cor-de-rosa e num vídeo de Páscoa?

– Ora essa, mas agora um político está proibido de aparecer em público com a sua legítima esposa? Não me diga que acha que o lugar de uma mulher é em casa, a cuidar dos filhos e a preparar o jantar…

– Não acho. Mas é que tudo aquilo teve um ar muito encenado…

– O que é que o senhor está a insinuar? Lá porque José Sócrates não quer e Paulo Portas não pode, isso não significa que eu tenha de esconder a pessoa com quem me casei. Tenho muito orgulho na minha família.

– Ninguém diria. A sua mulher naquele vídeo parecia um bibelô.

– Um bibelô?!?

– Sim, um bibelô. Limitou-se a olhar para si. E a olhar. E a olhar. E no fim desejou uma feliz Páscoa para todos.

– Quem desejou uma feliz Páscoa fui eu. A minha mulher desejou, isso sim, uma Páscoa feliz. Ela pensa pela sua própria cabeça, senhor jornalista!

João Miguel Tavares, no Correio da Manhã.

Super-Porto

Nota prévia: calma amigos que não me estou a mudar pros lados dos tripeiros. Sporting forever!

Como apreciador de bola, e amigo do meu amigo, ontem fui ao Dragão acompanhar o meu primo portista na sua estreia no Dragão. E logo em jogo importante, as meias da liga europa. E que jogão!

5-1, com Falcão a fazer um póker e a afundar o submarino amarelo.

Para os portistas foi noite histórica, embora não supere a emoção dos 4-1 à Lázio nas meias da Taça UEFA.

Para mim foi contemplar a melhor equipa da actualidade do futebol português e uma das melhores dos últimos 20 anos, a par dos Portos do José Mourinho e do Benfica do ano passado.

Real desilusão

Como torcedor do Real, e adepto confesso de Mourinho, Ronaldo e Ricardo Carvalho, foi com pena que vi o Real perder sem apelo nem agravo 2-0 em casa contra o arqui-rival.

Messi é um fora-de-série e será muito difícil Ronaldo voltar a conquistar o troféu de melhor jogador do mundo. Não se vê como.

Temos assim que os jogos da 2ª mão da Champions vão ser para cumprir calendário.

25 de Abril

Há males que vêm por bem, diz o povo na sua sabedoria.

A crise política, com a demissão do Governo e dissolução da AR, e as contenções orçamentais, em período de crise económica, levaram a que este ano as comemorações do 25 de Abril conhecessem novo palco e novos protagonistas.

A Assembleia da República e discursos dos representantes dos partidos deram lugar ao Palácio de Belém e a discursos dos anteriores e actual Presidentes da República, claramente marcados pelo apelo à união dos portugueses no período mais conturbado dos últimos 15 anos.

Está de parabéns a Presidência da República pela iniciativa tomada. Há muitos anos que as comemorações do 25 de Abril deixaram de dizer muito a tanta gente. Hoje foi diferente. Falou-se de Portugal numa perspectiva supra-partidária, e por isso os discursos foram escutados com outra atenção. Era bom que fosse sempre assim. Há um ano atrás Cavaco Silva dizia que se devia repensar no conceito das comemorações do 25 de Abril. Caiu-lhe quase tudo em cima.

Por ocasião feliz - da contenção das comemorações - o 25 de Abril conheceu este ano novo figurino, e fez ele mais do que as últimas comemorações anteriores todas juntas. Pode ser que alguém tenha aprendido alguma coisa.

Sobre os discursos, parece inevitável que ninguém tem nada a ganhar com divisionismos. O problema é que os principais protagonistas ainda não se deram conta. Os senadores disseram de sua justiça. Pode ser que surta efeito. Pelo menos, de uma coisa podemos estar seguros: os portugueses não têm como ser enganados desta vez. Só se deixará enganar quem quiser.

Viva a Páscoa!

Depois do sábado, ao raiar do primeiro dia da semana, Maria Madalena e a outra Maria foram visitar o sepulcro.

De repente, houve um grande terramoto: o Anjo do Senhor desceu do Céu e, aproximando-se, removeu a pedra do sepulcro e sentou-se sobre ela. O seu aspecto era como um relâmpago e a sua túnica branca como a neve. Os guardas começaram a tremer de medo e ficaram como mortos.

O Anjo tomou a palavra e disse às mulheres: «Não tenhais medo; sei que procurais Jesus, o Crucificado. Não está aqui: ressuscitou, como tinha dito. Vinde ver o lugar onde jazia. E ide depressa dizer aos discípulos: 'Ele ressuscitou dos mortos e vai adiante de vós para a Galileia. Lá O vereis'. Era o que tinha para vos dizer».

As mulheres afastaram-se rapidamente do sepulcro, cheias de temor e grande alegria, e correram a levar a notícia aos discípulos. Jesus saiu ao seu encontro e saudou-as. Elas aproximaram-se, abraçaram-Lhe os pés e prostraram-se diante d’Ele. Disse-lhes então Jesus: «Não temais. Ide avisar os meus irmãos que partam para a Galileia. Lá Me verão». Mt. 28, 1-10

Psicólogos do Povo

Como todos sabemos Portugal vive um dos momentos mais complicados a nível histórico, nunca a crise "bateu" tão forte como hoje. Assim como a crise é uma realidade, deve ser uma realidade a força de um povo para a ultrapassar, a força que nos tornou "descobridores" de novos mundos... O elogio da crise deve ser utilizado no contexto actual; é nas adversidades que surge o engenho e que é apurado o nosso instinto de "sobrevivência".

Mas claro que a teoria é muito bonita, mas a realidade é mais crua, mas fria... a realidade é que à medida que a crise aumenta, aumenta em proporção os problemas sociais, sendo um deles o estado de depressão das pessoas que assim aumentam o recurso aos psicólogos.

Porquê o título psicólogos do povo??? Porque acho que nestas alturas nos devemos virar para os costumes que nos são tão próprios, nas nossas crenças e na nossa cultura que há muito se tem banalizado e perdido com a importação de tudo o que é "americanise".
Os psicólogos do povo, os padres, devem assumir novamente a responsabilidade de orientar os seus "rebanhos"; devem estar preparados e predispostos a ouvir o povo, a ouvir as suas angústias e os seus receios, os seus desabafos. Nunca como hoje a igreja deve acolher e aproximar as pessoas, deve funcionar de "catalizador" de esperança. Mas para isso não é necessário apenas a predisposição da igreja, é também necessário a abertura do povo para ultrapassar certos conceitos e ideias formadas.

Ganhavamos todos? Concerteza...

"Tour" de Santiago II

Já vai na estrada o Caminho Francês de Santiago, que o leitor amigo deste blog, o João Paulo Torres, se propôs a fazer e que aqui demos conta em devida altura.

Diariamente, o nosso peregrino-ciclista vai relatando as suas peripécias, primeiro em terras gaulesas, e agora por terras de nuestros hermanos.

Regresso ao Dragão

Para mais um Porto-Sporting.

E o saldo continua a ser-me desfavorável. 3 jogos, 2 derrotas e 1 empate.

Ontem, vi finalmente o Sporting a marcar! E o Falcão a ser a besta negra do Sporting. Vá lá, que vi também finalmente outro jogador que não o Falcão a marcar ao Sporting.

O resultado aceita-se. O Porto teve as melhores oportunidades, e o Patrício mostrou porque vai agarrar as redes da Selecção.

Mas fica no entanto algum dissabor por não termos saído do Dragão com outro resultado. Se o Valdés não falha a ocasião escandalosa para o 2-2 talvez as coisas tivessem sido diferentes. Ou talvez não.

Bem, a esperança não é a última a morrer, e espero para a próxima época estar aqui a saudar a primeira vitória do Sporting no Dragão que assisto ao vivo!

Triplete

Ontem o futebol Português mostrou que podemos fazer coisas com pés e cabeça, sem nos perdemos em discursos inócuos, sem nos perdermos em rivalidades estupidificantes, sem nos perdermos numa selvageria primária.
Mostramos que estamos ao nível dos melhores clubes Europeus, mesmo não sendo na Liga dos Campeões. Mostramos que há valor por trás da nuvem negra que paíra no futebol dentro de portas, provamos que não somos assim tão pequenos como nos querem fazer, mostramos que temos a força e o espirito para superar as adversidades.

Não é por sorte que temos 3 equipas numas meias-finais, não é a toa que as mesmas três equipas são treinadas por 3 treinados portugueses. Afinal nem tudo o que "importamos" é melhor do que o que temos na nossa "casa".

Temos de pensar que foram eliminadas equipas como a Juventus, PSV, Manchester City, Ajax, Anderlecht, Bayer Leverkusen, Liverpool, Zenit, Sevilha, Atlético de Madrid, Borussia de Dortmund, Napoles, entre outras. Não estamos a falar de equipas de "trazer por casa".

Uma equipa portuguesa estará na final de Dublin, podendo mesmo acontecer uma final totalmente Portuguesa. Que assim seja.
Olhemos para os exemplos de superação, para conseguir superar as outras adversidades que o país enfrenta.

Tal como o espirito olimpíco, temos de ser mais rápidos, mais fortes e saltar mais alto.

Parabéns F.C.Porto, S.C. Braga e S.L. Benfica.
Parabéns Portugal.

Blá Blá Blá

Eles merecem, que "partam" tudo no 1º dia de queima...

Redes Sociais e o fim

É pá, estava eu a "navegar" um pouco pela Net, enquanto imprimo uma quantidade imensa de papelada para estudar e tal como acontece a qualquer pessoa que tenha internet, lá fui eu dar uma espreitadela ao Facebook. Faço-o em casa, porque não tenho acesso do meu local de trabalho a esta rede social (que digo, não é das minhas favoritas... Sempre vou preferindo um linkedin do que facebook).

Mas nesta visita ao faceboook, assolou-me uma ideia que chega a ser "macabra" e ao mesmo tempo intrigante... Como tudo, há um ciclo, e o ciclo normal das coisas é terem um início e um fim, tal como nós, nascemos e morremos. Ora, algures no intervalo que separa estes dois marcos, uma pessoa faz uma quantidade enorme de coisas, mais do que as folhas que estou a imprimir, e uma delas é criar um perfil na rede social que vai mantendo ao longo da vida.

O que me intriga é que, quando morremos, o nosso perfil continua lá, intacto, sem modificações de estado, já não há o contente, o desanimado, os likes, os comentários, as fotos, os jogos, as coitadas das vaquinhas, coelhos e plantações no farmville morrem!!!

Já reparam que uma rede social não dá para controlar de uma forma eficaz... Daqui a uns anos, a rede social será um grande cemitério de recordações, de pessoas que já não estarão entre nós...

Pensem nisso...

Alcançar o Universo

Estavamos em plena Guerra Fria e a corrida Espacial era uma das grande "batalhas" entre Soviéticos e Americanos. Todos queriam ser os 1ºs a colocar um homem no Espaço, a atingir um dos maiores feitos da Humanidade. Portugal deu novos mundos ao mundo, eles estavam empenhados em dar Universo.

Essa corrida foi ganha pelos soviéticos, quando em 12 de Abril de 1961 colocaram o primeiro humano em órbitra. Yuri Gagarin foi o 1º de muitos, mas será sempre recordado como tendo "aberto" as portas do Universo na "sua" Vostok.

Gagarin foi e será um herói Soviético, mas acima de tudo será sempre um "herói" mundial.

O poleiro

Em Portugal toda a gente está familiarizada com esta palavra, nos últimos tempos o que mais se tem visto é gente a subir e descer do poleiro a uma velocidade vertiginosa, sem que muitas vezes se perceba o que se passou.

Ora bem, nestes dois últimos dias assistimos a uma tentativa de "ocupação" de mais um poleiro, e neste caso não é um poleiro qualquer, é mesmo de "Presidente da Assembleia da República". E quem quer subir ao poleiro não é o nosso amigo Coelho, esse coitado deve andar na Madeira a combater o "Jardinismo" da forma como nos "brindou" nas Presidencias deste ano. Quem quer subir ao poleiro é o nosso "caro amigo" Fernando Nobre; sim o Nobre que também se candidatou às Presidenciais e que consegiu um resultado fantástico para quem nunca tinha andado pela política.
Pois bem, os votos que o nosso amigo Nobre teve nas últimas eleições em muito se devem à sua auto-proclamada isenção partidária, ao seu espirito cívico e claro "aos horrores" que este senhor já deve ter visto por esse mundo fora com a AMI (da qual é presidente e fundador).

Não é que dois meses depois, este senhor, tão integro, tão seguro de si quando à sua isenção faz uma "pirueta" (com duplo mortal à rectaguarda) e encabeça a lista do PSD por Lisboa, tendo sido já prometido o tão afamado poleiro que falei acima...
Este senhor desiludiu todos aqueles que nele votaram, todos aqueles que acreditavam que ainda podia haver inseção, todos aqueles que votando nele pensaram estar a desacreditar os politicos.

Ora tomem lá com este balde de água fria...
Quem vê cara não vê corações meus caros!!!

Por muito digna e louvável que tenha sido a prestação deste senhor na AMI, há coisas que não se devem misturar. E nota-se tão bem que ele não percebe o que anda a fazer que, até, está a preparar um programa para apresentar como candidato a Presidente da Assembleia da República. Um progama para um cargo onde não há programas... E esta hein???

E assim anda o nosso pobre Portugal...

Um dia especial

A vida é feita de ciclos.

Infantário.

Primária.

Ciclo.

Liceu.

Faculdade.

1º Emprego.

Quando vim aos 18 anos estudar para Lisboa, na Faculdade de Direito, sabia que iam ser 5 anos diferentes na minha vida. Uma nova cidade, novos amigos, tirar o curso que sempre sonhei. Fui muito feliz. Adorei a cidade, conquistei amizades muito fortes, e tive muito orgulho em ter tirado o curso na Clássica.

Ao longo desses 5 anos fui voltando a Esposende com regularidade, que voltar a casa e estar com a nossa gente faz-nos sempre bem.

Também foi em Lisboa que comecei a trabalhar. Percurso natural, tendo como grande objectivo seguinte o conseguir fazer o estágio de advogado.

Embora goste muito de Lisboa, nunca encarei a cidade como centro definitivo da minha vida, pois o desejo de um dia voltar a casa e aí estabelecer-me esteve sempre presente. Quando? Só Ele é que sabe.

Nos últimos meses esse desejo foi começando a ganhar forma, e com o bom contributo de algumas pessoas, foi possível tornar realidade o sonho de trabalhar e viver mais perto de casa. Acasos do destino e as coisas acabaram por se precipitar mais rapidamente do que estava à espera.

Hoje é o meu último dia de trabalho no escritório da empresa em Lisboa. Continuarei a vestir a mesma camisola, só que agora na "inbicta". Fecha-se um ciclo.

Quase 10 anos passados na capital, que muito me formaram, como homem e profissional.

Devo a Lisboa e às suas gentes que foram passando pela minha vida, muito do que sou hoje.

Partirei feliz, mas um bocado de mim ficará aqui eternamente ligado.

Speechless

Parabéns!

Contra mim falo. Não acreditava, no início da época, que Vilas-Boas pudesse ser treinador para o Porto, e os resultados categóricos trataram logo de contrariar esse meu preconceito pré-concebido.

Vilas-Boas está a fazer uma das épocas mais sensacionais do Porto dos últimos anos, só comparável aos tempos de Mourinho, e arrisca-se mesmo a superar o Mestre.

Ainda não perdeu este campeonato, só 2 empates, está a fazer carreira promissora na Liga Europa, goleou o Benfica do génio da táctica e, desplante dos desplantes, conseguiu aquilo que Pinto da Costa, em tantos anos de presidência nunca conseguira: sagrar-se campeão no estádio do eterno e querido rival.

Merecem fazer a festa pois foram os melhores desta época. Os meus parabéns!