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quinta-feira, julho 03, 2008

Chapeau!


Contada hoje pelo ministro colombiano da Defesa, Juan Manuel Santos, a operação começou com a infiltração de agentes dos serviços de informações entre os guerrilheiros, conseguindo convencer o líder local das FARC, César, - que estava encarregado dos reféns - que os iriam levar a Alfonso Cano, o supremo líder dos guerrilheiros.
Os reféns, que foram divididos em 3 grupos, foram então levados para um ponto de encontro, onde dois helicópteros MI-17 disfarçados e pilotados por soldados colombianos estavam à espera.
As mãos e pés dos reféns estavam atados, como contou Ingrid Betancourt que admitiu ter assumido que aqueles soldados eram guerrilheiros, apesar deles se terem apresentado como membros de uma operação de resgate, porque os agentes se encontravam «vestidos como palhaços», com camisolas do Che Guevara.
Mas quando os reféns já estavam a ser transportados pelos helicópteros, Ingrid Betancourt olhou para trás e viu Cesar, que a tratara tão cruelmente durante tantos anos, deitado no chão de olhos vendados.
«O líder da operação disse: ‘somos do exército nacional. Você está livre’. O helicóptero quase caiu porque nós começámos aos saltos, a gritar, a chorar e a abraçarmo-nos uns aos outros. Nem queríamos acreditar», contou à chegada a Bogotá.
O ministro colombiano da Defesa considerou que a operação «vai ficar na história pela sua audácia e eficácia».
«Queríamos que acontecesse como aconteceu hoje [quarta-feira]. Sem um único tiro», acrescentou o chefe das forças armadas, general Freddy Padilla.
Apesar dos responsáveis pela operação terem afirmado que todos os envolvidos directamente no resgate eram colombianos, o embaixador norte-americano William Brownfield admitiu ter havido uma «estreita cooperação» dos Estados Unidos que incluiu «troca de informações» e «troca de equipamento, treinos e experiências de outras operações», escusando-se, no entanto, a «entrar em mais detalhes».
César e os outros guerrilheiros vão agora enfrentar a Justiça, de acordo com o ministro Juan Manuel Santos que acrescentou que os outros raptores esconderam-se na selva e que o exército os deixou escapar «na esperança de que libertem o resto dos reféns», cujo número se acredita chegar aos 700.
Retirado daqui

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