"Tropa de Elite", assim se chama o novo hit do cinema brasileiro, aborda a problemática das favelas, e da paz podre que traficantes e polícia estabelecem para a segurança possível naquele antro. Hipocrisia muita.
Desta feita, a perspectiva narrativa vem do lado da polícia. O BOPE é o grupo de intervenção rápida da polícia do Rio, que intervém quando a coisa está realmente preta lá pros lados da favela. Entram a matar, e atiram a matar se for preciso. Dizem que vão para a guerra, porque aquilo lá em cima é uma guerra, e então não podem facilitar.
"Tropa de Elite" é escrito pelo mesmo autor de "Cidade de Deus". Em muitos momentos o filme é semelhante à "Cidade", e as comparações são inevitáveis. No entanto, tem o mérito de ganhar autonomia própria, e de nunca o espectador achar que está perante um "Cidade de Deus 2", como se "Tropa de Elite" não trouxesse nenhum valor acrescentado. Ideia errada, porque traz e muito.
Consegue ter momentos de cinema puro e duro, como sejam os treinos de selecção no BOPE, ou a intervenção dos recrutas na favela. Mas também tem momentos de grande humor. Um argumento de se lhe tirar o chapéu.
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