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segunda-feira, julho 14, 2008

Filme de elite

Por certo que "pirata" que se preze (não vou nomear ninguém mas há um rapaz cujo nome começa por F e acaba em S, e no meio tem a palavra elgueira que tem fama e proveito disso...) já deve ter sacado este filme. Aliás, no próprio Brasil, a pirataria foi de uma dimensão sem precedentes. O que contribuiu para que ganhasse proporções épicas (afinal de contas, o filme mais falado), sendo até mesmo um êxito de bilheteiras pese embora (quase) toda a gente já o ter visto.

"Tropa de Elite", assim se chama o novo hit do cinema brasileiro, aborda a problemática das favelas, e da paz podre que traficantes e polícia estabelecem para a segurança possível naquele antro. Hipocrisia muita.

Desta feita, a perspectiva narrativa vem do lado da polícia. O BOPE é o grupo de intervenção rápida da polícia do Rio, que intervém quando a coisa está realmente preta lá pros lados da favela. Entram a matar, e atiram a matar se for preciso. Dizem que vão para a guerra, porque aquilo lá em cima é uma guerra, e então não podem facilitar.

"Tropa de Elite" é escrito pelo mesmo autor de "Cidade de Deus". Em muitos momentos o filme é semelhante à "Cidade", e as comparações são inevitáveis. No entanto, tem o mérito de ganhar autonomia própria, e de nunca o espectador achar que está perante um "Cidade de Deus 2", como se "Tropa de Elite" não trouxesse nenhum valor acrescentado. Ideia errada, porque traz e muito.

Consegue ter momentos de cinema puro e duro, como sejam os treinos de selecção no BOPE, ou a intervenção dos recrutas na favela. Mas também tem momentos de grande humor. Um argumento de se lhe tirar o chapéu.

Um enorme elogio merecem igualmente as interpretações, em particular Wagner Moura como Capitão Nascimento. Fantástico.
Gostei pa caramba de Tropa de Elite e recomendo vivamente o seu visionamento. Numa sala de cinema, claro está, não por alguma cruzada anti-pirataria, mas porque a dimensão do filme ganha muito maior impacto lá.

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