Ao 3º dia a participação lusa nos Jogos Olímpicos mantém o apanágio das participações neste evento: eliminações atrás de eliminações.
Não continuo a duvidar que temos a mais forte presença olímpica dos últimos jogos (porque desta feita, levamos campeões europeus, campeões do mundo, vice-campeões europeus, vice-campeões mundiais, coisa rara), daí a fasquia ter sido colocada alta para este ano. No entanto, não sei bem porquê, mas a verdade é que continuamos a não conseguir destoar.
O judo, por exemplo, que tanto prometia, marca para já a desilusão da prestação portuguesa. Telma Monteiro era a grande favorita a uma medalha, mas nem o diploma olímpico (estar entre os 8 primeiros) cheirou. No final, ficaram as críticas à arbitragem, e a algum favorecimento caseiro. Não vi os seus combates para confirmar, mas parece-me uma desculpa muito à portuguesa. Com todo o respeito, mas quando os objectivos falham, é sempre culpa das arbitragens. Pensava que esta ladaínha era própria dos futebolistas, que mesmo com grandes selecções quando iam aos campeonatos recusavam-se a afirmar como candidatos, e depois quando perdiam diziam que a culpa era da arbitragem. O contrário do que os judocas, Naide Gomes, Nélson Évora e Obikwelu fizeram. Telma é nova, 22 anos, e tem mais 2 campeonatos para mostrar o que vale. Mas estas desculpas com arbitragem para o seu fracasso, pareceram-me, francamente, pouco convicentes.
No entanto, está a ser uma experiência saborosa acompanhar estes Jogos Olímpicos. Um pouco à semelhança do que aconteceu com o campeonato do Mundo de rugby, por força do favoritismo luso no judo, dei por mim a acompanhar com interesse as provas de judo. Koka, wa-zari e ippon, termos até aqui desconhecidos, mas que já vou sendo capaz de dominar. A apreciação de alguma dessas técnicas em combate, por parte dos juízes, acarreta uma boa dose de subjectivismo, nem sendo sempre rigorosa. Em certa medida percebo Telma. Mas mesmo assim, seria muita dose perder 2 combates por culpa dessa falta de rigor!!!
Interessante também as provas de natação. Michael Phelps é uma máquina. Vai fazer 17 provas ao todo, para conquistar as 7 medalhas de ouro a que se propõe!! Impressionante! Um campeão fora-de-série, que por muitos e bons jogos será sempre figura a destacar.
Vi ontem também em directo o EUA-China em basket. O "redeem-team" (em busca da redenção) não deu hipótese, e se se confirmar que vão levar a sério os Jogos como fazem questão de dizer, será muito difícil tirarem-lhes o ouro. Apesar de neste ponto, achar que a Espanha ainda terá uma palavra a dizer.
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