O mais interessante da noite eleitoral é o xadrez político que agora ficou.
Com o avanço preocupante da extrema-esquerda, o P.S. a ter arredado hipóteses da maioria-absoluta, e o PSD ainda longe da vitória, fica uma equação interessante essa a de saber como ficará Portugal governável nos próximos tempos...
Um Bloco Central poderá fazer sentido, mais do que nunca, mas é contranatura. Por outro lado, P.S. a coligar-se com CDS, precisaria sempre de um 3º partido. Que seria, obviamente, um partido à esquerda. Isto se PSD se opusesse a acordos pontuais. Mas não está fácil de configurar tal.
Assim, mais do que nunca, o papel de Cavaco será determinante. Sabe-se como Cavaco não prescinde da estabilidade governativa. Ora, para tal, será preciso que tenha uma intervenção mais directa. Mas, como estamos a ano e meio das eleições presidenciais, e com Alegre já a posicionar-se como candidato, Cavaco sabe que terá de jogar muito cautelosamente para não pôr em causa as suas aspirações a um novo mandato.
Como o conseguirá, será essa também uma novela interessante para acompanhar nos próximos meses...
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