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domingo, novembro 15, 2009

Casamentos Homosexuais.

Muito provavelmente este será um tema bastante complexo de abordar. Implica uma abordagem suave para não ferir susceptibilidades, até porque vai mexer com várias áreas da sociedade, da politica até à religião, passando pelos comportamentos sociais.

A sociedade Portuguesa continua a ser uma sociedade conservadora no que concerne a algumas temáticas e certamente, neste caso, passar-se-á o mesmo. Queria trazer para a discussão o tema do “Casamento” Homosexual.

Queria deixar desde já a minha posição. Não sou contra a escolha livre de parceira(o) com quem queiramos passar a vida, Deus deu-nos o livre arbítrio, portanto não devemos condenar as escolhas de cada um. Não sou contra os homosexuais, é uma escolha e eu certamente não tenho nada a haver com isso. Acho que deve haver respeito de ambas as partes e não existir a presunção da verdade absoluta. Não sou contra, no entanto, acrescento que me causa uma certa confusão. A nossa verdadeira essência é animal e como qualquer animal o principal instinto é sobreviver e dar continuidade à sua espécie. Esse instinto só poderá ser conseguido entre pessoas de sexos opostos, portanto, acho que as pessoas que tomam por opção escolher pessoas do mesmo sexo como parceiros estão a contradizer as leis naturais e milhares e milhares de anos de evolução.

Mas não era isto que queria partilhar convosco, o que me preocupa verdadeiramente nesta matéria, é o assunto do momento, o “Casamento” homosexual.

Este assunto está a ser colocado com uma grande prioridade para a nova legislatura, o que a meu ver é errado. Existem diversas problemáticas no pais para serem discutidas, acordadas e tomadas decisões e acções eficazes.

Acho errado, mas ainda mais errado está a ser chamar “Casamento” ao acto de vivência entre duas pessoas do mesmo sexo. Podem chamar-me retrógrado, mas a minha visão de casamento é a vivência em harmonia de um casal para o resto da vida, tendo por ponto alto o nascimento de um ou mais filhos. Chamem-lhe o que quiserem, mas não “Casamento”. Segundo a lei todos devemos ser iguais, ninguém deve ser discriminado e todos devemos ter as mesmas oportunidades a nível social. Mas não será um contra-senso, pessoas que não contribuirão para a renovação do pais, que à partida não conseguiram deixar descendência, ter os mesmos direitos que pessoas que muitas das vezes passam privações para poderem criar um filho?

E depois disto, o que virá? Poderem adoptar e educar crianças?

Estamos a abrir um precedente que poderá dar origem a bastantes pedidos e a direitos que apôs a aprovação deste serão também de “direito adquirido”. Espero que o Partido Socialista repense a sua posição em relação a esta temática. Não será por isto que será um partido renovador, nem será por isto que ganhará maior empatia entre as pessoas.

1 comentário:

João Paulo Torres disse...

Permita-me o comentário:

Gostei da abordagem e concordo na íntegra.
Choca-me que a sociedade se abra para aceitar as uniões gay, porque no fim de contas cada um é livre de ser feliz do jeito que achar melhor para o conseguir, e o que recebemos em troca da compreensão? Um finca pé, de gente que quer a todo o custo que as uniões gay adoptem a terminologia "casamento".

Ora, nessa parte sou contra. E sou contra porque algo que surge de novo pode muito bem adaptar-se a uma nova definição, um novo conceito.

Porque por muito que aceite as uniões não posso aceitar que se desvirtue um conceito social pois já estou a ver o filme de um qualquer dos nossos pais chegar a um serviço público e entre aquelas perguntas da praxe saem umas do tipo: "é casado? com homem ou mulher?" - dá para imaginar a cara com que ficaremos não?

Chamem-me também fundamentalista ou retrógrado, agora não chamem é casamento ás uniões gay. Quem quer ser casado celebra um contrato com uma pessoa de sexo diferente obrigatoriamente. Porque o casamento é isso mesmo, legalmente é um contrato. Ora, partindo do princípio que um contrato de arrendamento não é igual a um de compra e venda por assentarem em pressupostos diferentes, não percebo porque no caso das uniões insistem em definir da mesma forma o que assenta em pressuposto diferente.