Muito provavelmente este será um tema bastante complexo de abordar. Implica uma abordagem suave para não ferir susceptibilidades, até porque vai mexer com várias áreas da sociedade, da politica até à religião, passando pelos comportamentos sociais.
A sociedade Portuguesa continua a ser uma sociedade conservadora no que concerne a algumas temáticas e certamente, neste caso, passar-se-á o mesmo. Queria trazer para a discussão o tema do “Casamento” Homosexual.
Queria deixar desde já a minha posição. Não sou contra a escolha livre de parceira(o) com quem queiramos passar a vida, Deus deu-nos o livre arbítrio, portanto não devemos condenar as escolhas de cada um. Não sou contra os homosexuais, é uma escolha e eu certamente não tenho nada a haver com isso. Acho que deve haver respeito de ambas as partes e não existir a presunção da verdade absoluta. Não sou contra, no entanto, acrescento que me causa uma certa confusão. A nossa verdadeira essência é animal e como qualquer animal o principal instinto é sobreviver e dar continuidade à sua espécie. Esse instinto só poderá ser conseguido entre pessoas de sexos opostos, portanto, acho que as pessoas que tomam por opção escolher pessoas do mesmo sexo como parceiros estão a contradizer as leis naturais e milhares e milhares de anos de evolução.
Mas não era isto que queria partilhar convosco, o que me preocupa verdadeiramente nesta matéria, é o assunto do momento, o “Casamento” homosexual.
Este assunto está a ser colocado com uma grande prioridade para a nova legislatura, o que a meu ver é errado. Existem diversas problemáticas no pais para serem discutidas, acordadas e tomadas decisões e acções eficazes.
Acho errado, mas ainda mais errado está a ser chamar “Casamento” ao acto de vivência entre duas pessoas do mesmo sexo. Podem chamar-me retrógrado, mas a minha visão de casamento é a vivência em harmonia de um casal para o resto da vida, tendo por ponto alto o nascimento de um ou mais filhos. Chamem-lhe o que quiserem, mas não “Casamento”. Segundo a lei todos devemos ser iguais, ninguém deve ser discriminado e todos devemos ter as mesmas oportunidades a nível social. Mas não será um contra-senso, pessoas que não contribuirão para a renovação do pais, que à partida não conseguiram deixar descendência, ter os mesmos direitos que pessoas que muitas das vezes passam privações para poderem criar um filho?
E depois disto, o que virá? Poderem adoptar e educar crianças?
Estamos a abrir um precedente que poderá dar origem a bastantes pedidos e a direitos que apôs a aprovação deste serão também de “direito adquirido”. Espero que o Partido Socialista repense a sua posição em relação a esta temática. Não será por isto que será um partido renovador, nem será por isto que ganhará maior empatia entre as pessoas.
1 comentário:
Permita-me o comentário:
Gostei da abordagem e concordo na íntegra.
Choca-me que a sociedade se abra para aceitar as uniões gay, porque no fim de contas cada um é livre de ser feliz do jeito que achar melhor para o conseguir, e o que recebemos em troca da compreensão? Um finca pé, de gente que quer a todo o custo que as uniões gay adoptem a terminologia "casamento".
Ora, nessa parte sou contra. E sou contra porque algo que surge de novo pode muito bem adaptar-se a uma nova definição, um novo conceito.
Porque por muito que aceite as uniões não posso aceitar que se desvirtue um conceito social pois já estou a ver o filme de um qualquer dos nossos pais chegar a um serviço público e entre aquelas perguntas da praxe saem umas do tipo: "é casado? com homem ou mulher?" - dá para imaginar a cara com que ficaremos não?
Chamem-me também fundamentalista ou retrógrado, agora não chamem é casamento ás uniões gay. Quem quer ser casado celebra um contrato com uma pessoa de sexo diferente obrigatoriamente. Porque o casamento é isso mesmo, legalmente é um contrato. Ora, partindo do princípio que um contrato de arrendamento não é igual a um de compra e venda por assentarem em pressupostos diferentes, não percebo porque no caso das uniões insistem em definir da mesma forma o que assenta em pressuposto diferente.
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