Robert Enke foi durante alguns anos o guarda-redes do meu grande rival, Benfica. E que guarda-redes de categoria!
Quem pensou que depois de Preud'Homme, o Benfica não mais voltaria a estar tão a salvo das suas redes, enganou-se. Robert Enke foi das poucas grandes contratações do consulado de Vale e Azevedo, e conquistou o respeito e admiração de todos os adversários pelas grandes defesas que efectuou, e pelo super-profissionalismo demonstrado em campo.
Infelizmente, apanhou o Benfica na sua pior fase, com uma defesa cujos nomes ainda hoje assustam, não pelas melhores razões é claro, mas ainda assim salvou em inúmeras ocasiões o clube da Luz.
Era um guarda-redes que não me importava nada de ter na minha equipa. Foi pena ter ido embora do futebol português, mas deixou saudades.
E hoje, que somos confrontados com a notícia do seu brutal desaparecimento, ainda mais consternados ficamos. Não só pela morte trágica que o suicídio é, mas também pelo vazio que um profissional excelente como Enke era vai deixar.
Para a memória ficam os registos das grandes defesas, e aqueles Benfica-Sporting, em que rivalizava com Peter Schmeichel nas defesas impossíveis, só próprias de guarda-redes de eleição. Eram dois senhores nas redes. A minha homenagem a Robert Enke.
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