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domingo, outubro 31, 2010

"Aquilo, pois, que Deus uniu não o separe o homem." Mc 10,9

Este sábado que passou tive o último de 7 casamentos para que fui convidado este ano.
Foram 7 ocasiões de enorme júbilo, onde testemunhei, juntamente com dezenas de familiares, amigos e amigas, o compromisso que os meus amigos Sílvio&Sofia, Zé&Leonor, João&Ana, Graça&Carlos, André&Ana, Ricardo&Frederica e Marco&Paula, deram perante Deus, o de quererem construir uma vida a 2, até ao fim das suas vidas, com aqueles que elegeram para pais e mães dos seus filhos.
Que os votos trocados nesses dias festivos pelos meus amigos de prometo ser-te fiel, amar-te e respeitar-te, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, todos os dias da nossa vida ecoe no seu dia-a-dia de forma vincada, principalmente naqueles momentos em que a falta de paciência, egoísmo, irritação ou outro menos agradável vier ao de cima. Porque por cada momento mau que um casal está a viver, parece que se apagam da memória 5 momentos bons por eles passados.
O namoro é um percurso de construção de uma relação, marcado por bons e maus momentos, e se os maus momentos souberam ser superados, pois então, no casamento não tem por que ser diferente.
Não deixa, em certa medida, de ser paradoxal que em tempos de trevas (perda de poder de compra, falta de políticas de apoio à natalidade, apertar de cinto, etc), tantos jovens se tenham decidido a aventurar numa jornada única e irrepetível das suas vidas, quando a prudência, porventura, aconselhava a manterem-se no conforto dos seus lares, sem preocupações de maior ordem.
Mas, como dizia o poeta, e que mantém toda a sua actualidade, em certos momentos das nossas vidas há altos valores que se alevantam, e seguramente que foi o caso dos meus jovens amigos. Por isso, há que dar continuidade à festa do matrimónio que celebrámos com eles, e prolongar o apoio e amizade que contaram nesse dia, e que devem sempre contar, principalmente nos momentos em que as coisas estiverem menos bem. Faço esta reflexão, porque nos tempos que correm, a mentalidade de muitos é a de que o casamento é para durar enquanto se mantiver o estado de alma que leve a tal. Depois, quando chega o desinteresse e perda de vontade, rompe-se a relação e parte-se para outra.
Causa-me muita impressão esse modo de vida e estar de muitos casais, e num ano atípico para mim, em que tive tantos casamentos, não posso deixar de torcer para que todos eles sejam exemplo e testemunho contrários, provando que as palavras que selaram o seu compromisso matrimonial não serão levadas pelo vento.
Hoje, dia de Todos-os-Santos, não pude deixar de reter as palavras marcantes do sacerdote que proferia a homilia: Qual é o meu caminho de Santidade?, perguntava. É o meu esposo, é a minha esposa, respondeu. Uma máxima que faz todo o sentido.
Se escolho alguém para mãe dos meus filhos, para construir a minha família, principal alicerce da minha relação com Deus e o resto do mundo, é nela que reside o meu caminho para a Santidade. Da generosidade, amor e fortaleza que cada um emprega na relação dependerá tornar esse percurso rumo à Santidade mais plano ou inclinado....

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