Mark Zuckerberg, 26 anos, criador do Facebook.
Segundo a revista, Mark é a segunda personalidade mais jovem a merecer a capa especial da publicação. O que definiu o voto em Mark foi a sua capacidade de alcançar outras pessoas, disse o editor da revista. Em 2010, o FB atingiu 500 milhões de utilizadores.
«É algo que está a transformar a forma como nós vivemos todos os dias», disse Richard Stengel, editor da revista, em entrevista ao programa Today, da NBC, esta quarta-feira. «É uma engenharia social, mudando a maneira como nos relacionamos uns com os outros», completou.
Concordo plenamente que é algo que está a transformar a forma como nós vivemos todos os dias. Mas não sei se para melhor.
O FB é interessante até ao ponto em que permite reencontrar velhos conhecidos que o rasto do tempo nos fez perder o contacto; agendar eventos e poder de uma assentada convidar quem queremos; e acompanhar o que se passa com algum amigo que está longe do País por razões de trabalho.
No entanto, o FB parece-me trazer a desvantagem de outras redes sociais do género: isola as pessoas. As amizades deixam de ser vividas presencialmente, para passarem a ser ocupadas online, ao teclado. Acredito mesmo que muitos que no passado ainda tomavam a iniciativa de combinar um encontro para pôr a conversa em dia, dispensem agora esse esforço, na medida em que já põem a conversa em dia pela net. Mas nada substitui uma boa conversa ao vivo.
Uma das principais características da sociedade contemporânea é a perda do sentido de solidariedade. As pessoas vivem cada vez mais fechadas no seu mundo, de costas voltadas para a multidão. E o FB não ajuda a inverter a tendência, muito pelo contrário.
O FB é um acontecimento extraordinário, que certamente ninguém porá em causa a eleição do seu fundador para personalidade do ano, mas sinceramente, continuo a preferir escolhas como Bono ou Bill Gates, que fazem no terreno o bem pelo próximo.
Em contacto directo com as pessoas, não contacto virtual....
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