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quinta-feira, fevereiro 01, 2007

O exemplo vindo de fora

Pinto da Costa feriu de amor a sua companheira, e esta vingou-se num livro ridicularizando e comprometendo o seu "Giorgio".
Em Itália, Berlusconi "atirou-se" a umas mulheres, tendo tal facto sido testemunhado pelos "media". Teimando em não pedir desculpas, a sua mulher escreveu uma carta aberta, num jornal, exigindo-lhe um pedido de desculpas.
E o que fez o grande "Sílvio"? Pediu desculpas, claro está. Nesta bela carta de amor:
Aqui estou eu, a pedir-te desculpa. Estava recalcitrante em privado porque sou brincalhão, mas também orgulhoso. Desafiado publicamente, a tentação de me render a ti é demasiado forte. Não resisto.
Estamos juntos toda uma vida. Temos três filhos adoráveis, que tu preparaste para a vida com cuidado e o rigor carinhoso que caracteriza a esplêndida pessoa que és e tens sido para mim desde o primeiro momento em que nos encontrámos e nos apaixonámos.
Juntos fizemos mais coisas bonitas do que estamos dispostos a admitir num período de turbulência e mágoa. Mas tudo vai acabar e de uma forma doce, tal como sucede em todas as histórias verdadeiras.
Sabes que os meus dias são uma verdadeira loucura: trabalho, política, problemas, viagens constantes, estar sempre sob escrutínio público – uma vida de pressão constante.
A responsabilidade constante perante os outros e também perante mim próprio, e mesmo perante a mulher que se ama na harmonia e nas divergências, perante os filhos – tudo isto abre a possibilidade para atitudes um pouco irresponsáveis, que podem ser dolorosas, irónicas para mim, e muitas vezes irreverentes.
Mas a tua dignidade nada tem a ver com isto – acarinho-a como algo precioso no meu coração, ainda que a minha boca emita zombarias irreflectidas, galanteios ou um comentário insignificante de momento.
Mas acredita em mim, nunca propus casamento a ninguém. Por isso, suplico-te, perdoa-me e aceita esta manifestação pública de um orgulho privado que se rendeu à tua raiva como um acto de amor – apenas um em tantos.

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