Faz hoje 20 anos... Portugal viu "desaparecer" o homem que com a sua música lutou para seremos livres. Como alguém disse, "nasci talhado para a liberdade", mas nunca me esquecerei daqueles que lutaram para que hoje me pudesse expressar de forma livre. Sem estes "lutadores" de esferográfica e de vozes timbradas certamente não estaria neste momento a escrever livremente neste blog.
"O povo é quem mais ordena", assim têm de ser, mas ordenar de forma consciente e ciente de deveres, direitos e valores morais. Certamente era essa a liberdade pela qual o "Zeca" tantas vezes se gladiou, usando subterfúgios para fugir à PIDE e de forma corrosiva ir "espetando facadas no regime".
Pena é, que ainda não seja como na canção, "em cada esquina um amigo, em cada rosto igualdade"...
Li um artigo no DN sobre Zeca Afonso, com algumas opiniões de alguns cantores "jovens", onde não lhe era reconhecido o valor, apesar de o repeitarem. Acho que existe aqui uma falta de humildade perante uma figura incontornavél da música (de intervenção) portuguesa, mas se calhar muitos destes músicos não sabem o que isso é... Será de melhor qualidade a música que "apregoam"? Ficam as minhas dúvidas... Fico consternado quando não é dado o devido valor a pessoas que o merecem...
O "Zeca" é a voz da liberdade, apesar do sinal revolucionário não se ter dado ao som do "Gândola Vila Morena" mas sim ao som do "Depois do Adeus" de Paulo de Carvalho...
Hoje tive obviamente de lhe prestar homenagem, e sinto os cabelos em pé sempre que ouço, uma "Balada do Mondengo", "Do Choupal até à Lapa", "Canção de Embalar(dorme meu menino), "Vampiros", "Venham mais cinco", "Utopia", "Índios da Meia Praia" e claro a grandiosa "Grândola Vila Morena"...
Para o "Zeca" a utopia era uma sociedade sem oprimidos nem opressores, mas tal como ele também eu acho que essa utopia se pode concretizar...
Bem hajas Zeca Afonso...
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