Voto não porque no sentido da pergunta do referendo, mais do que despenalizar a mulher (o que está bem), é desconsiderar irreversivelmente o direito do feto (o que está mal), dado não haver qualquer causa de justificação para a interrupção da gravidez. Toda e qualquer é, assim, válida.
Nesses termos, tal significa que, até às 10 semanas, aquilo que a mulher carrega no ventre vale o mesmo que nada, ou seja, nada. Porque não há qualquer tutela jurídica que o protega.
E faz-me espécie que um dia, a minha mulher ou namorada esteja grávida, e o “meu filho” nas primeiras 10 semanas não tenha qualquer dignidade à luz da lei, mas já um ovo de cegonha continuará a merecer protecção penal, e a sua destruição continuará a ser punida.
Julgo que é a posição mais equilibrada, que atenta nos dois direitos em jogo e não pretere nenhum de forma irreversível. E assim tem de ser. Somos responsáveis por nós e pelos outros. Doutra forma, porque se impõem limites no tudo o resto? Se eu gosto de andar devagar, porque tenho que impor a quem goste de andar depressa que ande até 120? Eu penso que não se deve despedir sem justa causa, mas porque estou a condicionar a liberdade empresarial, e não deixo que seja esta a prevalecer? Se gosto de escrever um artigo em jornal tenho de respeitar a lei de imprensa. Enfim, poderia dar aqui “n” exemplos.
O Estado anda bem quando quer retirar a pena de prisão às mulheres que abortam. Mas anda muito mal quando, irreversivelmente, dá o sinal de que a vida intra-uterina, até às 10 semanas não tem qualquer valor. Como se a formação do ser humano não fosse um contínuo…
Nesses termos, tal significa que, até às 10 semanas, aquilo que a mulher carrega no ventre vale o mesmo que nada, ou seja, nada. Porque não há qualquer tutela jurídica que o protega.
E faz-me espécie que um dia, a minha mulher ou namorada esteja grávida, e o “meu filho” nas primeiras 10 semanas não tenha qualquer dignidade à luz da lei, mas já um ovo de cegonha continuará a merecer protecção penal, e a sua destruição continuará a ser punida.
Julgo que é a posição mais equilibrada, que atenta nos dois direitos em jogo e não pretere nenhum de forma irreversível. E assim tem de ser. Somos responsáveis por nós e pelos outros. Doutra forma, porque se impõem limites no tudo o resto? Se eu gosto de andar devagar, porque tenho que impor a quem goste de andar depressa que ande até 120? Eu penso que não se deve despedir sem justa causa, mas porque estou a condicionar a liberdade empresarial, e não deixo que seja esta a prevalecer? Se gosto de escrever um artigo em jornal tenho de respeitar a lei de imprensa. Enfim, poderia dar aqui “n” exemplos.
O Estado anda bem quando quer retirar a pena de prisão às mulheres que abortam. Mas anda muito mal quando, irreversivelmente, dá o sinal de que a vida intra-uterina, até às 10 semanas não tem qualquer valor. Como se a formação do ser humano não fosse um contínuo…
1 comentário:
Faço minhas as tuas palavras. Etal como tu também eu digo Não
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