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quinta-feira, setembro 30, 2010

E faltam 2 dias!


quarta-feira, setembro 29, 2010

Um País à beira de um ataque de nervos

Nos anos 90, quando estudávamos nos manuais escolares de História os períodos conturbados da política e sociedade portuguesa - sobretudo os mais recentes, Estado Novo e Pós-25 de Abril - e vivíamos em plena euforia dos tempos da União Europeia, pensava para comigo, que bom não ter nascido nessa altura, e sim nesta em que estou a apanhar o País no seu melhor. Afinal de contas, vinha aí a Expo-98, íamos entrar no Euro, e as contas andavam bem cuidadas. Era só auto-estradas, e ir de Esposende a Lisboa já não se fazia num dia inteiro, mas sim em meio-dia.
Hoje, quando leio as notícias em catadupa sobre o agravamento de impostos que aí vem, perda de qualidade de vida, a vinda do FMI, as greves gerais, os partidos do arco Governativo que não se entendem, etc, dou comigo a pensar, no que é que te tornaste Portugal? Como é que pudeste chegar a este ponto?
Não temos desculpas. A culpa pertence-nos a todos. A má moeda foi expulsando a boa moeda, e neste momento, olhando para PS ou PSD, dali não nos vem qualquer confiança sobre como podermos passar este cabo das tormentas da melhor menos dolorosa possível.
À hora a que escrevo, o Governo está reunido a debater as próximas medidas de austeridade. Aumentar o IVA mais 2% e outras medidas que só afundarão ainda mais este País, já de si débil.
Tivemos 1 ano para tentar endireitar as coisas. Mas como era período de eleições, venderam-nos um País que não estava ao nível dos piores da Europa (Grécia, Irlanda).
Pois bem, somos o próximo caso sério de crise na Europa.
Realmente, e voltando aos manuais do tempo de escola, parece que estou a ser puxado para entrar nas estórias que lia e que figuram na História de Portugal.
Como escrevia o poeta, a vida é uma série de acontecimentos que se vão repetindo ciclicamente.
Depois desta crise, virá concerteza um tempo de bonança. Mas quando?
O problema é esse. É que não se vislumbra que tão cedo possamos voltar a estar pujantes como nos anos dourados pós-entrada na UE.
Não foi sorte entrar no mercado de trabalho nesta altura. Salários congelados, clientes que reduzem os pedidos, e as contas da comida, água, luz, casa, sempre no mesmo cifrão.
Enfim, estamos mal, mas chorar também não adianta. Havemos de ultrapassar isto. Porque já lá vão 8 séculos de História, com muita asneira é verdade, mas também muita glória. E é naqueles que escreveram os melhores momentos da nossa História, na sua fibra, no seu sangue frio, que devemos torcer para que os nossos políticos sigam os seus exemplos, e não continuem a navegar à vista, nem a curto-prazo.

terça-feira, setembro 28, 2010

Contagem decrescente II


segunda-feira, setembro 27, 2010

Contagem decrescente!

Já falta pouco para o regresso dos U2 a Portugal.
5 anos depois de os termos visto em Alvalade, parece que o tempo soprou num instante. E ei-los de volta.
Há um ano atrás tive a felicidade de ter visto U2 a tocar no melhor sítio do mundo para os ver ao vivo: Dublin.
Mas vê-los na nossa terrinha tem também outro encanto.
Desta feita, quer o Felgueiras como eu vamos só uma noite. A primeira.
As novidades, normalmente ficam para a 2ª.
Por isso, nos últimos dias tempos trocado uma série de mensagens, ansiosos sobre quais serão as escolhas dos U2 para a primeira noite: terminar com a Ultraviolet ou a Hold Me, Thrill Me, Kiss Me, Kill Me?
Pessoalmente, numa perspectiva de coleccionar canções dos U2 ao vivo tantas quantas possíveis, iria pela 2ª. Mas do que tenho visto no youtube, a Ultraviolet sai-se melhor. Por isso, voto e torço Ultraviolet.
Das novas, ter a Mercy ao vivo será a cereja em cima do bolo. Está para este concerto, como o sonho de ouvir a All i want (ainda em falta no curriculu) ou a Bad estiveram para os anteriores.
Ah, e a Every Breaking Wave. Gosto mais do que a North Star. Espero poder ouvi-la também.
Re-ouvir a Miss Sarajevo, será um momento alto da noite.
Enfim, nunca mais chega sábado diabo!

Nem assim....

Com o apoio dos adeptos, eles vão lá.
O João Vieira Pinto disse tudo hoje na crónica do Jogo. Tem a palavra (naquilo que interessa):

1 Sporting sem maturidade
O jogo de ontem pôs a nu aquele que é o maior problema deste Sporting: a falta de maturidade. Frente ao Nacional, o Sporting fez tudo para ganhar e merecia ter ganhado, pois foi melhor em quase tudo - teve mais iniciativa, uma boa dinâmica e oportunidades de golo, mas ao mesmo tempo cometeu ingenuidades que deitam tudo a perder. Com todo o respeito pelos seus jogadores, a verdade é que o plantel do Sporting não se compara ao do FC Porto, do Benfica e quiçá do Braga. Falta-lhe maturidade para lutar pelo título, sobretudo quando temos, no nosso campeonato, equipas a jogar bom futebol, com plantéis equilibrados, boas soluções e mais competitivas.
2 As grandes equipas reagem aos golos sofridos
Outra característica que define as boas equipas e que falta a este Sporting é a capacidade para reagir aos golos sofridos. Não reagiu ao golo do empate e ainda tinha muito tempo pela frente para o fazer, pois faltavam mais de dez minutos para jogar. Veja-se, a título de comparação, o que aconteceu ao FC Porto com o Braga, quando esteve a perder duas vezes e deu a volta, acabando por vencer por 3-2! É a tal mentalidade ganhadora que o Sporting não tem. Ontem, depois do empate, vi jogadores a afastarem-se da bola, com medo de a ter nos pés, algo que até aí não sucedera…
7 Tolerância zero
Este resultado vai pesar bastante. O Sporting vinha de uma derrota com o Benfica e ontem viu-se ultrapassado precisamente pelos encarnados, estando já a dez pontos do líder do campeonato. Corre o sério risco - se é que isso ainda não sucedeu - de ver repetir-se o ano passado, quando ficou afastado desde muito cedo da luta pelo título. E, num clube como o Sporting, ninguém vai tolerar isso dois anos seguidos. Os jogadores passarão a actuar sobre brasas e pode dar-se um efeito "bola de neve". A margem de manobra vai esgotar-se, até para o presidente, e vai dificultar a tarefa do treinador, que não me parece o principal culpado, porque, repito, o plantel não é tão bom como o dos principais adversários.

quinta-feira, setembro 23, 2010

Palhacito Madail

Hoje, como aliás tento fazer todos os dias, lá reparei nas noticias do nosso Portugal e do mundo. Como se sabe é crise económica para cá, crise económica para lá e claro as belas das trapalhadas protagonizadas por Gilberto Madaíl e seus muchachos na Federação Portuguesa de Futebol.

Ora bem, nunca fui um fã do Queirós como treinador, e não o conhecendo não poderei por em causa as suas qualidades como pessoa. No entanto, acho que o homem sofreu um linchamento público. É engraçado ver que agora o CJ (Conselho de Justiça) tenha dado razão ao Queirós, o que faz com que todo o processo já de si embrulhado ficou ainda pior.

Queirós vai levar para casa a sua maquia, porque despedimento por justa causa agora está fora de hipótese e  Madail e sus muchachos continuaram impávidos e serenos a “governar” a Federação como se de um circo se tratasse. Esperemos que o Paulo Bento (pelo qual tenho apreço e acho que dará um bom seleccionador, se deixarem claro) não seja mais um na coboiada que se tornou a FPF.

quarta-feira, setembro 22, 2010

Boa sorte Paulo!

Foi boa a tua saída na conferência de "Para mim é um orgulho e uma satisfação ser opção a seguir a um dos melhores do Mundo".
Como jogador da Selecção, como treinador do meu clube, foste sempre muito profissional, muito dedicado, e nunca te puseste com vedetismos nem manias.
Não será fácil a tua tarefa na Selecção, mas desejo-te toda a sorte deste mundo!
A sorte protege os audazes, e deve proteger também aqueles que Amam e servem o seu País (a sua Selecção) e que não estão para se servir dela.

"Melhor" aluno chegou à faculdade sem acabar o liceu....e é de Esposende!

A incrível história do Tomás, com direito a capa no Expresso e tudo.

Aqui fica a reportagem

Isabel Leiria e Joana Pereira Bastos (www.expresso.pt)

As dificuldades apareceram no ensino secundário, quando a Matemática se tornou uma verdadeira dor de cabeça para Tomás Bacelos. Por mais que insistisse, não conseguia passar à disciplina e os chumbos sucessivos acabaram por fazê-lo desistir da escola sem acabar o liceu.
No ano passado, Tomás Bacelos arranjou a solução ideal para contornar o problema. Inscreveu-se num Centro de Novas Oportunidades em Esposende, frequentou dois módulos (Saberes Fundamentais e Gestão) e em meses conseguiu equivalência ao 12.º ano. Acabou agora por entrar na faculdade, no curso de Tradução, na Universidade de Aveiro, e é oficialmente, segundo as listas do Ministério do Ensino Superior, o aluno com a mais alta nota de candidatura do país: 20 valores.
A questão é que a sua média não tem em conta as notas do secundário - que não terminou - e baseia-se apenas no exame nacional de Inglês, o único que teve de fazer para entrar em Tradução e onde conseguiu nota máxima. Ainda tentou concorrer a um curso de Biologia, fez a prova de ingresso, mas não foi além dos 7,4 valores.
Ao contrário de Tomás Bacelos, todos os jovens do ensino regular tiveram de realizar provas nacionais a várias disciplinas e apresentaram-se a concurso com estas classificações e com as notas do secundário.
O percurso de Tomás e dos restantes alunos não podia, por isso, ser mais diferente. Ainda assim, ele disputou as mesmas vagas e concorreu em igualdade de circunstâncias com os outros. A lei permite-o, mas o jovem, 23 anos, sente que beneficiou de uma injustiça.
"Para mim, foi ótimo. Mas é claro que é bastante injusto porque os outros passam anos a esforçar-se para terem boas médias. Com o Novas Oportunidades, uma pessoa que só tem o 7.º ano pode fazer o 9.º em seis meses e a seguir, em ano e meio, consegue tirar o 12.º. Se tiver sorte, pode passar à frente e tirar o lugar às pessoas que fizeram esse esforço. Conheço quem tenha entrado assim no ensino superior", admite.
Discriminação positiva
Contactado pelo Expresso, o Ministério do Ensino Superior não revelou, até à hora de fecho da edição impressa, quantos estudantes entraram na universidade por esta via, retirando lugares a candidatos do ensino regular. No curso de Tradução da Universidade de Aveiro, onde Tomás Bacelos entrou em primeiro lugar, por exemplo, quatro jovens que também colocaram a licenciatura como primeira opção acabaram por ficar de fora. O último a conseguir entrar teve 14,4 valores de média.
Certo é que a história de Tomás Bacelos está longe de ser a única. "O caso dele só é visível porque tirou uma grande nota no exame. Mas houve outros alunos que entraram da mesma maneira, só que não saltam à vista nas estatísticas", garante António Boaventura, do Centro Novas Oportunidades da Secundária Henrique Medina (Esposende), que Tomás frequentou. "Há uma discriminação positiva destes alunos", reconhece.
O presidente da Comissão Nacional de Acesso ao Ensino Superior, Virgílio Meira Soares, admite que possa haver uma "injustiça", mas rejeita responsabilidades e lembra que os candidatos vindos do Novas Oportunidades também podem acabar por sair prejudicados com esta legislação. Isto porque só concorrem ao superior com uma única nota de exame, sem outras classificações a pesar na média, o que pode prejudicá-los caso a prova não corra bem.
Luís Capucha, presidente da Agência Nacional para a Qualificação e um dos responsáveis pelo programa Novas Oportunidades, recusa comentar as regras de entrada no ensino superior, por não serem da sua competência. Ainda assim, afirma que "não faz sentido aferir a dificuldade de ingresso pelo número de exames exigidos" aos estudantes.
O que diz a lei
Os alunos que concluíram o secundário através de vias de formação que não preveem a atribuição de notas (como os cursos de Educação e Formação de Adultos do programa Novas Oportunidades) e que pretendem aceder à universidade concorrem apenas com as classificações que obtêm nos exames nacionais exigidos como prova(s) de ingresso no curso que querem. Dispensam todos os restantes exames nacionais. A nota que obtiverem na(s) prova(s) de ingresso vale como nota de conclusão do secundário.
Por exemplo, como Tomás Bacelos teve 20 no exame de Inglês, foi-lhe atribuída "administrativamente" essa classificação como média do secundário. Outro regime excecional de ingresso é o que abrange quem tem mais de 23 anos: os candidatos não precisam de ter concluído o secundário e dispensam a realização de qualquer exame nacional. A diferença é que, neste caso, o concurso tem vagas próprias (fora do concurso nacional) e cada instituição fixa os critérios de entrada.
Texto publicado na edição do Expresso de 18 de setembro de 2010

terça-feira, setembro 21, 2010

Filhos sem mãe

A propósito do anúncio protagonizado pelo actor Neil Patrick Harris (da série "How i met your mother") de que ele e o seu namorado vão ser pais de gémeos, tendo para isso recorrido a uma barriga de aluguer, não resisto a publicar o seguinte artigo, bem divertido, do meu amigo Gonçalo Portocarrero, publicado no Público.

«Eu e o David estamos à espera de gémeos. Esperamos que a imprensa respeite a nossa privacidade» – eis a declaração pública de Neil Patrick Harris, protagonista da série televisiva «How I met your mother» e, segundo as mesmas fontes, «corajoso» «homossexual assumido».
Tenho duas boas razões para me pronunciar sobre o caso: não só sou gémeo como, por ser trigémeo, fui com essas minhas duas irmãs notícia por esse motivo. Mas, esclareça-se, não por inconfidência familiar, pois os nossos pais teriam preferido manter a novidade no recato da família e dos amigos. Hoje seríamos notícia por mais uma razão: para além do insólito triplo nascimento, sem o truque da fertilização artificial, acresce a proeza de sermos filhos de um pai e de uma mãe, e não de dois homens ou de duas mulheres.
É caricato, se não mesmo absurdo, o anúncio mediático de um acontecimento que se pretende privado: se o interessado não respeita a intimidade da sua vida, que não só «assume» como também exibe, com que direito exige reserva aos meios de comunicação social?! Ao revelar o facto à imprensa, este deixa logicamente de ser do âmbito da sua privacidade, pelo que não faz sentido pedir que se respeite como particular uma notícia que já o não é, precisamente porque foi pelo próprio posta na praça pública. Só tem direito à discrição quem não faz alarde das suas circunstâncias pessoais e familiares.
Não deixa de ser curioso que o principal actor de «How I met your mother» espere, com outro homem, gémeos, porque, pelo menos na minha família, talvez excessivamente conservadora e tradicional, foram sempre as mães que ficaram à espera…
Supõe-se que quem aguarda os filhos são os respectivos pais, biológicos ou adoptivos. Mas não duas pessoas do mesmo sexo, que não são evidentemente os progenitores, nem podem, por esse motivo, fazer as suas vezes. Por isso, é logicamente defensável e eticamente exigível a proibição legal da adopção por dois indivíduos do mesmo sexo. Pode-se ser pai, sem mãe, ou mãe, sem pai, mas dois homens ou duas mulheres, mesmo sendo óptimas pessoas, nunca poderão ser pai e mãe de ninguém. Quanto muito dois «pais», ou duas «mães», mas não pai e mãe, que é o que se exige para o são desenvolvimento de um ser humano. Uma segunda «mãe» não substitui o pai, como um segundo «pai» não supre a ausência materna. Estes gémeos, não obstante os seus dois «pais», têm a desgraça de não serem, desculpe-se o termo, filhos da mãe.
A que título serão então acolhidos, por Neil e pelo seu amigo David, estes gémeos? Tudo leva a crer que mais não são do que um complemento da sua sui generis união, infecunda por natureza, de que não são a continuação natural, mas um artificial apêndice. Obtido, talvez, através de uma «proletária», ou seja, uma mulher anónima cuja maternidade fica reduzida à procriação da «prole», que depois enjeita em benefício de terceiros.
Neil Harris será muito valente ao «assumir» publicamente a sua tendência sexual, mas não o é quando se trata de arcar com uma consequência necessária a essa sua opção: a impossibilidade de geração. Pior: esquece que os «seus» gémeos não assumiram a infelicidade de serem órfãos de mãe viva, cuja identidade seguramente nunca conhecerão; que não escolheram o triste fado de nem sequer terem uma mãe adoptiva; que certamente nunca saberão qual dos seus dois «pais» foi o seu progenitor pois, nesse caso, o outro «pai» deixaria de o ser; que provavelmente nunca poderão ter outros irmãos, filhos dos mesmos progenitores; e que nem sequer tiveram direito à privacidade porque, antes até de nascerem, houve quem fizesse questão de se gabar publicamente da proeza da aquisição dos irmãos em gestação.
É de crer que as duas crianças sejam esperadas com amor, mas foram condenadas à infelicidade de nunca experimentarem a ternura de um colo materno. E, nos bastidores deste drama, é provável que haja uma mulher explorada, uma mãe silenciada, comprada, usada e, por fim, descartada. Esperemos que a Neil Patrick Harris não lhe falte a coragem, quando tiver que explicar aos gémeos «How I met your mother».
Gonçalo Portocarrero de Almada

segunda-feira, setembro 20, 2010

Do fds que passou

- Confesso-me triste pela derrota do Sporting.
Na véspera, o Benfica estava na mó de baixo, a equipa B do Sporting dera boa conta de si em Lille, e no domingo sem apelo nem agravo fomos batidos pelas águias de rapina, sem dar qualquer resposta à altura dum "suposto" candidato ao título.
Paulo Sérgio prometia mas parece um "Carvalhal" um pouco melhor.
Vale que de momento o Benfica, para olhar pro Sporting na tabela classificativa, tem que levantar a cabeça. Mas consolo de pouca duração....
- Diz-se que Paulo Bento será hoje anunciado como novo Seleccionador, ou pelo menos, estará ainda mais encaminhado. Depois da novela "Mourinho", trata-se de uma segunda escolha, que o antigo treinador do Sporting não merecia, e a fazer à sua fama de homem que não pactua com essas "novelas" custa-me acreditar que venha aceitar o comando técnico neste contexto.
- A Paróquia de São João de Brito, em Alvalade, Lisboa, testemunhou ontem a posse do novo prior, Padre João Crispim Valente, que vem substituir o veterano Padre Lereno, que era o prior há mais de 35 anos. Durante os anos que vivi em Alvalade, frequentei muitas vezes a missa de São João de Brito e de vez em quando ainda lá vou, como foi ontem o caso, ainda por cima celebrada pelo Cardeal-Patriarca.
Padre Lereno é um bom homem, que desempenhou o seu ministério com muito fervor e empenho. Mas é também o caso de quem a certa altura não soube adaptar a prática à realidade. Homilias de longa-duração, cantorias que nunca mais acabavam e muitas vezes a lembrar as missas fúnebres, com práticas deste género a paróquia do bairro de Alvalade, onde residem mais de 40,000 pessoas, foi perdendo fiéis e crentes, que se mudaram para outras paróquias.
É, por isso, enorme a tarefa do Padre João Valente. Dinamizar, modernizar e reavivar uma Paróquia que em tempos idos foi grande, e hoje perdeu muita da sua pujança.
- Este foi também o casamento de um grande amigo, na simpática terra de Alenquer. No Convento de São Francisco, muito bonito por sinal.
Destaco a homilia do Padre: Com mais de 50 anos de magistério, dizia ter pena dos casamentos que celebrou, e que passado 1 mês os noivos estavam a separar-se. E olhava para os noivos que estava a casar naquele momento e perguntava a si mesmo "que será deles?".
Segundo o Padre, a razão para no casamento muitas relações durarem pouco e os casais romperem logo à primeira discussão prende-se com o seguinte: enquanto que no namoro as discussões regra geral ultrapassam-se bem, porque estamos a querer conquistar o outro, e por isso ficamos mais humildes e damos melhor o braço a torcer, já no casamento como o "outro" já foi conquistado, encontramo-nos num pedestal em que nos achamos superiores, deixando a arrogância, soberba e falta de tolerância moldarem-nos um pouco o espírito.
Foram palavras acertadas, e que deram que pensar!

sexta-feira, setembro 17, 2010

Do admirável mundo do Direito

Amigos têm-me pedido para comentar aqui o caso Casa Pia.
Sinceramente, nunca tive grande vontade, pois já basta a diarreia dos jornais e televisão sobre o assunto, que vir falar mais do mesmo neste espaço seria uma enorme perda de tempo. Em todo o caso, breves palavras para dizer que:
- foi vergonhoso o acórdão ter sido distribuído 1 semana depois da leitura da sentença, independentemente dos supostos problemas informáticos aflorados. Os juízes no seu pior;
- foi escandaloso o tempo de antena e promoção que deram ao Carlos Cruz e seu advogado de prolongarem a sua defesa na opinião pública. Nem na América, onde é costume os advogados falerem no final das audiências, se assiste a tamanho despeito. A comunicação social tem largas culpas por promover e incitar este jogo.
- foi infeliz a intervenção do Bastonário, a criticar juízes, querer santificar os condenados, e ignorar quase por completo as vítimas que, coisa engraçada, também são defendidas por advogados.
Enquanto isso, um exame da Ordem feito no dia 30 de Junho, continua sem conhecer resultado à vista. Mais de 2 meses e meio. Já deve ser porventura o "Casa Pia" dos estagiários. Sobre esse assunto, nem uma palavra sequer.
O Direito, a Justiça, só apetece dizer "horribilis est".

O mister que se segue

Ontem foi um dia bem divertido, e olhem que não foi pela vitória do Sporting com a equipa B em Lille, que soube muito bem.
O nosso líder federativo, Madaíl, que continua agarrado ao lugar, como a chiclete no sapato, quando a pisamos, está a tentar convencer o Special One Mourinho a vir fazer uma perninha à Selecção e orientá-la já em Outubro para 2 jogos, ficando depois a coordenar um vasto projecto (nome pomposo, mas que nunca ninguém sabe bem o que quer dizer) para vários anos.
Mas alguém acha que o Real Madrid, no seu perfeito juízo, aceitaria uma coisa destas?
Para não falar do treinador de campo para os jogos seguintes. Qual seria a sua autoridade sabendo que estaria sempre dependente de um treinador à distância?
Sinceramente, às vezes não percebo esta gente que tem responsabilidades de tomar decisões.
Mourinho seria uma óptima escolha, mas neste momento é um cenário irrealista.
Para os serviços mínimos, Paulo Bento seria provavelmente uma solução competente, mas Madaíl perdeu autoridade, e assim queimou, parece-me, uma boa alternativa ao comando técnico da selecção.
Se Paulo Bento aceitar o lugar, será sempre visto como 2ª escolha. Ora, julgo que o treinador da tranquilidade não quererá ficar associado como 2ª escolha. Vale mais do que isso.

quinta-feira, setembro 16, 2010

Good luck!

O Papa Bento XVI inicia hoje uma visita oficial de 4 dias ao Reino Unido.
O Reino Unido é uma pátria que acolhe filhos de todas as nações e credos, onde todos se respeitam e têm a sua oportunidade.
É um espaço de liberdade assinalável mas que, infelizmente, assume por vezes proporções exageradas, de que uma certa cultura de ateísmo agressivo e feroz é disso exemplo.
Por isso todas as atenções estarão concentradas nos próximos dias na visita e estadia do Santo Padre em terras de sua majestade.
Espero que seja uma viagem pastoral bem sucedida, e que não haja oportunidade para aqueles que querem ou pretendem perturbá-la.
Dá que pensar, nos tempos que correm, como existem muitas pessoas para quem uma união íntima com Deus é um atentado à civilização, e fazem por contrariar e combater isso mesmo. Se as pessoas andam mais felizes por causa disso? Não me parece de todo.
Infelizmente, não existe coragem suficiente, a começar por nós próprios crentes, de denunciar isso. Que o contrário daquilo que combatem - os nossos valores, as nossas crenças - é um deserto de nada.

16 dias até Coimbra

Faltam 16 dias para o regresso dos U2 a Portugal.
A 2ª légua europeia da 360º Tour vai de vento em popa, com os U2 a ensaiarem novas canções que farão parte de um álbum a sair, muito provavelmente, no final deste ano ou inícios do próximo.
Das novas músicas, que a gravação de vídeo amador não permite apreciá-las com toda a propriedade, fiquei muito interessado na Every Breaking Wave, que tem todos os condimentos para ser um clássico a ouvir e re-ouvir.
Das restantes novidades no alinhamento, confesso estar surpreso com a introdução da Mothers of the Dissapeared, tema político criado propositadamente para os desaparecidos na Argentina e Chile durante os anos de ditadura, e que sempre pensei que os U2 só a tocariam nesses países. Mas, pelos vistos, parece que estão a introduzir o tema na Europa, e confesso estar expectante por ouvi-la em Coimbra.
Outra novidade é a Hold Me, Thrill Me, Kiss Me, Kill Me, que na Popmart, estava no encore. Era um super-tema, mas que decorridos 13 anos confesso que ao ver os U2 tocarem-na já não sabe a mesma coisa. Perdeu algum gás. Em contrapartida, a Ultraviolet continue em grande e por isso, embora já tenha ouvido 2 vezes a Ultraviolet, prefiro ouvi-la uma 3ª à Hold Me.
Por fim, e essa sim a maior novidade de todas, é a introdução da Mercy. Um tema que os U2 gravaram aquando do penúltimo álbum em 2005, mas que nunca foi editada oficialmente. É um dos clássicos guardados no baú mais desejados e queridos dos fãs. Porque tudo o que de sensacional que os U2 compuseram na sua longa carreira está lá.
Fiquei muito feliz por ver que estão a tocá-la ao vivo, embora, sendo justo, a versão que estão a tocar fique aquém da versão que se conhece em áudio.
Em todo o caso, até Coimbra, os U2 têm mais 4 concertos pela frente, pelo que a Mercy pode muito bem ser ainda melhorada.
Como vou só a 1 concerto, espero e desejo que seja tocada já na 1ª noite em Portugal.

segunda-feira, setembro 13, 2010

Liga Record 2010/2011

À semelhança do ano passado, este ano volto a entrar na Liga Record. Edição privada com colegas da empresa, com a novidade de este ano duas meninas entrarem na competição, e edição privada com o amigo Zehovic, este ano alargado também ao seu cunhado, benfiquista dos 7 costados, o Rui.
Os nomes das equipas não podiam ser mais sugestivos. O nome que escolhi para a minha, em homenagem à melhor época do Sporting, foi Cinco Violinos.
Na Liga dos 3 grandes, disputarei o troféu com os Dragões Marienses e o Furacão do Torrão.
Na Liga PwC, temos Espécie d' equipa, RealADRId (trocadilho engraçado do nome da colega Adriana com os merengues), Les 11 terribles, Alves team, Catedral, etc.
O campeonato Liga Record teve o seu arranque este fds. Resta desejar que este ano possa ter melhor sorte e fazer melhor figura que no ano passado!

domingo, setembro 12, 2010

Uma banda que se saúda

Ao fim de muito tempo, voltei à garagem do 26, local onde por um bom par de anos, tanto o felgueiras como eu fomos rockstars, para visitar velhos amigos e saber como é que as coisas estão a andar.
Os Blá Blá Blá estiveram recentemente no Festival Marés Vivas em Gaia, e ultimamente têm dado inúmeros concertos pelo norte e, sobretudo, o Sul do País.
Fiquei muito feliz por eles, por ver a parafernália que vai pela Garagem do 26, qual banda do mainstream, prova viva de que o investimento como banda de garagem está a dar os seus frutos. Os BBB têm vários projectos para os próximos meses, de que o reconhecimento e afirmação como banda de garagem com arte e engenho para vir a ser um caso sério como banda nacional é o principal objectivo.
Por cá, disso continuaremos a dar conta, desejando toda a sorte do mundo ao Joel, Marcelo, Fonseca, Gustavo e Pirrão.
Para os leitores do blog, aqui fica a entrevista da Esposende Tv feita a propósito do lançamento do 1º EP da banda.

Mais um bar que se saúda

O "café dos Miquelinos", que durante largos anos foi ponto de paragem obrigatória para quem ia à praia de Esposende e queria comprar o jornal ou tomar 1 refresco, fechou, e deu lugar a um vistoso bar, mesmo em cima do anterior espaço, que se destaca por um espaço muito maior e agradável, onde se pode sentar confortavelmente e apanhar bons banhos de sol, mesmo com a praia em cima.
Enquanto o Kastrus Bar está em cima do rio, este novo bar dos miquelinos tem a praia em cima de si. Fantástico!
Acho que as zonas ribeirinhas e marítimas, no que a atracção toca, só têm a ganhar quando oferecem espaços destes que permitem ao utilizador apreciar mesmo em cima do acontecimento o que a natureza lhes oferece e, ao mesmo tempo, manter uma boa conversa em grupo, acompanhada de 1 bebida qualquer.
Obviamente que este bar, à semelhança de todos os outros que percorrem a marginal de Esposende, terá um enorme desafio pela frente, que é a quebra de clientela típica no pós-Verão. Tomara que os Esposendenses não deixem de comparecer nesses sítios e, sobretudo, que o tempo o permita, possibilitando que no fim da jornada de trabalho as pessoas possam espairecer com um pequeno passeio até ao rio ou à praia.

terça-feira, setembro 07, 2010

No comments



Da Europa fala-se, e certamente com alguma razão, que não existem grandes estadistas. Com algumas excepções, na maior parte dos casos são líderes políticos que não se aguentam muito tempo no barco, e não conseguem deixar uma marca no seu mandato.
Tony Blair, terá sido, porventura, a grande vedeta da geração de políticos de meados dos anos 90, tendo batido recordes no Partido Trabalhista, o que lhe granjeou bastante fama e respeito. A Inglaterra afirmava-se como grande nação, que sempre foi, e economicamente continuava a dar cartas pelo mundo fora sem sequer precisar de entrar no Euro.
Mas para Blair, apesar de todos os grandes resultados, parecia faltar qualquer coisa. Talvez ser uma potência dominante e hegemónica como os EUA, terá pensado. E, para isso, nada melhor do que se associar ao combate do terrorismo e entrar pela guerra contra os terroristas adentro.
O melhor pretexto era, portanto, o Iraque. Que, como o passar e saber dos anos veio a provar, foi uma autêntica fraude.
Milhares de soldados morreram. As economias ficaram mais debilitadas por força dos gastos com a guerra. E a legitimidade da guerra, aos olhos da opinião pública, foi com o passar dos tempos perdendo validade.
No último dia como primeiro-ministro, o Independent trazia uma capa muito reveladora: todos os acontecimentos marcantes do mandato de Blair e, como pano de fundo, o Iraque.
Blair não mais se vai conseguir livrar dessa nódoa.
E o que poderia ser, nos dias de hoje, um passear de fama, respeito e saber, como sucede com Bill Clinton, será sempre uma ocasião de protesto, divisão e revolta.
Tony Blair poderia ser hoje uma figura consensual na Europa e no Mundo, mas tal como o crime, a mentira não compensa, e a guerra do Iraque é suficientemente grave para não poder passar para trás das costas e, assim, ficar esquecida.
P.S: Tony Blair publicou a sua autobiografia e está a fazer uma pequena Tour de apresentação. Os acontecimentos que se mostram aconteceram recentemente em Dublin. As apresentações seguintes já estão a ser repensadas, para que não se sucedam novos confrontos.

segunda-feira, setembro 06, 2010

Pe. Cândido Azevedo de Sá

No passado dia 15 de Agosto comemoraram-se as bodas de prata do Padre Cândido Azevedo de Sá, antigo pároco das freguesias de Gandra e Gemeses, e actualmente Director do Colégio Dom Diogo de Sousa em Braga.
Foi meu ilustre Professor de português no 9º ano, a quem devo um ainda maior gosto pela língua materna. Tinha um modo muito próprio de leccionar, onde a exigência e rigor eram o seu timbre, a par de uma aproximação aos alunos.
Foi um Professor que marcou, e hoje em dia, sempre que o vejo, é um reencontro que se saúda.
Tive pena de não ter podido ir às comemorações das bodas de prata, mas não queria deixar de assinalar neste espaço o acontecimento, desejando as maiores felicidades ao Padre Cândido, que tem ainda muito para dar à juventude portuguesa, muito especialmente, aos jovens católicos, de quem sempre foi, e ainda é, uma referência.

sexta-feira, setembro 03, 2010

Vergonha!!!!

4-4 com o Chipre????

Parem para reflectir naquilo que se deve fazer...