O falecimento de Ernâni Lopes no ano passado foi uma enorme perda para a sociedade portuguesa.
Tratava-se de uma personalidade de reconhecida craveira intelectual, com uma dedicação à causa pública que mereceu grande reconhecimento entre os seus pares, incluindo aqueles que não perfilhavam da sua matriz ideológica.
Outra característica muito elogiada em Ernâni Lopes era a sua fé, e o optimismo que a partir dela transmitia a todos à sua volta. E isso, escreveu-se, foi particularmente notório nos últimos anos, em que a doença se tornou mais presente, não deixando, porém, de abater o Professor.
Ontem na missa de sufrágio pelo 30º dia do seu falecimento, o Sacerdote recordou alguns lemas que Ernâni Lopes repetia para consigo mesmo ao longo da sua vida.
Um deles impressionou particularmente: sempre que iniciava um qualquer projecto, Ernâni Lopes pedia forças ao Senhor para começar essa obra.
Referia o Sacerdote, a esse título, que começar qualquer coisa todos começamos. O pior mesmo é acabá-las. Quantas obras ou iniciativas em Portugal se ficaram pela 1ª pedra!
No caso de Ernâni Lopes era diferente. Para ele, o mais complicado mesmo era começar. Porque sabia que sempre que começava uma coisa acabava-a!
Um exemplo de vida de facto bem diferente daquele a que estamos habituados nos nossos políticos, que fazem grande triunfalismo no lançar da primeira pedra, mas acabar a obra tá quieto (ou difícil).
Que no início deste novo Ano, em que formulamos variados propósitos pelo ano fora, sigamos o testemunho de Ernâni Lopes. Ganhar coragem, pedir forças para arrancar com esses propósitos e sabermo-nos que quando começamos as iniciativas levamo-las sempre até ao fim!
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