O meu anti-americanismo prende-se apenas com o facto de estes se mostrarem superiores na maior parte das questões políticas, sociais, económicas, culturais e tecnológicas. Não sou um anti-americano puro, nem sou um pró-americano. Apenas olho a américa de uma forma não fanática. Normalmente ou se gosta muito, ou se desgosta. Não sou desse tipo. Acho que a América têm muita coisa boa, como tem muita coisa má. Mal seria se assim não fosse, não podemos viver de utopias. É assim em todo o lado.
A América foi construida por Europeus, sem nós eles não seriam nada do que são hoje. Eles foram e são a terra das oportunidades e nós soubemos aproveitar as mesmas. Sem mentes brilhantes que floresceram na Europa nada do desenvolvimento cultural americano seria o que é hoje.
Em termos políticos eles dão uma lição ao mundo e aprimoraram o método democrático. Há que lhes dar os parabéns pela forma como a política decorre naquele país. Nas questões tecnológicas, os Estados Unidos são apenas a sede das maiores multi-nacionais, mas na liderança, das mesmas, estão russos, israelitas, europeus, indianos, entre outros. Exemplo mais premente que o "Google" é impossível. Quem os lídera são um russo e um israelita. Mas quanto a tecnológia apesar dos pregões americanos acho que o Japão lidera com alguma margem, certos aspectos tecnológicos. Em termos culturais e sociais, os Estado Unidos não dão lições a ninguêm, tem extremos de gente pobre e gente muito rica, assim como uma taxa de analfabetização alta.
Quanto ao que apregoam de serem os melhores do mundo em termos militares, etc, etc. Isso é nos filmes. O vietnam já lá vai e os soldados americanos foram dissimados sem dó nem piedade. Porquê continuar a falar no vietnam? Mais importância tiveram os EUA na II grande guerra, mas nisso não lhes denoto grande orgulho...
Portanto, a minha visão não é de anti ou pró americanismo. Apenas tento aproveitar o que eles dão de melhor ao mundo.
6 comentários:
Sugiro que o autor se decida. Ora no post anterior elogia os EUA por liderarem revoluções tecnológicas, políticas, económicas, etc, e agora está a dizer que é anti-americano precisamente porque eles "se mostrarem superiores na maior parte das questões políticas, sociais, económicas, culturais e tecnológicas"???...Em que é que ficamos? Mais, não deixa de estarrecer que a razão do anti-americanismo se deva à superioridade do país nessas vertentes. Mas que culpas têm eles disso? Afinal, não é o que todos os países querem ser? Líderes e expoentes máximos da economia, cultura, e tecnologia?? E se os Americanos são e mantêm a liderança há largas décadas, é porque souberam criar condições para tal e, não menos importante, souberam mantê-las. O caso Google é paradigmático do mundo das oportunidades que a América é. Dois cérebros não americanos planearam um projecto, e encontraram o capital humano e financeiro nos EUA para poderem dar largas ao mesmo. Não se encontram estas facilidades em muito lado. Também não deixa de ser errado o ponto de vista que os americanos devem o que são aos europeus. Sim, se pensarmos que foram estes que colonizaram o país. Da mesma forma que visigodos, fenícios, muçulmanos, romanos vieram para Portugal e legaram muito da cultura e do saber que o país tem. Mas eu não me sinto nem fenício, nem visigodo, nem romano,mas sim português. Da mesma forma que o Jack Martins, o John Hussein ou o Peter Schmidt não se sentem portugueses, sauditas ou alemães, mas sim, americanos.
Em resumo, a América é um extraordinário país por ter sabido pegar na riqueza ordinária de cidadãos de outras latitudes e longitudes e com isso dar-lhes um denominador comum, um sentimento comum - América - e daí sair uma coisa extraordinária: um país onde o avanço cultural, económico e tecnológico revelam uma pujança sem iguais. E por isso e muito mais, não se pode ser anti-americano. Porque é estar a negar a matriz da nossa própria cultura.
E com isso, mais uma vez, o autor denota confusão de planos. Começa o post por revelar "o meu anti-americanismo prende-se..." para concluir com "a minha visão não é de anti ou pró americanismo". Afinal, em que é que ficamos?
Julgo que muitos dos que se dizem anti-americanos nem sabem bem porque o são, ou se sabem, depois têm esta dificuldade em assumi-lo. Porque é mais fácil antipatizar-se com a América do que com a Rússia ou Cuba, esses grandes expoentes da democracia dos dias de hoje...
Temos aqui discussão aberta. Vou meter a minha colherada. Ao que me parece, casa onde não há pão toda a gente ralha e ninguém tem razão. Parece acontecer o mesmo aqui. Ambos ralham e nenhum tem razão.
Enquanto o autor do texto, se diz anti-americo, no entanto, parece que não o será, será mais uma questão de não aquece nem arrefece, se bem que me parece que tenha razão em alguns pontos; o nosso amigo tio sam parece ser um pró-americano fanático e que tudo que seja "made in america" é bom e positivo. Pois é meus caros, nem tudo são rosas. A américa é líder em muitas coisas boas, mas também é líder nas atrocidades que faz em busca de maior poder. São eles que, neste momento provocam, os maiores conflitos armados e que os tendem a manter por interesse próprio. Ou não será o petróleo razão para isso? É engraçado falarem nas invasões romanas, visigóticas e fenícias. Não será tão barbára, quanto essas invasões, a invasão do iraque? No fundo a base é a mesma. Onde está a democracia neste momento no iraque? Nos filmes os americanos salvam sempre o dia, aqui parece que não. Será que temos de dizer "sim" a tudo que os 'States' fazem?
Quanto a pujança dos Estados Unidos não me parece que seja muita no momento. A ver vamos!
As guerras que os americanos provocam costumam ser o argumento decisivo para fazer uma pessoa pender mais para o lado anti-americano do que pró. As duas últimas guerras com que os americanos nos brindaram - Balcãs e Iraque - foram infelizes na justificação e graves nas consequências. Sobre isso, faço coro nas críticas lançadas. Infelizmente vivemos num mundo marcado pela chamada "real politik". Aos americanos interessa algum controlo petrolífero daí invadirem o Iraque. A Portugal interessa dar-se bem com a China, daí ignorar a causa Tibetana e os atentados à dignidade humana que de vez em quando vão sendo feitos lá. A Portugal interessam os € vindos de Angola, daí o PM dizer que a democracia lá é a todos os títulos notável, apesar de liberdade democrática não ser propriamente um cartão de visita, muito pelo contrário. Mas, e pegando nestes últimos dois casos, será por isso que serei anti-português?? Obviamente que não. Porque sei separar o trigo do joio. E para mim, Portugal, definitivamente, tem muito mais de trigo do que de joio. O mesmo acho quanto aos EUA. Daí ser pró-americano, que não fanático (com todo o respeito, mas acho muito forçado retirar essa conclusão das minhas palavras). Concerteza que a pobreza extrema do país, a obscenidade dos gastos com a defesa, a pena de morte, a corrida às armas são motivos fortes para não dizer sim a tudo o que vem dos States. No entanto, acho a América mais magnificadora do que redutora e esse lado magnificador fascina-me. Quanto à pujança dos EUA, só digo que se há 40 anos o País vivia uma segregação racial extrema e hoje elege um negro como Presidente, maior sinal de vitalidade e pujança na sociedade e sua mentalidade não poderia haver....America is back!
Ao que me parece o tio sam anda com as prioridades trocadas. Enumerou mais coisas más que boas relativamente aos 'States'. Será que a sua analise está correcta?
Repare numa coisa caro tio sam, daqui a 15/20 anos, mais de 2/3 da população norte-americana será de raça negra, ou seja, hoje são jovens, que na sua maioria votaram maciçamente em Obama. Será isto mudança de mentalidade? Aqueles que eram racistas não mudaram, dai haver ataques prepertados contra Obama. Ainda nas últimas semana prenderam dois cidadãos que o queriam matar, assim como juntamente a 100 individuos de raça negra. Acha que existe mudança de mentalidade? Há aqui alguma incoerência. Quanto a Portugal e América, a diferença é que Portugal não tendo o poder bélico Americano, cingese ao poder diplomático e a dar-se bem com Deus e o Diabo. A américa por si, vendo que não consegue de outra forma, usa o seu poderio. Acho isto um tanto ou quanto retrogrado. Penso que o tempo das cavernas já passou. Contudo a América tem muita coisa boa e é um país de oportunidades. Mas continuará a ser no futuro com o crescimento das economias emergentes? Estamos cá para ver.
O tio sam apenas enumerou coisas más em resposta à pergunta lançada pelo leitor Pedro "Será que temos de dizer "sim" a tudo que os 'States' fazem?", concluindo que não, não temos que dizer sim a tudo o que vem de lá. Não há aqui, como se vê, nenhuma troca de prioridades. Aliás, se o leitor Marco estivesse atento veria umas linhas mais abaixo a minha seguinte afirmação "No entanto, acho a América mais magnificadora do que redutora e esse lado magnificador fascina-me." Para bom entendedor....
Sobre o prognóstico de daqui a 15/20, 2/3 da populãção ser negra, não sei onde foi retirar esses dados. Estamos a falar daqui a menos de uma geração!!! Mas mais sintomático é, se tivermos em conta que, para estas eleições, a percentagem de afro-americanos não chegar aos 20%, sendo batida, pasme-se...pela população latino-americana que segundo consta, não diminiu a sua vaga de emigração para os EUA. Portanto, este prognóstico do leitor Marco além de errado face aos dados de hoje, é inconsequente, pois não se há aumento a prever-se no futuro é o da população latino-americana, e não afro...
Quanto à mudança de mentalidade, pergunto ao Marco ao que se deve o caso paradigmático da Virgínia, que não é conhecida pela população afro-americana ter lá grande peso, e que há 40 anos seguidos votava republicano. A que se deve agora terem mudado de sentido de voto??...
Quanto às economias emergentes, elas já estão em emergência há um bom par de anos. O que a experiência actual nos serve de ensinamento para o futuro, é que os EUA vão começar a partilhar liderança em vários domínios, mas daí a perderem fulgor parece-me difícil, atendendo a que, como bem diz o marco, o país não deixou de ser uma terra de oportunidades.
Sou obrigado a pronunciar-me para colocar alguma água na fervura. Acho que este debate de ideias é positivo, mas os caros leitores estão a contra-por pontos de vista que nenhum dos lados irá mudar, portanto, parece-me que a discusão de esgota por si só. Parece-me que o Tio Sam é uma espécie de arauto do Pacheco Pereira com o seu pró-americanismo (tome isto como uma brincadeira) e parece-me que se não vive na América, muito provavelmente deveria ir para lá conhecer a realidade do dia a dia. Não vou lançar mais lenha para a fogueira, senão poderia falar da política de saúde Norte-Americana, entre outras coisas. Vou-me coibir.
Quanto ao Pedro e Marco, nota-se algum senso anti-americano, no entanto não deixam de afirmar que a América é a terra das oportunidades. Certamente eu não me expliquei bem, dai este rol de comentários a este post. eu não me sinto anti, mas também não me sinto pró-americano. Apenas aguardo espectante do que se vai passando do outro lado do Oceano. E estarei aqui, para na minha humildade (lá está a palavra que faltava quando falo em os Americanos pensarem que ssão os maiores do mundo. Sempre aprendi, que posso ser o melhor do mundo, se não for humilde todos me olharam de lado) tecer elogios a políticas que ache correctas e a tecer critícas aquelas menos conseguidas.
Um abraço a todos.
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