Infelizmente somos de uma geração cuja cultura cinematográfica é 90% made in USA, e não há muito o hábito de ver outras películas que não aquelas vindas de Hollywood. Daí ser uma aventura sempre que vamos ao cinema ver um filme não falado em inglês, sobretudo se for europeu, onde associamos câmaras super-paradas a filmar durante 10 minutos um tipo a barbear-se e sem mudar muito de plano. Mas há que reconhecer que há muito boas coisas vindas do cinema europeu. A Vida é Bela, o Tigre e a Neve, o Quarto do Filho, La vie en rose, são disso bom exemplo.
Bom, mas voltando à Turma, o facto de ser um filme passado, praticamente, dentro duma sala de aulas, em que um professor se confronta com uma turma formada por alunos de diversas etnias, uns com vontade de aprender, outros nem por isso, e outros ainda problemáticos, e procura puxar o melhor de cada um deles, reunia os ingredientes suficientes para chamar a atenção e despertar a curiosidade dir vê-lo. E assim foi.
Sobre o filme, muito bom. Nem nos apercebemos que professor e alunos não são actores, mas sim um professor na vida real (nada mais que o autor do livro que serve de inspiraçã e base ao filme) e alunos (que tiveram aulas de representação), que emprestam a sua experiência na vida real ao documentário-ficção. O que o torna mais autêntico e sincero. É um filme que prende a atenção, diverte, faz pensar, comove, em suma, vale bem a pena o dinheiro investido. A ver!
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