O CDS é hoje um partido com modesta expressão autárquica a nível nacional, tirando aquela que lhe advem das coligações com o PSD. Se no passado possuía a liderança de dezenas de autarquias, hoje tem na Vila de Ponte de Lima o seu último bastião.
No entanto é em Esposende que têm surgido alguns dos melhores resultados eleitorais a nível nacional do Partido, tendo o Concelho sido aliás apontado como exemplo das poucas vitórias nas últimas autárquicas, através da recuperação do vereador perdido.
Nas legislativas deste ano, nomeadamente no combate eleitoral pelo distrito de Braga, o CDS voltou a apostar forte, com a presença assídua de Telmo Correia no Concelho.
Agora que a luta é outra, o CDS não deixa de aproveitar o capital de confiança que o extraordinário resultado das legislativas lhe trouxe e de que os 15% em Esposende foram um bom tónico.
Nuno Melo e Telmo Correia, braços-direitos de Paulo Portas, têm aparecido em importantes manifestações de apoio à candidata Hersília Brás Marques. Nesse aspecto, a candidatura do CDS em Esposende tem contado com a presença de pesos-pesados do Partido, ao contrário do que sucede com as candidaturas rivais de PSD e PS. Mas também Esposende é dos poucos redutos onde o CDS pode fazer um brilharete, daí a forte aposta.
Neste sábado último, houve um jantar de apoio a Hersília Brás Marques, que segundo consta contou com a presença de 950 apoiantes.
Independentemente do número de apoio, destaca-se a presença de José Paulo Carvalho, o vereador eleito nas últimas eleições e que entretanto se desvinculou do Partido. Recorde-se que este Verão José Paulo Carvalho protagonizou uma troca de palavras algo azeda com Berta Viana. Mas os superiores interesses do Partido, pelos vistos, falaram mais alto, e José Paulo Carvalho não se coibiu de manifestar o seu apoio de forma pública.
Um bom exemplo que se aplaude. O CDS foi sempre caracterizado por algumas guerrilhas entre os seus membros, que nada ajudaram à imagem de coesão e solidariedade que devem marcar um partido. E no caso de Esposende, em que há uma aposta fortíssima em reforçar a expressão eleitoral do Partido no Concelho, foi importante superar essa guerrilha entre os 2 principais protagonistas das últimas autárquicas, que poderia condicionar a candidatura de Hersília Brás Marques, desviando a atenção ao seu programa para a troca de palavras que se ia gerando.
P.S: A ausência de uma candidatura à Junta de Freguesia de Esposende foi um erro. Filipe Lima há 4 anos realizou um trabalho meritório, numa candidatura voluntariosa, que começava a lançar as bases para uma nova candidatura este ano. Não o fazendo, o CDS abriu o flanco ao PSD em Esposende, e deixou de capitalizar a aposta em Filipe Lima que trouxe um discurso refrescante com boas ideias, deixando antever um bom valor político para o Concelho.
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