Noticia hoje o Diário de Notícias que 87% das mulheres que abortam não usam contraceptivos.
O ginecologista Pedro Canas Mendes, do Hospital Particular de Almada, lembra os custos que esta atitude traz ao Estado e defende a alteração de alguns pontos na lei: "O legislador devia ter previsto a penalização à reincidência. As mulheres já começam a ver a interrupção da gravidez como um método de planeamento familiar e isso não pode acontecer." Para Canas Mendes, "já se banalizou a situação". Ou seja, "muitas mulheres encaram a interrupção da gravidez com naturalidade, como algo inócuo, sem consequências".
Nem sempre é possível haver leis perfeitas. Mas antes uma lei menos má do que péssima. E aquilo que foi vendido na campanha do referendo sobre o aborto foi isso mesmo: uma lei péssima, mas que se arrogava de ser justa e humana. Ora justiça e humanidade é o que parece não estar a acontecer.
Nada disto que o DN noticia surpreende. Há falta de cultura de responsabilidade em Portugal, e a liberalização do aborto até às 10 semanas veio dar um forte empurrão para as pessoas perderem ainda mais essa noção de responsabilidade.
Portugal no seu melhor....
1 comentário:
Concordo! Mas é preciso não esquecer que ainda está para vir um referendo vinculativo sobre esta matéria que resolva o assunto. É bom lembrar que nenhum dos dois referendos foi vinculativo. Por que há-de valer um mais do que outro?
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