Aqui há dias, dei por mim a pensar no Exterminador Implacável 2. Não sei a que propósito é que me fui lembrar do filme, mas a verdade é que fui invadido por uma súbita nostalgia (parece que não, mas já não vejo o filme há coisa de 3 anos...), deixando-me deliciado só por recordar mentalmente alguns dos seus grandes momentos. E de modos que ultimamente tenho-me dedicado a vasculhar no youtube cenas do filme, enquanto não vou à FNAC comprar a edição em DVD. Está decidido, vou comprar. É crime não ter comigo o filme.
Exterminador Implacável 2 é daqueles filmes que podemos considerar como o filme perfeito! Já lá vão 16 anos, mas quantos que se seguiram conseguiram deixar o espectador sem fôlego (nas cenas de perseguição), preso à narrativa (tendo hoje decoradas as falas) e a vibrar com os momentos de grande intensidade dramática??? T-2 consegue-o, de uma forma plena, e hoje figura, por mérito próprio, na galeria de filmes de culto.
Penso que a maior qualidade do filme reside na interpretação física, algo que parece fácil, mas não é. Arnold Schwarznegger teve finalmente um filme à sua medida, em que fizeram do handicap que é o seu sotaque pronunciado uma virtude; deu o estilo físico natural e apropriado que se impunha a um robot; e conquistou a empatia do público na figura do protector, abandonando um bocado a imagem do sanguinário que perpassava em alguns dos seus filmes. Não que em T-2 não o seja, só que desta feita é diferente. Pelo menos sentimo-lo assim.
No entanto, a grande representação de Arnold deve-se, igualmente, à genial representação de Robert Patrick, o T-1000, terminator rival, que tem um ar malévolo, e muitos actores depois, não vejo de facto mais ninguém que pudesse contracenar com Schwarzenegger, à altura deste. Também ele tem momentos cénicos muito intensos, fazendo o coração sobressaltar porque não havia raio de ele se ferir, e ele era muito, muito mau. Um dos piores vilões da história do cinema, sem dúvida.
Por fim, Linda Hamilton e Edward Furlong, nos papéis de Sarah Connor e John Connor, respectivamente. Linda no papel da mãe maníaca, depressiva e protectora, que se revela uma heroína fora do tradicional. Grande papel! E Edward, no papel do protegido, um miúdo que dava os primeiros passos no cinema, e logo com um papel daqueles, com tanta exigência e responsabilidade. Convenceu, e conseguiu imprimir um estilo próprio, e é realmente engraçado que o líder da resistência fosse alguém em cuja adolescência era um rebelde, pequeno meliante.
James Cameron foi o mestre perfeito para realizar o filme. Soube apanhar o melhor das cenas, sobretudo as de maior intensidade dramática. Este é um filme em que por diversas vezes as imagens valeram mais do que 100o palavras, e não fosse um realizador competente que respirasse o filme e soubesse o que queria deste, e talvez T-2 saísse uns furos abaixo do que saiu.
Outra das gratas recordações do filme são as frases inesquecíves, na acção certa, à hora certa. "No problemo", "I need a vacation", "Hasta la vista...baby!", "I`ll be back", etc, etc.
A cena de perseguição, que partilho convosco, longa e intensa, é das mais maravilhosas e fantásticas que se fizeram em cinema. Imagens visuais que perdurarão para todo o sempre, como o camião a saltar da ponte, ou o salto da moto. Incrível mesmo.
A cena de perseguição, que partilho convosco, longa e intensa, é das mais maravilhosas e fantásticas que se fizeram em cinema. Imagens visuais que perdurarão para todo o sempre, como o camião a saltar da ponte, ou o salto da moto. Incrível mesmo.
Também a cena final é angustiante, perturbadora, magnificadora e depois dramática, quando o Exterminador tem que ser, igualmente, destruído. Houve quem soltasse lágrimas e é compreensível. Desde o início que nos agarramos à personagem de Arnold e vemos nele o Anjo protector que gostaríamos de ter. Logo, a sua sorte é também a nossa sorte. Fico arrepiado sempre que a vejo, mas a cena final, em que já quase derretido na lava, ergue o polegar, é não menos arrepiante. Se as lágrimas estavam ao canto do olho de muitos que viram o filme, então nesse momento, em boa parte deles devem ter saltado para fora.
Não chorei, mas agora que o revejo, ainda que às fatias, ao fim de um bom par de anos, comovo-me com o interminável número de cenas que me levaram a Amar este filme e a considerá-lo um dos filmes da minha vida.
Esta cena é mesmo de cortar a respiração.....
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