De país de conquistadores, descobridores e mareantes, passamos a ser um país de oráculos, onde toda a gente opina sobre tudo e toda a gente tem direito de antena. É claro que o maior oráculo de todos, o professor Marcelo tem a sua rubrica em horário nobre e em 30 minutos consegue resolver todos os problemas do pais sem recorrer a bola de cristal, incrível… Mas de tolo e louco todos temos um pouco, portanto deixemos o homem, ele já foi político, é professor… Ainda consegue ter uma réstia de credibilidade.
Mas gostava de falar de um oráculo, mais pequeno, que à falta de bola de cristal e de cartas de tarot vai lançando também umas achegas. Falo de Miguel Sousa Tavares, um advogado que nunca vi exercer advocacia, um escritor (dizem que bom, não li ainda o livro) que não se livra da fama de plágio, um portista sempre contra o sistema e também um opinante. Mas que senhor opinante. Não entendo, toda a gente fala sobre TGV, sobre OTA, sobre obras públicas, mas nenhum deles é engenheiro Civil, ou de outra engenharia. Onde andam esses? Se calhar esses andam a estudar para ver a melhor solução, enquanto gajos que se calhar não percebem patavina mandam uns bitaites sobre: deve ser na OTA, deve ser em Alcochete. Já chega!!! Agora o LNEC também já é posto em causa por ser do Estado??? Caramba, se é do Estado é porque não é credível, se o Estado entrega as coisas nas mãos de externos é porque se gasta imenso dinheiro e é só para alimentar interesses particulares. Ai Mário Lino, se estivesses caladinho quando devias… Presidente Cavaco tu é que fazes bem, espera para ver…
É difícil ser português!!!
“Ai Portugal Portugal
De que é que estás à espera
tens o pé numa galera outro no fundo do mar
Ai Portugal Portugal
Enquanto ficares à espera
ninguém te vem ajudar"
1 comentário:
Fazes mal em nunca ter lido um livro dele, ok, é verdade que não há muita variedade, mas o Equador é livraço, e tou muito expectante quanto a este novo. Quanto ao plágio, não se provou que o fosse. Aliás, sob a capa do anonimato é muito fácil fazerem-se acusações dessas. Quando se tem a certeza, não há porque temer. Já dizia o outro, com a verdade não temo nem ofendo, ahah...
Concordo quando referes que há um bocado a mania de cada português ter um engenheiro dentro de si, mas esta questão da OTA está muito para além das questões meramente de engenharia. É uma decisão política, e os interesses são fortíssimos, por isso é natural que se procure condicionar a actuação do LNEC. Tanto de um lado, como de outro. Mas realmente, é acertada a posição do Mr. President. Aguardar para ver.
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