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sábado, maio 07, 2011

Do céu para o inferno

Quando Jesus se apresentou pela primeira vez como treinador do Benfica e disse que ia pôr a equipa a jogar o dobro e conquistar a Liga para o clube, muita gente duvidou, mas a verdade é que o treinador, que masca chiclete com a boca aberta, e assassina a língua portuguesa de cada vez que fala para o microfone, pôs o Benfica a jogar como há muitos anos não se via, conquistando com todo o mérito esse título.

Jesus era idolatrado na Luz, o Salvador que recuperara a mística perdida no tempo do Glorioso SLB.

Talvez embandeirado por tudo isso, Jesus colocou a fasquia mais alta para esta época: no arránque da pré-temporada disse que o Benfica estava a jogar muito mais do que na mesma altura no ano passado e logo no 1º jogo oficial é despachado pelo FCP; na Champions disse que sonhava conquistar a prova, e não conseguiu passar da fase de grupos, tendo obtido resultados decepcionantes, de que a 1ª vitória de uma equipa israelita na competição à sua custa, foi a cereja em cima desse bolo cheio de humilhações e constrangimentos; na Liga começou mal, muito à custa de Roberto, o guarda-redes que custou 8,5M, dando barretes monumentais que levaram a massa adepta benfiquista a perder a cabeça. Mas Jesus segurou o seu redes. A 8 pontos de distância do Porto, disse que eram afinal 5, porque já dava de barato ganhar aos dragões na Luz, mas aconteceu o contrário, com humilhação maior de esse ser precisamente o jogo que consagrou o Porto como campeão nacional; na taça de Portugal foi novamente humilhado em casa pelo Porto que conseguiu virar uma desvantagem de 2-0; e mais recentemente, perdeu oportunidade única de recolocar o Benfica na final das provas europeias, perdendo contra o Braga de Domingos, o tal clube cuja equipa dizia ser o seu "pai", mas sempre que lá foi...perdeu!

Foram demasiados erros, demasiadas derrotas nos momentos decisivos, que neste momento colocam em causa tudo de bom que Jesus conquistou para o Benfica. A franja de adeptos que pedem a sua cabeça aumentou consideravelmente nas últimas semanas, e Jesus revive os tormentos porque passou no início da época.

O futebol é mesmo assim. Um pouco mais de humildade, menos bazófia, muito menos soberba, e Jesus talvez conseguisse ter uma 2ª época positiva. Mas nada disso aconteceu. E tudo de mal lhe está a acontecer.

De bestial a besta. O trajecto de Jorge Jesus, no espaço de 2 anos, dá que pensar...

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