O actual e ex-Presidentes da República fizeram apelo para que nas próximas eleições do dia 5 de Junho saia uma maioria ampla, que congregue os partidos do arco governativo.
A generalidade dos comentadores idem aspas.
Mas a verdade, é que tirando os casos perdidos de B.E. e PCP, nem PSD nem CDS estão disponíveis para fazer governo com o PS que tenha Sócrates na sua liderança.
As sondagens não são animadoras para os intentos do centro-direito. Muito provavelmente, vão ter mesmo que contar com Sócrates.
Este extremar de posições só pode resultar num arriscar todas as cartas neste jogo eleitoral e esperar que, pelo dramatismo colocado, os portugueses não ousem dar a Sócrates a mínima chance de ter uma palavra a dizer no futuro governo.
Eu compreendo a surpresa/choque que vai pelas hostes populares e sociais-democratas: como é possível que quem nos trouxe até esta situação continue bem colocado nas sondagens?
Várias podem ser as razões apontadas. O PSD não ter querido fazer uma coligação pré-eleitoral com o CDS, Passos Coelho trocar-se todo nalgumas declarações públicas, etc. Enfim, alguns tiros nos pés que deram um novo alento ao primeiro-ministro demissionário.
Muita água ainda vai passar por debaixo da ponte, mas neste ponto do campeonato, que PSD nem CDS se venham queixar. Partiram para a corrida bem colocados mas erros inadmissíveis estão a dar uma folga inesperada a quem, supostamente, deveria sair derrotado das eleições.
A política, realmente, tem muito que se lhe diga....
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