E ao 5º dia de campanha oficial...

Chegou o aborto.

Não, não abortaram a campanha para sanidade mental dos portugueses, fartos deste cuspir de acusações e vómito de ladainhas repetidas. Refiro-me mesmo à questão fracturante do "aborto".

Em entrevista à Renascença, Pedro Passos Coelho admitiu rever a Lei, falando mesmo em voltar a fazer novo referendo.

Os partidos de esquerda, como era de esperar, surgiram logo muito indignados e ofendidos, que isto é um retrocesso, o País a andar para trás, etc, etc.

Não deixa de ser curioso que retrocesso para essa gente, incluindo a sra. ministra da saúde, é reavaliar a lei, e não discutir a sua aplicação prática, em que por ano´, mulheres abortam 2 ou 3 vezes, como se o aborto fosse um método contraceptivo. Já muita gente que defendeu a Lei, tem chamado a atenção para esse facto. Mas os políticos, como é sabido, andam sempre noutro plano.

Não sei se foi certeiro terem trazido o tema à baila.

Da mesma forma que quando fizeram há 2 anos do "casamento gay" questão prioritária na agenda, quando os problemas do País eram bem mais importantes, também agora me parece que este não é o "momento" para fazer do assunto questão central de campanha, embora não tenha dúvidas de que tem que ser discutido na próxima legislatura.

Um tiro no pé para Passos Coelho? Os próximos dias o dirão. Mas que foi um bom pretexto para a esquerda radical vir agora lançar os demónios do costume lá isso foi.