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sábado, dezembro 30, 2006

O fim do vilão

Todos as gerações têm os seus vilões predilectos, em carne e osso. Fidel, Pinochet, Hitler, Estaline, etc...Para a minha geração, o primeiro grande vilão, e talvez o mais marcante, foi sem dúvida Saddam Hussein. Ainda me lembro de numa manhã qualquer, era miúdo, andava na primária, a minha avó acordar-me e contar-me que nessa madrugada começara a Guerra no Iraque.
Nos anos que se seguiram, Saddam continuou a ser aquele mito..Depois dele, vieram Bin Laden, para alguns Bush, etc, mas para mim, nunca nenhum deles terá aquela mítica que eu sempre associei ao Saddam.
Ora bem, hoje com a notícia da execução do Saddam, não pude deixar de sentir um misto de tristeza e nostalgia. Tristeza porque acho que a pena de morte não é pena justa nem humana para alguém expiar os seus crimes. Acho que seria bem mais penoso para o Saddam passar o resto da sua vida confinado a um pequeno espaço, sem comodidades de qualquer espécie, do que ser executado e ter-se arvorado em mártir. Nostalgia, porque morrendo Saddam, morre uma parte da recordação da minha infância, que era o Saddam, aquele grande tirano a quem todos desejavam pôr as mãos em cima, e sobre quem grandes comediantes fizeram magníficas piadas. Enfim, é a viding...
Adenda: As imagens da quase-execução, só faltando mesmo o momento da execução, são de uma falta de pudor gritante. Não havia necessidade deste voyeurismo todo, e onde anda a ética dos editores quando põem estas cenas nos telejornais, ocasiões em que famílias estão reunidas à mesa??

1 comentário:

Anónimo disse...

Grande post...