Na semana passada foi assim.
Amanhã espera-se um ambiente ainda mais agressivo.
O futebol não vive apenas dos golos e das fintas, mas também das paixões exarcebadas pelos ídolos. E dos ódios exarcebados também.
Simão foi um ídolo em Alvalade. Produto da nossa academia, era a jóia da coroa mais recente, depois de Figo. No entanto, como passávamos por um período financeiro grave, teve que se vender o anel. Custou.
2 anos depois, e sem ter conseguido singrar em Barcelona, o clube pôs Simão à venda. Benfica adiantou-se. O Sporting tinha uma cláusula de preferência, que supostamente Simão e o Barça não terão respeitado. Pessoalmente, quer-me parecer que o Sporting não tinha dinheiro para cobrir a oferta, pelo que não havia nada a fazer. É assim a vida.
Simão tornou-se a referência maior do Benfica, o que também custou bastante a engolir. Mas a vida de profissional de futebol é assim mesmo. O Quaresma também foi ídolo no Porto. No entanto, entre os 2 há uma grande diferença.
Enquanto Quaresma falou sempre com carinho do Sporting e nunca hostilizou o clube que o formou, já Simão teve uma série de declarações infelizes que tocaram no orgulho dos adeptos, e no carinho que estes tinham por ele. A partir desse momento, Simão passou a ser pessoa non-grata em Alvalade.
Amanhã todos os insultos vão para Simão. Normalmente, o Sporting costuma dar-se mal com essas provocações. É bem capaz de Simão marcar 1 golito e eliminar-nos da Liga Europa.
Pessoalmente, não aprecio que os apupos resvalem para insultos inqualificáveis. Mas será difícil de evitar que isso aconteça em Alvalade. Não irei tomar parte deles. Mas futebol é futebol, e espero que o Simão tenha uma noite em Alvalade como o Figo teve da primeira vez que foi jogar a Barcelona com a camisola do Real.
Sem comentários:
Enviar um comentário