Amigo dizia-me hoje ao almoço que Passos Coelho dificilmente resistirá à tentação de querer provocar eleições antecipadas, porque não pode correr o risco de ficar líder da oposição a prazo, sendo, durante esse período, o alvo a abater da oposição interna, com o desgaste que isso, inevitavelmente, acarreterá.
Passos Coelho nas várias entrevistas e debates feitos tem repetido e reforçado a mensagem de que não está interessado em provocar eleições, defendendo que o Governo deve continuar a governar até o País dar um sinal contrário.
A mensagem é a correcta. O País não deve ir já para eleições. Mas o risco salta à vista. Passos Coelho sabe bem que a partir do dia 26 pode-lhe muito bem acontecer aquilo que andou a fazer a Manuela Ferreira Leite durante o último ano e meio: ataques enviesados ou directos que visarão o desgaste da sua liderança.
E se isso vier a acontecer, Passos Coelho não poderá exigir aos outros aquilo que não quis fazer quando tinha obrigação e dever para tal.
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