Bem, lá vamos nós (re)começar com o uma espécie...Agora é que vai ser! Mas uma espécie de quê? Nem eu sei, mas parece que é uma espécie de porra nenhuma...Um blog onde nada fica por dizer!
segunda-feira, agosto 31, 2009
Cuidado com eles... Ou não...
Mas questões à parte, o benfica merceu ganhar, mas a diferença foi grande para o que se constuma assistir no futebol português. Espero que os benfiquistas não fiquem demasiado excitados com este resultado, porque a procissão ainda vai no adro.
Abraço a todos.
Indecisão 2009
domingo, agosto 30, 2009
Prof. Dr. Manuel Barros
A sala encheu para ouvir um dos mais prestigiados Esposendenses do meio Académico e um dos principais estudiosos das redes de fibra óptica do nosso país.
A sua vida profissional pautou-se sempre por uma humildade enorme, apesar de o mesmo ter um curriculum invejável; atingindo o grau de Prof. catedrático da Faculdade de Ciências do Porto, fazendo parte do conselho cientifíco da mesma, tendo estudado no University College em Londres e tendo sido Presidente do Instituto Geofísico de Portugal.
Esposende deve-se orgulhar de gente da terra, que elevou bem alto o seu nome.
Quem conhece o Prof. Manuel Barros sabe que este é uma pessoa que sempre viveu junto dos seus e da sua terra, que é uma pessoa com uma generosidade inigualavél e de um desprendimento total. Quem nunca o viu a passear pelas ruas da nossa cidade de bicicleta com o seu cesto de palha na traseira da bicicleta?
Foi uma aula sem dúvida bastante interessante, em que a componente de despedida pouco foi notada pelo optimismo que o Prof. transmite e pela pedagogia que certamente sempre aplicou.
O "elogio da preguiça", que este dizia ser o primeiro passo para o avanço da humanidade, até a pergunta sobre "para que serve a física?", toda a aula foi sublime. Pena tenho de não ter sido seu aluno, porque certamente teria sido uma experiência enriquecedora.
Mas afinal "para que serve a física?"... A ele serviu para ganhar a vida, como foi dito pelo próprio.
Bem haja Prof. Manuel Barros e que nos possa ainda ensinar por muitos e longos anos.
Ver mais
sexta-feira, agosto 28, 2009
Xau aí!
Wiiiiiii!
Na passada quarta-feira fomos ver para sua casa o Fiorentina-Sporting. O resultado foi o que já se sabe, um amargo de boca, depois de uma belíssima primeira parte, em que no final ficou a clara sensação de termos sido superiores aos italianos no conjunto dos 2 jogos.
Mas mal de mim se a noite ficasse comprometida por causa de um jogo de futebol. O Sporting já anda mal há muito tempo e anda, por isso...
quinta-feira, agosto 27, 2009
Um contratempo inesperado
Já se sabe que a elaboração das listas para as autárquicas é sempre um grande quebra-cabeças para quem tem a tarefa de as realizar, uma vez que há muita gente para agradar e os lugares disponíveis não são suficientes. Para piorar, o sistema de cotas que obriga a colocar nas listas uma mulher por cada 3 lugares, veio complicar as contas. Por um lado, porque não há mulheres suficientes na vida política activa, tornando o recrutamento difícil; por outro lado, porque tal critério obriga a preterir candidatos homens válidos e dedicados ao partido, criando algumas indigestões.
Dito isto, não constitui nenhuma supresa o facto de a ter que se excluir algum sector/facção esta tenha recaído sobre a juventude partidária, afinal, o elo mais fraco no que toca a compor listas. Porque os jotas são por norma os mais disciplinadamente obedientes ao Partido, logo os menos prováveis para levantar ondas em caso de desagrado.
Mas assim não sucedeu no caso da JSD Esposende e João Paulo Torres optou pela via mais radical, demitindo-se do cargo, a pouco mais de 1 mês das eleições, e denunciando publicamente a relação de João Cepa com a juventude do seu partido.
Terá sido a melhor opção?
Tenho sérias dúvidas. Basta pensar no caso das listas do PSD para as legislativas, em que várias distritais, como Vila Real, Lisboa ou Setúbal, mostraram o seu descontentamento público com os nomes escolhidos, ameaçaram demissões, mas no final acabaram todos por se manter no Partido em nome da unidade do mesmo, e visando o grande combate político que se avizinha, o qual propõe-se a repor o Partido no Governo.
João Paulo Torres terá meditado muito bem sobre as consequências do seu gesto político. Porque pôs em cheque público o desagrado para com a estrutura do Partido, nomeadamente o seu líder e candidato à Câmara, ao mesmo tempo que deu um valioso argumento político aos adversários de Cepa, o Presidente que supostamente se diz amigo dos jovens, a quem dá prioridade máxima, mas, pelos vistos, não promove a renovação geracional necessária e ideal nas equipas camarárias.
Não foi o melhor gesto de solidariedade política em tempos de grandes combates políticos, e o melhor mesmo talvez fosse aguardar pelas eleições e só então depois exigir contas aos que proclamaram apostar na juventude mas fizeram exactamente o seu contrário aquando da elaboração das listas.
Por outras palavras, ainda que a manifestação pública de descontentamento mais eficaz da JSD fosse a demissão do seu Presidente ainda antes das eleições, julgo que os seus efeitos no futuro serão contraproducentes. Por um lado, porque a JSD com esta atitude não resolveu a questão de fundo que é a inclusão dos jovens nas listas autárquicas. Por outro lado, porque prestou grande falta de solidariedade política para com o candidato do Partido, numa altura em que a união é imperativa, caucionando hipoteticamente o futuro da próxima liderança jota junto da liderança concelhia, pois nenhum Presidente por certo irá incluir os jovens movido pela chantagem destes.
Mas numa coisa o caso de João Paulo Torres tem mérito. O facto de nos consciencializar para a ainda escassa participação política activa dos jovens nos partidos concelhios, e nas suas listas aquando das eleições. Não é por certo um problema exclusivamente local, mas que deverá merecer maior atenção no futuro disso não tenho dúvidas.
Inauguração...a 2 tempos!
Há horas felizes
domingo, agosto 23, 2009
Enquanto isso, em Alvalade...
Tenho para mim que Fiorentina e Académica serão decisivas para a manutenção do Paulo Bento. Ou vitória nos 2 confrontos, ou então chicotada psicológica.
Xutos & Pontapés
terça-feira, agosto 18, 2009
Férias
Notas futebolísticas
sábado, agosto 15, 2009
A jornada a Dublin
O balanço....magnificent!
E valeu muito, muito, muito a pena!
Foram 2 concertos fantásticos, em que pude ouvir músicas que tanto queria ouvir e que fazem parte da banda sonora da minha vida desde sempre! Stuck in a moment, Desire, Mysterious Ways, Bad, Walk On, Until the End of the world…como poderei esquecer-vos? A banda esteve em grande forma, com a voz do Bono em grande nível.
A atmosfera no Croke Park também será inesquecível, com a peregrinação que foi de fãs de U2 vindos de toda a parte do mundo.
Há um antes e um pós Croke Park. Não tenho dúvidas que os melhores concertos da minha vida que assisti/assisitirei de U2 foram na Irlanda, na sua terra pátria! Os jornais, a banda, bem tinham razão quando disseram que o melhor sítio do mundo para ver os U2 ao vivo é Dublin!
Estou muito orgulhoso por ter conseguido concretizar esse grande objectivo de toda uma vida, e quero agradecer do fundo do coração ao Zé Paulo e à Leonor por terem embarcado comigo nesta jornada que mal o avião levantou voo já se sabia que seria inesquecível!
Foram dois companheiros de viagem e concerto fantásticos, os melhores que poderia levar comigo, e estou certo que outra viagem em conjunto se seguirá no futuro, porque férias passadas com estes 2 são memoráveis!
E especial se tornou ir com estes dois, ou não fosse o Zé Paulo o grande responsável por me ter dado a conhecer U2, e a Leonor ter feito a sua estreia de concertos de U2, logo na terra deles, ela que de há longos anos para cá gosta muito da banda, e ficou muito entusiasmada com este concerto!
Até lá, vemo-nos em 2010 em Alvalade ou noutro spot qualquer, para o concerto dos U2 em Portugal! J
Uma penúltima palavra para dizer que gostei muito de Dublin, uma cidade que figura no nosso imaginário desde sempre, e que me conquistou pela sua simplicidade, riqueza, poesia, e atmosfera! Quero lá voltar!
E também fazer a tal viagem pela Irlanda toda, como fez a minha amiga Inês Nogueira, e que voltou de lá super-encantada.
Por fim, quero dedicar a música que se segue, na expressão máxima de todos os grandes momentos que vivi em Dublin, muito em particular os do Croke Park, à Elena!
O aeroporto
Como o avião partia às 7h da manhã, achámos não se justificar pagar mais uma noite no hotel para dormir poucas horas.
A ideia seria andar pelos pubs de Dublin até se fazer hora para ir para o aeroporto. Está bom de ver que não fizemos nada disso.
E não fizemos, porque 3 dias de passeios e concertos acumulados nas pernas fizeram sentir-se e muito.
Não havia forças para fazer noitada nos pubs e então decidimos ir logo para o aeroporto onde ficaríamos a descansar por lá.
Infelizmente quando chegámos, os bons spots para dormir já estavam ocupados. Acabámos por fazer camas improvisadas no McDonalds, mas a afluência de consumidores nunca parava e então nunca deu para dormir direito.
Associado a isso, a partir das 4h da manhã, começaram a dizer às pessoas para ocuparem apenas uma cadeira, pelo que as nossas camas improvisadas foram à vida.
Ficámos 1h a queimar tempo até que às 5h fomos para o check-in, e depois queimaríamos o resto do tempo no duty free.
Ter feito directa no aeroporto foi doloroso, sobretudo porque este não reunia as condições mínimas indispensáveis para uma pessoa descansar direito.
Mas, como gritava com razão um garda a um passageiro que teimava em não sair do lugar “se quer ficar a dormir então vai para um hotel”!
7h da manhã, caía chuva miudinha em Dublin, nevoeiro, e foi com estas condições atmosféricas que parti para Lisboa.
A aterragem em Lisboa, de dia, é um prazer inolvidável! Recomendo vivamente, que a vista sobre a cidade lá do alto é magnífica, sendo fácil identificar alguns dos seus lugares de encanto.
Os concertos
A primeira noite ia sozinho, que o meu primo e a Leonor só queriam ir a um concerto, tendo optado pelo 2º.
No entanto, havia os bilhetes do Felgueiras para vender e então fomos os 3 rumo ao Croke Park. O Zé e a Leonor ficariam a tentar vender os bilhetes e a não serem apanhados pela Garda!
GA standing, o mesmo é dizer, relvado, era o local para assistir aos concertos. No entanto, e já não bastava os kms acumulados nas pernas ao longo dos passeios por Dublin, e ainda tive que dar volta enorme ao estádio todo para entrar na porta que dava acesso ao relvado. Assim estava determinado pela organização e assim fui em romaria até à minha entrada no estádio.
Sobre os concertos de aquecimento, nada a reter. Todos fraquinhos. Os Kaiser Chiefs ainda foram menos maus, mas não causaram o mesmo entusiasmo que aquando da Vertigo Tour ou mesmo do concerto que vi deles em Janeiro no Porto. Afinal, este seria o meu 4º concerto de Kaiser e estou naquela fase em que tenho que fazer um intervalo da banda. Ainda assim, tocaram os hits e ajudaram a queimar muito tempo.
Sobre os concertos dos U2, seguem-se os momentos altos:
Kingdom – é o tema de entrada, de autoria dos U2. Um tema diferente do que eles têm composto e muito, muito interessante. Cria uma dinâmica em crescendo de emoção, pela aproximação rápida da banda. Pensava no quão seria difícil os U2 arranjarem outro tema tão grandioso de entrada como a Wake Up dos Árcade Fire, mas este Kingdom tirou-me as dúvidas todas! Ainda por cima, aparece logo a seguir ao Space Oddity do David Bowie, uma parelha fantástica.
No Line on the horizon – o primeiro grande momento da noite, de comunhão com o público. Um tema bem rockeiro, com muitos oh-ohs para serem cantados e não desiludiu. Quando a música começa a abrir precisamente nos oh-ohs o “everyyyyyboooodyyyy” da primeira noite e o “crooookeeee paaaaaarrrkkkkk” da segunda levaram o estádio abaixo e soube bem como tudo gritar com todo o coração e alma! É um tema brutal!
Get on your boots – como single nunca entusiasmou, sendo até a primeira pedra por onde pegam muitos desiludidos com o último disco. Mas ao vivo transfigura-se. O the future needs a big kiss a meias com o hino da Europa dá um início vigorante que depois com os primeiros acordes do Edge conquista toda a gente e é ver o estádio todo a pular. É um óptimo tema ao vivo, e foi muito saboroso nas duas noites.
Beautiful Day – com intro diferente, a apelar a sons médio-orientais, e depois a guitarrinha do Edge, lindo, lindo, lindo! Foi outro tema alto da noite! Na primeira noite teve direito a snippet da Blackbird (tão linda!) e na segunda foi como em Alvalade, a Here comes the Sun (que saudades de Lisboa!).
Mysterious Ways – se na noite anterior Until the End of The world já tinha dado o mote nos temas que “sempre quisera ouvir”, mysterious abriu o mote nesta 2ª noite. Dedicado a Sinnead O’ Connor, foi igual a si próprio (isto é, como surge nas edições em DVD), com direito a menina em palco e tudo! It’s allright, It’s allright, It’s allright que fantástico soube cantar a plenos pulmões estes versos!
Angel of Harlem – Outro tema que ao vivo supera 150% a versão em estúdio. Igualmente cantado a meias com o público, teve no final ainda direito a snippet de Don’t stop till you get enough de Michael Jackson. Outro momento alto da noite!
Still haven’t found – com início diferente, desta feita com os 4 a tocarem logo de início, é um tema que não pode falhar de qualquer setlist dos U2. Tal como a One da noite anterior, que tinha sido bem melhor que em Alvalade, também no dia 25 a still haven’t found foi muito melhor que a versão tocada em Alvalade. E, mais uma vez, o público a puxar da garganta. 80,000 em coro, foi arrepiante!
In a little while – dos melhores temas de ATYCLB, não esperava nada ouvi-la ao vivo. Foi muito boa, adorei! É um tema que me dá sempre imenso prazer tocar na garagem do 26, e ouvi-la no Croke Park deu mais ainda. Ou não fossem os autores originais da canção que estavam a tocá-la diante de mim!
Desire/Stuck in a moment – o set acústico da noite e logo duas das minhas músicas preferidas de sempre da discografia da banda! A desire foi cantada a meias com o público (arrepiante) e a stuck teve o Edge a puxar dos galões na parte que lhe competia. Uma coisa é ver estes temas repetidas vezes em dvd, mas quando tamos lá ao vivo é um impacto que não tem explicação. Nem o melhor dos dvds consegue repetir essa experiência. Nem 20m de concerto tinham passado, e os U2 já tinham mostrado porque são eles a maior banda do mundo. Estavam em grande!
The auld triangle/One – o momento que confirmou porque é que é imperativo ver os U2 na Irlanda, porque é que não há concerto igual a um dos U2 em Dublin. Um tema dedicado ao Ronnie Drew, figura mítica da música tradicional irlandesa, e o Bono depois a agradecer aos visitantes que vêm de todo o mundo para ver os U2 “because they know that the best place to see U2 live is right here! Best place in the world!” .
A One não tinha impressionado em Alvalade, não impressionou muito na segunda noite (porque tanto num como noutro caso foi tocada já para o fim), mas neste caso, tocada assim logo de início, sem discurso de 5m do Bono, deu-lhe outro encanto especial, que ajudado pela voz em boa forma do Bono fez-me voltar a apaixonar de novo pela One e cantar o “do you hear us come lord” com um vigor como só cantava no dvd da Popmart. Amei o momento!
Until the End of the World – logo a seguir à One, um dos temas por que esperei toda a vida! Entrei em histerismo! É a par da Bad e da Streets o melhor tema ao vivo dos U2! Brutal! Cantei, saltei ao mesmo compasso que o Bono, enquanto este agitava a bandeira da Irlanda, saltei que me fartei, a Until é um tema do caraças! Muito bom mesmo!
Unknown Caller – se para o dia 24 os jornais anunciavam “heavy showers” o mesmo é dizer chuva forte e da grossa, mas no final não choveu, para o dia 25 as previsões eram de bom tempo, mas a verdade é que durante o concerto começou a chover..e forte, obrigando até o Larry a tocar debaixo de um guarda-chuva engraçado. Valeu o impermeável e capuz que tinha levado e que grande jeito me deu na estadia em Dublin.
Unknown Caller é uma música que me diz muito, a par da Moment of Surrender. E não desiludiu! Foi um dos melhores momentos de sempre que assisti dos U2 ao vivo. Porque a meio começou a chover forte e o Bono no fim a cantar “oh-ooh-oh, oh-ooh-oh, Let it rain, cause we don`t care, Croke Park…so punch it in”. Brutal! Depois tem um solo do Edge que foi uma ma-ra-vi-lha, e os “oh-oohs” são qualquer coisa! Foi, aliás, isso que me fez apaixonar à primeira pela música, ainda circulava uma versão manhosa gravada à porta da casa de praia do Bono em Nice, e que era intervalada pelo barulho das ondas a rebentarem em força.
The unforgettable fire – tema mítico dos anos 80, do álbum com o mesmo nome, e que os U2 já não tocavam aí há uns 20 anos. Foi especial e gostei muito de testemunhar o seu regresso à Irlanda. O Edge no piano continua a rular!
City of Blinding Lights/Vertigo – Os únicos representantes da Vertigo Tour nesta Tour. São 2 temas emblemáticos e de que gosto muito. Eu e as 80,000 pessoas no Croke Park, que toda a gente vibrou. A Vertigo está com um início ainda mais arrojado, com a guitarra do Edge a rular forte. Muito bom. A City soube bem, sobretudo na 2ª noite em que na parte do “time” o Bono canta “time…for Portugal”, a olhar fixamente para uns fãs portugueses na elipse que mostravam a bom mostrar a bandeira e cachecóis lusitanos! Foi tão bom ouvir Portugal no Croke Park! Magnificent!
Crazy tonight – Senhoras e senhores, permitam-me que vos diga, mas este tema, a par da Bad, foi o tema nº 1 das noites dos concertos! Uma versão remix de todo inesperada, com a banda à volta da elipse, o Larry a tocar djambé, o Edge a saltar e gritar “go crazy tonight”, o estádio virou discoteca e era toda a gente ao rubro, sobretudo os U2. Notava-se que eles tavam a adorar este pequeno momento, diferente de todos os outros do concerto. É o tema que mais oiço das versões piratas, e nunca me farto de ver os vídeos do youtube. Legendary!
MLK/Walk On – Outros dois temas míticos da discografia dos U2, sendo Walk On a minha música preferida de ATYCLB e uma das favoritas da discografia da banda. Saber que a tinham recuperado para esta Tour foi notícia fantástica, e as suas interpretações ao vivo não desmereceram a elevada expectativa. É certo que não teve os “hallelujahs” que terminavam a Elevation Tour, mas o momento político associado, nomeadamente o tributo a Ann SAn Su Kii, com dezenas de pessoas envergando a máscara da líder birmanesa a entrarem no placo e porem-se diante do público todo, foi um momento marcante e de grande simbolismo.
Musicalmente falando, MLK e Walk On estiveram irrepreensíveis. Foi de facto muito bom ouvi-las ao vivo, pela primeira vez! Outro propósito de sempre cumprido!
Bad – Em Alvalade, na Vertigo Tour, tinha nomeado Where the streets have no name como o melhor tema da noite, e o melhor tema ao vivo dos U2.
Hoje, passados 4 anos, mantenho a eleição da Streets, mas perigosamente encostada ao 1º lugar está a Bad, para mim, o melhor tema tocado no Croke Park.
É um tema muito especial na discografia dos U2, e assim que começaram a ecoar os seus acordes e a 40 foi momento apoteótico no estádio. É uma música que pede muito à voz do Bono e que ele nem sempre esteve à altura nos últimos anos. Mas nesta noite, e porque era em casa que estávamos, a música saiu cristalina da sua voz. Os “wide aways” foram arrepiantes! E se a isso juntarmos o snippet do “fool to cry” dos Rolling stones e a 40 novamente, então temos uma Bad servida na perfeição! Melhor era impossível!
Como era o dia de anos do John Felgueiras, e sabendo ser essa a música mais desejada por si para ouvir num concerto dos U2, ainda que não estivesse presente fisicamente, e não pudesse ir ter com a Bad, foi a Bad ter com ele, e tive muito gosto nisso! Parabéns John!
Ultraviolet – Das minhas músicas preferidas do acthung baby e dos concertos ao vivo dos U2! Estava mesmo expectante por a ouvir ao vivo e não saí desiludido! O casaco brilhante do Bono e o seu micro em espécie de volante deram o toque especial a um tema que infelizmente os U2 deixaram na gaveta durante tanto e tanto tempo, mas que quando pegam nele prova ser um dos temas mais fortes da banda ao vivo, e a confirmar ser um dos cartões de visita do melhor disco da carreira da banda!
With or without you – Um tema clássico que nunca perde qualidade com a passagem dos anos! Cada vez mais entoado em conjunto com o público, era difícil saber onde acabava o Bono a cantar e começava o público! Todo o Croke Park cantou em uníssono! Foi fantástico!
Para mim teve o condão especial de ser a música dos U2 preferida da Elena! E, como não poderia deixar de ser, estabeleceu-se uma ligação directa do Croke Park para a Rua da Visconda para também mais uma fã se associar à entoação dos versos da With or Without You.
Moment of Surrender – o tema que fecha a 360º Tour. O melhor tema de No Line On the Horizon! Os U2 sempre nos habituaram a grandes finais, e este é um deles! Um tema que começa e acaba a 2 (U2 e público), ficando no final o pesar por 2h15 de concerto terem acabado num ápice! Adorei, adorei, adorei! O melhor dos 2, o da 2ª noite, indiscutivelmente! Com o público a bater palmas ao ritmo marcado por Bono, foi um momento arrepiante! Numa me canso de ouvir o tema. Os “ooh-oohs” a abrir e finais são um momento de comunhão U2-público brutal! Ficam na memória, e quando sair o concerto da Tour em dvd não terei dúvidas de que será um dos seus momentos altos.
Dublin 25
Note-se, porém, que fazer compras em Dublin não significa, necessariamente, não fazer turismo. Muito pelo contrário! A Grafton Street, zona de excelência para esvaziar a carteira, é uma rua onde afluem locais e turistas vindos de toda a parte. Com lojas para todos os gostos.
Uma coisa que achei particular piada foi o facto de haver uns chineses e indianos, no meio da rua, impávidos e serenos, com cartazes colados ao corpo. Esses cartazes mais não eram do que anúncios publicitários a bares ou loja de souvenirs. Marketing agressivo portanto!
Fizemos as últimas compritas, e depois fomos almoçar de novo ao Marks & Spencer.
Aproveitei para pôr a leitura em dia nos jornais que, invariavelmente, traziam na capa o regresso dos U2 à Irlanda, com manchetes muito positivas sobre o concerto.
Basicamente, escreviam os jornais que dada a difícil conjuntura económica que perpassa actualmente pela Irlanda, foi retemperador a actuação dos U2 para levantarem a moral do País e relembrarem ao País da sua pujança e margem de crescimento!
Findo o almoço, fomos dar um pequeno passeio para o grande jardim de St. Stephen’s Green, onde ficámos a descansar até ao concerto.
Foi o último spot que visitámos na nossa estadia, e bela e pitoresca maneira de encerrar o passeio pela Irlanda.
Dublin 24
Não havia ainda plano de passeios definido, apenas umas referências a este e aquele sítios para visitar. Em boa hora o meu primo Zé Paulo sugeriu comprarmos o bilhete do Tour Bus, que nos levaria aos principais locais emblemáticos de Dublin. A ideia era uma volta geral à cidade, para ter uma ideia, e depois faríamos segunda volta parando nos sítios que nos tivessem chamado mais a atenção.
Boa sugestão que deixo aqui para quem um dia queira visitar Dublin: por 15€, com bilhete válido por 24h, e a possibilidade de se entrar e sair do autocarro as vezes que quisermos, assim se conhece Dublin de forma organizada e não caótica.
O nosso guia era o próprio motorista! Um irlandês dos seus 90kg, bonacheirão, e com muita piada. Exemplos 2:
- No meio da O’Connel Street está erigido um pilar de 100 e tal metros em homenagem à passagem do milénio. Diz o nosso guia “bem, e temos aqui à nossa direita um pilar construído para comemorar a passagem do milénio no ano 2000 e que, à boa maneira irlandesa, acabou de ser erigido em…2003!”
- Quando passávamos pela destilaria da Jameson, diz o motorista “bem, e agora temos à nossa esquerda a destilaria da Jameson. Saindo agora na paragem são cerca de 2min a pé até lá, demorando o regresso cerca de 20m ou mais, dependendo da quantidade de whisky que beberem”.
Quanto aos sítios por onde passámos, destaco a ida ao Phoenix Park, o maior parque de cidade da Europa, onde habitam 4,000 e tal veados, e onde o Papa João Paulo II celebrou, aquando da sua última passagem pela Irlanda, uma missa para 1 milhão de pessoas! Em homenagem ergueram uma Cruz. Mítico! É no Phoenix Park que se situa a embaixada dos EUA, bem como a residência do Presidente da República, que neste caso é uma mulher!
De tarde fomos então passear para o Trinity College (universidade irlandesa), Dublin Castle e Catedral de St. Patrick. Sobre a Catedral, eram €5 a entrada. Achámos que era too much e então ficávamos apenas a vê-la por fora. Os visitantes compravam a entrada e recebiam um autocolante que era espécie de livre-trânsito. Quando nos estávamos a vir embora reparo que duas visitantes que iam embora tiraram os respectivos autocolantes e em vez de os deitarem para o chão coloram-nos numas grades que lá havia.
À boa maneira tuga fui logo tratar de retirar os autocolantes, e colocá-los em mim e na Leonor. Escusado será dizer que entrámos na boa. Depois dei o meu à Leonor para ela sair e dar ao meu primo e assim ele entrar também.
A Catedral é bonita, se bem que temos cá em Portugal igrejas melhores. Mas é um local de recolecção e foi um momento muito bem passado. E tem um jardim muito bonito onde tirámos umas fotos porreiras.
Feitas as visitas da tarde voltámos para o hotel para descansar e começar a preparar a grande noite, o motivo pelo qual fomos para Dublin: o concerto dos U2!
Dublin 23
Durante o caminho para a Portela, uma breve passagem pelo escritório do meu tio, para o meu primo ir apanhar a máquina fotográfica e registar momentos únicos para a posteridade. A minha Tia nem queria acreditar “agora é que se lembram disso? A esta hora? Isto não vai correr nada bem!”.
Chegados ao aeroporto já tínhamos a Leonor à nossa espera. Foi então andar em passo apressado para o check-in. Estávamos dentro do tempo, mas nestas coisas convinha não facilitar e despachar quanto antes.
Não demorou muito tempo a fazer a confirmação dos bilhetes e mandar as malas para o porão porque não havia…fila!
“Bem, isto deve ir pouca gente no avião” comentou o meu primo. “Não, o avião vai cheio!”, respondeu a funcionária do check in, “praticamente toda a gente já fez o check in”. Gargalhada geral.
Feito o check in fomos então queimar tempo para o duty free, e pouco depois seguimos para o autocarro, apinhado de tugas, que nos levaria até ao avião.
Entrados no avião da Aer Lingus (nada de outro mundo), foi esperar que os motores aquecessem, houvesse ordem da torre de controlo, et voila, pássaro a voar!
Um fã mais exaltado lembra-se, no preciso momento em que o avião descola, de gritar bem alto “ELEVATION!”. Umas tímidas gargalhadas apenas, mas ninguém deu grande importância ao repto. Um parvo, foi o que pensou a maioria, eu incluído.
A viagem fez-se bem, o tempo estava muito bom. Foram 2h30, por aí, que passaram rápido.
Os últimos 20m foram a melhor parte, com o avião a sobrevoar por cima do mar, mesmo com a costa verde ao lado. O primeiro impacto com a Ilha Esmeralda e a confirmação do imenso verde que embeleza a Irlanda e a torna especial por isso. Fiquei deslumbrado e invejei a minha amiga Inês, que por aquelas horas, percorria de carro os caminhos da Irlanda, numa viagem de costa a costa que um dia também quero fazer!
Outro momento alto da aterragem foi quando já sobrevoávamos Dublin, e uma passageira detecta o Croke Park e a estrutura do palco (The Claw, nick dado pela banda) que se conseguia ver lá do alto.
Era ver os fãs a encostarem-se à janela, tudo a tentar localizar o estádio, ver o pedacinho do palco. Eu consegui e fiquei emocionado! Estava prestes a pisar solo irlandês, a pátria dos meus U2!
Aterrámos, com céu cinzento, e bastante vento. O aeroporto estava bem composto por árvores, lembro-me de ter gostado desse cenário.
Do aeroporto apanhámos o Aircoach, autocarro que liga o aeroporto ao centro de Dublin. Por € 12 comprámos bilhete de ida e volta.
Paragem em O’Connel Street, rua principal de Dublin, onde turistas e locais vão desaguar.
O nosso hotel ficava em Parnell Street, uma rua perpendicular a O’Connel. Não demorámos muito a lá chegar e a fazer o check in no hotel.
Entrámos no quarto que nos era reservado (o penúltimo quarto antes dos quartos do staff. Por pouco não fomos lá parar), e ficámos agradados. Único senão era o facto de a janela dar para as traseiras, que não tinham nada de interessante para mirar.
Estávamos com fome e fomos a um snack em frente ao hotel. Hambúrguer e batatinhas fritas. Fomos atendidos por uma empregada que devia ser do leste ou Grécia, tal era a pronúncia do inglês. Mas era simpática.
Tirada a barriga de misérias fomos então começar a nossa incursão turística. Como não conhecíamos nada de Dublin, e atendendo ao facto de já passarem das 16h, tínhamos que nos decidir rápido!
A minha proposta era a “Guiness Storehouse”. Para começarmos a conhecer Dublin, nada melhor do que começar por alto, e depois a fábrica da Guiness ainda levava algum tempo a visitar, pelo que o que nos restava de dia poderia ser muito bem aproveitado na dedicação exclusiva aos domínios do senhor Arthur Guiness.
Apanhámos o LUAS, espécie de metro de superfície, em tudo igual ao do Porto, e 7 paragens depois estávamos em St. James, onde se localiza a fábrica da Guiness.
Um conjunto de edifícios imponentes, donde se destacava ao longe, o bar panorâmico no 7º andar, o tal onde se dá a provar a cerveja preta mais famosa do mundo.
Comprámos o nosso bilhete e mal entrámos demos de cara com a loja da Guiness e toda uma imensidão de canecas e t-shirts das mais variadas formas e cores, mas todas todas deslumbrantes. Lembrei-me então da minha visita ao estádio do Real Madrid e de toda a lavagem cerebral recebida durante a visita, a qual terminava na loja do clube, para perdermos a cabeça…e a carteira! Na altura não comprámos nada, porque ainda era caro. Mas aqui estávamos a falar de canecas e t-shirts, bem mais em conta, e não tivemos dúvidas de que no final da visita iríamos deixar boa parte do pé de meia na máquina registradora do Sr. Guiness.
Sobre a visita propriamente dita, a Guiness ocupa um conjunto de edifícios em propriedades arrendadas à vila local por 9,000 anos. A Guiness só existe há 250 anos!
O edifício que visitámos tinha 7 pisos. Os primeiros relacionados com o processo de cultivo e fabrico da cerveja. Os seguintes com a armazenagem e transporte, nos mais variados meios de transporte, da cerveja. O penúltimo piso dizia respeito à publicidade, e às campanhas de marketing da empresa ao longo das décadas. Finalmente, a visita terminava no Gravity Bar, bar panorâmico onde se dava uma Guiness a beber. Podíamos através desse bar identificar alguns locais culturais de Dublin.
A Guiness, 40cl de cerveja preta, estava impecável! E a vista magnificent!
Terminado o copo foi regressar até ao rés do chão (por elevador). Aí chegados foi invadir a loja da Guiness e comprar canecas até rebentar a carteira!
Depois de passar pela máquina o último artigo vira-se pra mim o empregado “well, that’s one hundred and twenty euro”. Faço uma careta, ao que diz o simpático empregado “yes sir, i know, that hurts a lot!”. Foi riso geral!
Está bom de ver, gastei praticamente todo o orçamento pra souvenirs na loja da Guiness. E valeu bem a pena!
Regressámos ao hotel, onde descansámos um pouco as pernas, e depois fomos sair para jantar.
O destino era o Temple Bar, zona de diversão nocturna de Dublin. Para quem já foi a Lisboa ao Bairro Alto é algo do género.
Ruas e ruelas apinhadas de gente, com pubs por todo o lado. E preços quase todos acima dos €8.
Acabámos por encontrar um simpático restaurante italiano onde jantámos.
Depois de tirada a barriga de misérias demos uma pequena volta por Temple Bar. Passámos em frente ao Clarence Hotel, o hotel dos U2, e entrámos no seu bar, o Oxygen Bar.
Viemos embora de Temple Bar junto ao Rio Liffey, e fomos embora para casa porque o corpo já pedia descanso e o dia seguinte exigiria muito às pernas.