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sábado, agosto 15, 2009

Dublin 23

Quinta-feira, manhã cedo.

Como combinado, fui ter a casa dos meus tios que ficaram de dar boleia a mim e ao meu primo até ao aeroporto.

Durante o caminho para a Portela, uma breve passagem pelo escritório do meu tio, para o meu primo ir apanhar a máquina fotográfica e registar momentos únicos para a posteridade. A minha Tia nem queria acreditar “agora é que se lembram disso? A esta hora? Isto não vai correr nada bem!”.

Chegados ao aeroporto já tínhamos a Leonor à nossa espera. Foi então andar em passo apressado para o check-in. Estávamos dentro do tempo, mas nestas coisas convinha não facilitar e despachar quanto antes.

Não demorou muito tempo a fazer a confirmação dos bilhetes e mandar as malas para o porão porque não havia…fila!

Bem, isto deve ir pouca gente no avião” comentou o meu primo. “Não, o avião vai cheio!”, respondeu a funcionária do check in, “praticamente toda a gente já fez o check in”. Gargalhada geral.

Feito o check in fomos então queimar tempo para o duty free, e pouco depois seguimos para o autocarro, apinhado de tugas, que nos levaria até ao avião.

Entrados no avião da Aer Lingus (nada de outro mundo), foi esperar que os motores aquecessem, houvesse ordem da torre de controlo, et voila, pássaro a voar!

Um fã mais exaltado lembra-se, no preciso momento em que o avião descola, de gritar bem alto “ELEVATION!”. Umas tímidas gargalhadas apenas, mas ninguém deu grande importância ao repto. Um parvo, foi o que pensou a maioria, eu incluído.

A viagem fez-se bem, o tempo estava muito bom. Foram 2h30, por aí, que passaram rápido.

Os últimos 20m foram a melhor parte, com o avião a sobrevoar por cima do mar, mesmo com a costa verde ao lado. O primeiro impacto com a Ilha Esmeralda e a confirmação do imenso verde que embeleza a Irlanda e a torna especial por isso. Fiquei deslumbrado e invejei a minha amiga Inês, que por aquelas horas, percorria de carro os caminhos da Irlanda, numa viagem de costa a costa que um dia também quero fazer!

Outro momento alto da aterragem foi quando já sobrevoávamos Dublin, e uma passageira detecta o Croke Park e a estrutura do palco (The Claw, nick dado pela banda) que se conseguia ver lá do alto.

Era ver os fãs a encostarem-se à janela, tudo a tentar localizar o estádio, ver o pedacinho do palco. Eu consegui e fiquei emocionado! Estava prestes a pisar solo irlandês, a pátria dos meus U2!

Aterrámos, com céu cinzento, e bastante vento. O aeroporto estava bem composto por árvores, lembro-me de ter gostado desse cenário.

Do aeroporto apanhámos o Aircoach, autocarro que liga o aeroporto ao centro de Dublin. Por € 12 comprámos bilhete de ida e volta.

Paragem em O’Connel Street, rua principal de Dublin, onde turistas e locais vão desaguar.

O nosso hotel ficava em Parnell Street, uma rua perpendicular a O’Connel. Não demorámos muito a lá chegar e a fazer o check in no hotel.

Entrámos no quarto que nos era reservado (o penúltimo quarto antes dos quartos do staff. Por pouco não fomos lá parar), e ficámos agradados. Único senão era o facto de a janela dar para as traseiras, que não tinham nada de interessante para mirar.

Estávamos com fome e fomos a um snack em frente ao hotel. Hambúrguer e batatinhas fritas. Fomos atendidos por uma empregada que devia ser do leste ou Grécia, tal era a pronúncia do inglês. Mas era simpática.

Tirada a barriga de misérias fomos então começar a nossa incursão turística. Como não conhecíamos nada de Dublin, e atendendo ao facto de já passarem das 16h, tínhamos que nos decidir rápido!

A minha proposta era a “Guiness Storehouse”. Para começarmos a conhecer Dublin, nada melhor do que começar por alto, e depois a fábrica da Guiness ainda levava algum tempo a visitar, pelo que o que nos restava de dia poderia ser muito bem aproveitado na dedicação exclusiva aos domínios do senhor Arthur Guiness.

Apanhámos o LUAS, espécie de metro de superfície, em tudo igual ao do Porto, e 7 paragens depois estávamos em St. James, onde se localiza a fábrica da Guiness.

Um conjunto de edifícios imponentes, donde se destacava ao longe, o bar panorâmico no 7º andar, o tal onde se dá a provar a cerveja preta mais famosa do mundo.


Comprámos o nosso bilhete e mal entrámos demos de cara com a loja da Guiness e toda uma imensidão de canecas e t-shirts das mais variadas formas e cores, mas todas todas deslumbrantes. Lembrei-me então da minha visita ao estádio do Real Madrid e de toda a lavagem cerebral recebida durante a visita, a qual terminava na loja do clube, para perdermos a cabeça…e a carteira! Na altura não comprámos nada, porque ainda era caro. Mas aqui estávamos a falar de canecas e t-shirts, bem mais em conta, e não tivemos dúvidas de que no final da visita iríamos deixar boa parte do pé de meia na máquina registradora do Sr. Guiness.

Sobre a visita propriamente dita, a Guiness ocupa um conjunto de edifícios em propriedades arrendadas à vila local por 9,000 anos. A Guiness só existe há 250 anos!

O edifício que visitámos tinha 7 pisos. Os primeiros relacionados com o processo de cultivo e fabrico da cerveja. Os seguintes com a armazenagem e transporte, nos mais variados meios de transporte, da cerveja. O penúltimo piso dizia respeito à publicidade, e às campanhas de marketing da empresa ao longo das décadas. Finalmente, a visita terminava no Gravity Bar, bar panorâmico onde se dava uma Guiness a beber. Podíamos através desse bar identificar alguns locais culturais de Dublin.

A Guiness, 40cl de cerveja preta, estava impecável! E a vista magnificent!

Terminado o copo foi regressar até ao rés do chão (por elevador). Aí chegados foi invadir a loja da Guiness e comprar canecas até rebentar a carteira!

Depois de passar pela máquina o último artigo vira-se pra mim o empregado “well, that’s one hundred and twenty euro”. Faço uma careta, ao que diz o simpático empregado “yes sir, i know, that hurts a lot!”. Foi riso geral!

Está bom de ver, gastei praticamente todo o orçamento pra souvenirs na loja da Guiness. E valeu bem a pena!

Regressámos ao hotel, onde descansámos um pouco as pernas, e depois fomos sair para jantar.

O destino era o Temple Bar, zona de diversão nocturna de Dublin. Para quem já foi a Lisboa ao Bairro Alto é algo do género.

Ruas e ruelas apinhadas de gente, com pubs por todo o lado. E preços quase todos acima dos €8.

Acabámos por encontrar um simpático restaurante italiano onde jantámos.

Depois de tirada a barriga de misérias demos uma pequena volta por Temple Bar. Passámos em frente ao Clarence Hotel, o hotel dos U2, e entrámos no seu bar, o Oxygen Bar.

Viemos embora de Temple Bar junto ao Rio Liffey, e fomos embora para casa porque o corpo já pedia descanso e o dia seguinte exigiria muito às pernas.

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