Faleceu Ruy de Albuquerque. Meu Professor de História do Direito, aluno de Marcello Caetano, Paulo Cunha, e outros grandes mestres da velha guarda da escola de Direito de Lisboa. Dele guardo o exemplo e dedicação de um Professor à moda antiga. Na maneira de falar, no comportamento, não deixando, no entanto, de se preocupar com os alunos, a sua primeira e primordial preocupação.
Em 5 anos de curso, foi o único que em exame, se dirigiu a cada aluno, um por um, a perguntar se tinha dúvidas, se queria esclarecer alguma coisa. Não sem antes, entrar na sala de aula, e pedir licença ao professor vigilante.
A ele devo uma aula inesquecível, memorável, única em que, aborrecido por um aluno numa aula anterior não saber quem era o seu assistente (e já levávamos boas semanas de aulas), começou a dissertar sobre o seu tempo de estudante, em que não havia dislates daqueles. Recordando os seus saudosos mestres, não conteve as lágrimas, e por uns minutos chorou, pelo tempo que passou e que marcou. Foi impressionante...
Outro momento foi aquando da instituição do Prémio "Pro Justitia". Por voto unânime, fora atribuído ao Papa João Paulo II. Foi a Roma numa delegação da FDL entregar o prémio, e recordo vê-lo na televisão emocionado, sublinhando a grandeza humana do Papa, exemplo em sentido e atitude. Doente, bastante doente, mas levando o seu magistério até ao fim...
Saber do seu desaparecimento, no fim de uma semana em que, curiosamente, se evocou a memória doutro querido Professor, Sousa Franco, com a edição de um livro de homenagem, não deixa de criar um misto de tristeza e nostalgia. Muita até, diria.....
Em 5 anos de curso, foi o único que em exame, se dirigiu a cada aluno, um por um, a perguntar se tinha dúvidas, se queria esclarecer alguma coisa. Não sem antes, entrar na sala de aula, e pedir licença ao professor vigilante.
A ele devo uma aula inesquecível, memorável, única em que, aborrecido por um aluno numa aula anterior não saber quem era o seu assistente (e já levávamos boas semanas de aulas), começou a dissertar sobre o seu tempo de estudante, em que não havia dislates daqueles. Recordando os seus saudosos mestres, não conteve as lágrimas, e por uns minutos chorou, pelo tempo que passou e que marcou. Foi impressionante...
Outro momento foi aquando da instituição do Prémio "Pro Justitia". Por voto unânime, fora atribuído ao Papa João Paulo II. Foi a Roma numa delegação da FDL entregar o prémio, e recordo vê-lo na televisão emocionado, sublinhando a grandeza humana do Papa, exemplo em sentido e atitude. Doente, bastante doente, mas levando o seu magistério até ao fim...
Saber do seu desaparecimento, no fim de uma semana em que, curiosamente, se evocou a memória doutro querido Professor, Sousa Franco, com a edição de um livro de homenagem, não deixa de criar um misto de tristeza e nostalgia. Muita até, diria.....
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